Fichamento livro como se faz um processo
Por: kamys17 • 29/5/2018 • 1.134 Palavras (5 Páginas) • 525 Visualizações
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[...] O delito, depois de tudo, pode-se fazer depressa exatamente porque, frequentemente, é sem juízo; se quem o comete tivesse juízo, não o cometeria; mas um castigo sem juízo é a maior dificuldade que o homem encontra em seu caminho. Nossa tragédia está em que não podemos atuar sem julgar, mas não sabemos julgar. [...] O processo penal [...] é em sua essência um juízo; mas se ele for chamado processo é cabalmente para dar a entender que o juízo procede, ou deve proceder, ou não pode menos proceder, com pés de chumbo. (p.39)
[...] O processo penal se desdobra normalmente naquilo em que se resultam as duas partes distintas, uma das quais leva o nome de instrução e a outra o de debate, as quais servem, nem tanto pra castigar, mas mais para saber se deve castigar, por não o fazer assim, correr-se-ia o risco de castigar inocentes. (p.40)
[...] O processo penal, depois de feito, já termina na condenação ou na absolvição, se refaz, se bem que este refazer não seja totalmente igual a quando se o fez pela primeira vez. E pode também acontecer que não seja suficiente refazê-lo uma única vez, pois, em uma palavra, a sede de justiça, que deveria ser saciada antes de tudo com o processo penal, não se sacia jamais. (p.41)
Se for inocente, o processo na verdade estará terminado e todos terão a impressão que terminou do melhor dos modos; mas a verdade é que neste caso, a máquina da justiça trabalhou com perda, e a perda é constituída não apenas pelo custo do trabalho realizado, mas, sobretudo, pelo sofrimento daquele a quem se colocou a culpa e, frequentemente, até que seja encarcerado. (p.41)
De acordo com os técnicos, depois do processo de cognição, que serve para conhecer se um homem é culpado ou inocente, quando se resolve com a condenação, vem o processo de execução. (p.42)
[...] Assim aquele retorno à vida com a qual [...] sonharam para quando lhe fossem abertas as portas da prisão, termina em uma desilusão atroz, pois se eles se tornaram, com a expiação da pena, idôneos para ser incorporados à sociedade, esta se nega a admiti-los; deste modo, mesmo quando pareça que conseguiu seu fim, o processo penal fracassou em seu objetivo. (p.44)
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