Debate sobre a eficacia da aplicação das medidas socioeducativas e a redução da maioridade penal
Por: Hugo.bassi • 3/6/2018 • 12.891 Palavras (52 Páginas) • 481 Visualizações
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KEYWORDS: Efficacy educational measures. misdemeanors. Resocialization of the offender teenager.
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SUMÁRIO[pic 2][pic 3]
Introdução 9
CAPÍTULO 1: SURGIMENTO DO ESTATUDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) 10
1.1 Quando surgiu e qual seu objetivo? 10
1.2 Responsabilidade dos pais e responsáveis 11
1.3 Direitos fundamentais 13
1.4 O Conselho Tutelar 15
CAPÍTULO 2: MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS 18
2.1 Disposições gerais 18
2.2 Atos Infracional 19
2.3 Advertência 21
2.4 Obrigação de reparar o dano 22
2.6 Liberdade assistida 24
2.7 Semiliberdade 26
2.8 Internação 27
2.9 Medidas de proteção 30
2.10 Remissão 32
CAPÍTULO 3: SISTEMAS SOCIOEDUCATIVOS 35
3.1 (SINASE): Sistema nacional de atendimento socioeducativo 35
3.2 Unidades provisórias 36
3.3 Unidades de Internação 37
3.4 O sistema prisional brasileiro referente ao menor infrator 40
CAPÍTULO 4: REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 43
4.1 Maioridade Penal do Brasil 43
4.2 Quais seriam as vantagens e as desvantagens com a redução penal 45
4.3 Relação entre a redução da maioridade penal e a aplicação das medidas socioeducativas 46
CONCLUSÃO 49
REFERÊNCIAS 51
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Introdução
O presente trabalho consiste em fazer uma análise da aplicação de medidas socioeducativas aos adolescentes que praticam ato infracional, levando em consideração se o Estado vem conseguindo alcançar o fim precípuo de recuperação desses jovens infratores. Importante perceber natureza jurídica das medidas, se elas têm caráter pedagógico, ou se apenas têm caráter punitivo, reprimindo o adolescente pelo ato infracional que cometeu.
Analisando a correlação entre as aplicações de medidas socioeducativas e protetivas com a redução da maioridade penal no Brasil, através de estudos dos direitos da criança e do adolescente, abordando a relação familiar, comunitária e também pela pesquisa expondo alguns fatores que indicam as causas de tais atos infracional cometido cada vez mais por menores, ao longo desses anos podemos observar o índice de violência em nosso país, o crescimento desordenado de violência principalmente entre crianças e adolescentes, reprimindo vários fatores como sociais, morais e psicológicos contribuem para que esse índice continue aumentando.
Primeiramente, o trabalho resgata aspectos conceituais do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), trazendo a questão da proteção integral como guia para o desenvolvimento deste trabalho. Passando pela definição de atos infracionais, este estudo descreve as medidas de proteção e as medidas socioeducativas vigentes no Brasil. Tentando entender a aplicação destas últimas, descreve-se os atuais sistemas socioeducativos, especialmente aqueles em atuação no Distrito Federal, finalizando a pesquisa com a discussão sobre a redução da maioridade penal.
A tentativa de correlacionar as aplicações de medidas socioeducativas e protetivas com a redução da maioridade penal no Brasil resgata a importância, além de apresentar a aplicação das medidas socioeducativas de acordo com o ECA, este trabalho busca mostrar fatores que podem levar o adolescente a cometer atos infracionais e tem, igualmente, o intuito de servir como reflexão para a importância do aspecto preventivo ao invés de se lidar somente com a questão punitiva para com esse público específico.
O presente trabalho foi realizado através de pesquisa doutrinária, jurisprudencial, pesquisa de campo em unidades de acolhimentos aos adolescentes infratores, e demais trabalhos relacionados para se conseguir o fim desejado.
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CAPÍTULO 1: SURGIMENTO DO ESTATUDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
1.1 Quando surgiu e qual seu objetivo?
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi estabelecido em 1990, tendo sido considerado á época uma lei revolucionária, pois rompeu com o conservadorismo injusto e inadequado. Até 1989 vigorava o “Código de Menores”, doutrinava crianças e adolescentes vivendo em situação irregular. Até então, crianças e adolescentes eram objetos de direito, diferente de hoje, que são pessoas, sujeitos de direitos e deveres.
Entrou assim vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8.069, que representou um marco para as relações entre pais e filhos, inclusive os adotados, e, principalmente, na proteção dos próprios filhos, uma vez que passam a ter seus direitos amplamente protegidos e respeitados, inclusive acima de qualquer interesse que aqueles que os criam eventualmente possam ter. Na leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente, três aspectos podem ser destacados:
- O legislador fixa como critério interpretativo de todo o estatuto a tutela incondicionada da formação da personalidade do menor, mesmo que em detrimento da vontade dos pais;
- A criança e o adolescente são chamados a participar com voz ativa na própria educação, convocados a opinar sobre os métodos pedagógicos aplicados, prevendo-se, expressamente, em algumas hipóteses, a sua oitiva e até o seu consentimento;
- Alei determina um controle ostensivo dos pais e educadores em geral,
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