A EXIGÊNCIA DO USO DE ROUPA ADEQUADA EM SITUAÇÕES FORMAIS

...

Vê-se que esse comportamento está popularizado na sociedade brasileira, então está implícito que para o comparecimento à uma audiência em um Tribunal de Justiça, um cidadão tenha também que se vestir adequadamente.O que falta é a cultura de respeito e acatamento às instituições.

A posição defendida por Gonçalo Beltrão que é de uma pobreza sem precedentes, primeiramente afirma que o judiciário “elimina lides” e posteriormente, desconsidera que o Judiciário é uma das instituições basilares do estado democrático de direito, que ele mesmo refere, e que alguns comportamentos e situações que fogem ao formalismo necessário à imagem da justiça não devem mesmo ser admitidos.

De sorte que não há como se conceber que uma justiça séria, compenetrada na sua nobre missão de pacificação social, possa tolerar e inclusive institucionalizar a má educação e a falta de formalismo em seus atos e procedimentos.

Não se defende aqui que o cidadão tenha que trajar gala para ter acesso ao judiciário, nem que situações de extrema pobreza tenham que ser tratadas de forma discriminatória, mas convenhamos um pouco de formalidade e boa educação fará com que ganhemos todos inclusive o autor da infeliz tese.

Vivemos uma fase de descrédito e desrespeito total para com as instituições, esse sim é o grande problema! Se a população não tiver consciência de que a justiça é de todos e está “acima de todos” -no sentido de que em sociedade temos que nos submeter às regras de convivência social em detrimento das vontades individuais- esse respeito e acatamento não acontecerá. A justiça não é dos juízes, ela é nossa, de todos, por isso devemos guardar para o trato com essa Instituição o mesmo respeito e formalidade que guardamos para outras situações sociais, o que é uma mostra de consideração e boa educação.