A hippersexualização da criança: Os efeitos de sua normalidade
Por: Carolina234 • 18/12/2018 • 1.250 Palavras (5 Páginas) • 267 Visualizações
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criança não ter o
discernimento completo, sendo até mesmo considerada incapaz pelo Código Civil, a
Constituição Federal de 1988 explicitamente prioriza a proteção da criança, estabelecendo
no art. 227 § 3º que “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao laser, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Posto isto, infere-se que é uma obrigação coletiva garantir o desenvolvimento
saudável da criança, sobretudo, agir perante condutas que lesam a mesma, entretanto, é
contraproducente a aplicabilidade do disposto na Carta Magna, tendo em vista que na
prática pais se omitem quando o vulnerável adota comportamentos são desapropriados para
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a sua idade, o Estado não fiscaliza de modo eficaz as ações de particulares, principalmente,
a mídia que deprecia a imagem da criança, estimulando condutas que aparentam ser
inofensivas, porém afeta o psicológico sem escalas de precedentes e a sociedade que
permanece inerte perante a violação de tais direitos.
Os Diretos Humanos é fundamento para a elaboração de vários tratados
internacionais, estes que o Brasil foi signatário, ou seja, ratificou, incorporando em nosso
ordenamento jurídico as disposições previstas nos tratados. Posto isto, surge uma outra
fonte de grande valia para a proteção da criança, sendo esta a Declaração Universal dos
Direitos da Criança de 1959 em que desenvolveu os princípios que priorizam o interesse da
criança, em virtude de sua vulnerabilidade, como salienta o segundo princípio da referida
declaração: "A criança gozará proteção social e ser-lhe- ão proporcionadas oportunidades e
facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e
dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se- ão em conta sobretudo, os
melhores interesses da criança".
No que concerne a proteção dos direitos da criança e do adolescente o princípio
que norteia a construção de qualquer norma no ordenamento jurídico é o da proteção
integral, este que corrobora que tanto as crianças como também os adolescentes não
possuem a capacidade de exercício, por conseguinte, dependem de terceiros que foram
apontados pela Constituição Federal, isto é, família, Estado e sociedade, para tutelar os
seus interesses até que adquirem a capacidade plena. Dessa forma, o Estatuto da Criança e
do adolescente (ECA), determina garantias fundamentais para o desenvolvimento psíquico,
físico e moral desses indivíduos, logo, é imprescindível analisar se tais garantias são
observadas.
É indubitável a consolidação de uma legislação rígida referente a proteção da
criança, no entanto, existe uma discrepância expressiva entre a lei e a realidade, tornando
várias previsões legais um "direito fantasma", pois, apesar de imperar o princípio da
proteção integral se faz presente uma severa violação do direito a sexualidade da criança,
este que é um desdobramento do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana,
à vista disso o vulnerável fica à mercê da erotização prematura, acarretando implacáveis
consequências, principalmente, uma possível gravidez precoce.
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3.OBJETIVOS
A priori desta pesquisa é demonstrar para a coletividade o quanto a deturpação
da vida infantil prejudica a sua fase adulta, fundamentando tal finalidade objetivos e
experiências de crianças, sobretudo, meninas, que foram sujeitas a uma gravidez precoce.
Ademais, será analisado o direito a sexualidade da criança em um panorama com
erotização da mesma, fazendo deduções com base na psicologia e no ordenamento jurídico.
Ademais, será objeto da pesquisa a responsabilidade familiar, estatal e social na
hiperssexualização da criança, evidenciando que a conduta moral é um dos principais
fatores que acarretam a sexualização exacerbada, como também a normalidade de atitudes
praticadas por esses sujeitos que prejudicam o seu desenvolvimento.
4.METODOLOGIA
O presente trabalho se dá através de uma pesquisa acadêmica e exploratória,
pautar-se- á no método hipotético dedutivo, sendo empregada uma metodologia de pesquisa
qualitativa, cujo o intuito é dar fundamento sobre a necessidade de intervenção estatal nos
abusos
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