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Fichamentos Livro "Existe Design"

Por:   •  7/3/2018  •  6.595 Palavras (27 Páginas)  •  683 Visualizações

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"Esse formato de ensaios, com três visões distintas sobre cada questionamento, esperamos, trará um rico panorama ao leitor sobre as possibilidades de se analisar o design por novos ângulos. Existentes ou não, úteis u não, bons ou não, algo resultará. 'O que' ainda está em aberto”.

Sinopse: Nova analise de profissionais sobre o design e o design na filosofia, com questionamentos sobre a existência do design, por falta de conteúdo no Brasil amigos se reuniram para trazer esse conteúdo.

Capítulo: Crença como sobrevivência

Autor: MIZANZUK, Ivan.

Palavras-chave: interesses, existência, consequência, mercado, Deus

Tema: Não é incomum vermos discussões acaloradas sobre a definição de design. Afinal, ele começou na Revolução Industrial? Seriam nossos antepassados – quando desenvolveram formas de reprodução de seu dia-a-dia (seja lá para qual propósito) nas paredes das cavernas, ou ainda quando forjaram suas primeiras ferramentas – os primeiros designers? Não há dúvidas de que esta discussão é recorrente e, a meu ver, insolúvel. A escolha pela definição mais satisfatória aparenta, cada vez mais, ser um recurso político de defesa de seus próprios interesses – ao dizer que design é X em vez de Y, o discurso é moldado por interesses que vão além de uma lógica que vise à “realidade objetiva”.

Tese: “Quando penso no fato de existirem tantas coisas com a palavra “design” ao meu redor, não consigo aceitar tal cenário como evidência de existência”.

“O tal do sentimento trágico, de não sabermos por que aqui estamos e para onde iremos, me devora e tortura. Inventamos essas histórias (família, religião, profissão, mercado, design, a própria História) para aguentarmos. Não vivemos – sobrevivemos. Ainda assim, apesar de todas as dúvidas levantadas e a (intencional) falta de resposta, distorço um conhecido ditado popular para estabelecer minha posição definitiva: “não acredito no design – mas que existe, existe”.

Estrutura Argumentativa: “Daí, partimos para outra pergunta, que também é recorrente: se existe como deve ser? É a partir do “como”, ou seja, da sua suposta materialização, que teremos maiores possibilidades de discorrer sobre sua possível existência. Em tempos de exaltação sobre a necessidade da eficiência de artefatos de design, surgem fórmulas. Das mais recorrentes, citamos aqui duas, aparentemente paradoxais: por um lado, o designer deve ser invisível – o bom artefato é aquele cujo usuário não percebe que alguém o produziu; por outro lado, o designer deve ser autor – ao deixar sua assinatura no artefato, nota-se sua presença, e ele ganha espaço. Duas escolhas, dois polos estéticos que acabam por definir uma série de consequências.” p. 193 § 3.

Sinopse: O autor deste capítulo, Ivan Mizanzuk começa falando sobre as discussões que envolvem o significado do que é “Design”, por onde começou e que a definição mais satisfatória que é tudo um envolvimento a partir dos próprios interesses. A partir desse pressuposto ele pergunta: Existe Design? Já que estamos num meio onde enxergamos design em tudo, e se ele existe como ele deve ser? O “como” e sua suposta materialização se é possível discorrer a sua existência. Assim surgem duas formas paradoxais. O designer invisível e o designer autor. Ivan entra na discussão visando, não com intenção, mas o teor teológico envolvido nesse assunto, apontando a credibilidade do design e designer, para criar o conceito. Como a palavra “Design” ele não consegue enxergar o cenário de evidencia da existência, comparando com o crescimento de igrejas, templos e com isso não significaria que os ateus parariam de existir. Não vivemos, sobrevivemos.

Termina o capitulo recriando um ditado por popular bastante conhecido: “não acredito no design, mas que existe, existe”.

Capítulo: Sobre Sócrates e alces

Autor: PORTUGAL B., Daniel.

Palavras-chave: visão, existência, Platão, téchne

Tema: É preciso compreender a pergunta antes de tentar respondê-la. O que se quer saber quando se pergunta se alguma coisa existe? Isto é, existe alguma coisa que não existe? A lógica nos obrigaria a responder que não. Mas, seguindo esse rumo, parece que confiamos demais nas palavras. X pode ser sempre igual a X, 2 sempre igual a 2, mas existir não é necessariamente igual a existir. Exemplo prático: unicórnio. Unicórnio existe? Não, eu diria. Mas por que digo que não? Talvez porque eu nunca tenha visto um unicórnio cavalgando por aí. E, entretanto, também nunca vi um alce, mas diria que alce existe. Por quê? Talvez porque eu confie em enunciados que afirmam que alces existem ou acredite em imagens que representam de maneira realista algo que seria um alce. Neste último caso, talvez me parecesse ainda mais certa a existência do alce – afinal, como já nos revela a famosa expressão “ver para crer”, a visão tem algum privilégio quando se trata de verificar a existência das coisas.

Tese: O design passa a existir, entretanto, na medida em que escapa dessa prisão em que perspectivas como a platônica e a funcionalista o colocam. Assim como a retórica, o design não está ligado a uma busca da verdade. Mas, em uma perspectiva que enxerga o mundo como algo sem essência própria, o desinteresse pela verdade não transforma esse algo em engodo. Ao contrário, se o mundo ordenado em que vivemos só existe com base na relação entre sujeito e objeto, as atividades que se concentram nesta relação atuam no próprio cerne da existência – o lugar onde se rompem todas as certezas e taxonomias e que, por excesso de existência, fica no limbo da inexistência.

Estrutura Argumentativa: “Talvez, então, saber se existe design seja mais como saber se existe medicina. Seria o design uma téchne – isto é, uma prática ou atividade sustentada por um saber específico? Ou seria apenas um apanhado de práticas aleatórias que não formariam um conjunto coerente? Neste último caso, poderíamos dizer que design não existe, mais ou menos do mesmo modo que algumas pessoas afirmam que leitura de mãos não existe, por exemplo. Ninguém duvida que uma pessoa possa olhar para a mão de outra e, a partir daquilo que vê, produzir uma fala qualquer. Quem diz que não existe leitura de mãos quer dizer que ela não existe enquanto uma téchne, que é apenas um engodo. É esse tipo de julgamento, parece, que queremos fazer a respeito

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