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A Sociologia analisa e examina a ações do homem dentro do âmbito social

Por:   •  20/12/2018  •  2.329 Palavras (10 Páginas)  •  380 Visualizações

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a sociedade.

Durkheim classificou o suicídio em quatro classes:

Com integração (excesso ou falta)

Falta de integração – Egoísta: Neste caso o indivíduo sente-se socialmente desvinculado como, por exemplo, um viúvo sem filhos. O isolamento social acaba marginalizando a pessoa que deixa de ter sentimentos de solidariedade social.

Excesso de integração – Altruísta: Ao contrário do caso anterior, a pessoa se encontra muito vinculada a um grupo social. Sentindo-se estreitamente ligada aos valores do grupo, esta pessoa não valoriza particularmente sua vida e acaba suicidando-se facilmente por questão de honra. Um exemplo típico seria de um militar que se suicida no caso de uma derrota.

Falta ou excesso de regulamentação

Excesso de regulamentação – Fatalista: O indivíduo se encontra extremamente pressionado por regras comportamentais muito rígidas que o primem, levando-o ao desespero. Ex: Os escravos que não aguentavam a opressão social

Falta de regulamentação – Anõmico: Neste caso, a pessoa vivencia uma situação de falta de limites e regras sociais, criando um desequilíbrio entre desejos e suas possibilidades de satisfação. Consequentemente o desespero pode levar o indivíduo ao suicídio.

Através dessa análise, Durkheim apresenta a sua visão sobre a anomia. Neste caso, anomia exprime “estado de desregramento”, situação onde a sociedade não consegue mais orientar e limitar as atividades dos indivíduos, resultando no sofrimento das pessoas por perderem suas referências e viverem num “vazio”.

A Anomia em Merton

Em 1938, Merton, afirmou que em todo contexto sociocultural desenvolvem-se metas culturais que expressam os valores que orientam a vida do indivíduo em sociedade. Levantando uma questão, como as pessoas conseguem alcançar essas metas? Merton afirma que para isso, cada sociedade estabelece seus meios, tratando-se de recursos institucionalizados ou legítimos que são socialmente prescritos. Porém, há outros meios para se atingir tais metas, mas eles são rejeitados pelo grupo social, sendo consideradas violações das regras sociais em vigor. Ex: para enriquecer, pode-se criar uma empresa e trabalhar muito (aceito) ou enriquecer roubando bancos (rejeitado). A diferença entre eles é que um é dado como crime, mas para os sociólogos funcionalistas os dois modos são equivalentes, já que podem levar ao enriquecimento.

Para Merton a sociedade é estruturada de maneira em que os meios socialmente permitidos não conseguem nos levar ao alcance das metas culturais. O insucesso em atingir as metas culturais devido à falta de meios institucionalizados pode produzir o que o mesmo denomina de anomia: manifestação de um comportamento onde as regras do jogo social são ignoradas ou contornadas, criando assim o comportamento desviante.

O autor fez uma classificação dos tipos de comportamento, onde os símbolos positivo e negativo são utilizados para indicar se os indivíduos acolhem ou não as metas e os meio socialmente instituídos.

Modos de adaptação Metas culturais Meios institucionalizados

1)Conformidade + +

2)Inovação + -

3)Ritualismo - +

4)Evasão - +

5)Rebelião +/- +/-

Conformidade: O indivíduo busca atingir as metas culturais através dos meios estabelecidos na sociedade. Conhecido como comportamento modal.

Inovação: A conduta da pessoa condiz com as metas culturais, mas há uma ruptura com relação aos meios institucionalizados. No momento em que vê que os meios legítimos não estão ao seu alcance, o indivíduo chega as metas através de métodos reprováveis perante a sociedade.

Ritualista: Aqui a pessoa mostra um desinteresse em atingir tais metas. O medo do insucesso acaba desestimulando e a pessoa desiste de tentar chegar nas “grandes metas”, mas sempre seguindo os meios institucionalizados.

Evasão: Trata-se do abandono das metas e dos meios institucionalizados, indicando uma falta de identificação do indivíduo com os valores e as regras sociais, onde ele vive em determinado meio, mas não adere ao mesmo.

Rebelião: Caracterizado pelo inconformismo e pela revolta, onde o indivíduo é negativo com relação aos meios e as metas.

Através disso, Merton define a sociedade anômica aquela que acentua a importância de determinadas metas, sem dar aos seus membros a possibilidade de atingi-las utilizando os meios legítimos.

Considerações críticas acerca da anomia

A teoria da anomia de Merton foi um grande avanço, pois ele desenvolveu um conceito de anomia com a problemática da sociedade moderna. Esta teoria mostra que os membros das classes menos favorecidas, cometem infrações pelo fato de serem excluídos dos meios legítimos para atingir a riqueza.

Esta teoria de Merton não pode explicar todas as formas de desvios cometidos na sociedade. Uma das principais críticas que podem ser lançadas à essa teoria é que o autor entende as condutas de inovação, ritualismo, evasão e rebelião, como manifestação de um defeito dentro do sistema social, pois ele parte da ideia de que

deve haver um equilíbrio social e considera o desvio como formação patológica, apesar de reconhecer a colaboração do sistema para a formação da conduta anômica.

Anomia e a ineficácia do direito – Muitas vezes a anomia leva ao descumprimento das normas jurídicas, causando a ineficácia do direito.

Ineficácia ocasional: Descumprimento da norma apesar de sua aceitação.

Ineficácia anômica: Descumprimento de uma norma que a pessoa considera inadequada ou injusta. Causa particulares problemas porque os indivíduos violam as normas por convicção. Podendo, então, o Estado adotar quatro posturas: Manter a norma em vigor/ Realizar uma reforma legislativa/ Fazer propaganda moral/ Intensificar a repressão para combater a tendência anômica.

O direito como propulsor e obstáculo da mudança social

. O conceito de mudança social – A sociologia define como uma

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