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PADRÃO OURO ATÉ A GRANDE DEPRESSÃO

Por:   •  6/5/2018  •  4.764 Palavras (20 Páginas)  •  350 Visualizações

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A manutenção de alguns países dentro do padrão ouro era difícil, principalmente os que possuam déficits externos. A menor variação possível do câmbio era sempre o maior objetivo dos países dentro do sistema, principalmente quando ela podia ser realizada sem nenhuma intervenção direta sobre a taxa de troca.

A manutenção da conversibilidade fazia com que o crescimento de cada país acabasse limitado pela quantidade ouro que ele possuía, uma vez que dependia da expansão de suas reservas, que eram, normalmente, muito limitadas em nível mundial, além de mal distribuídas.

O sistema só funcionava relativamente bem em países deficitários devido ao fluxo de capital em direção a esses países, motivado por diversos fatores, como taxas de juros mais elevadas. O crédito bancário possuía um papel importante nesse sistema, principalmente devido à predominância da libra esterlina.

Não existia nenhum tipo de cooperação monetária entre os bancos centrais dos países da Europa em que eles existiam. Cada país estava preocupado apenas em manter a conversibilidade de sua economia, sem se preocupar com os desequilíbrios que isso poderia causar ao restante do sistema. Esse fato será um dos responsáveis por diversas crises subsequentes e a dificuldades ao retorno e manutenção do padrão ouro, fortemente abalado pela primeira guerra mundial. Também não existia nenhuma evidência do uso efetivo de "regras" por parte dos países para a manutenção do padrão ouro, ao menos na maior parte do tempo.

Muitos autores apontam que o padrão ouro, por si só, não poderia melhorar a desempenho econômico dos países, assim como explicar o forte período de prosperidade antes da primeira guerra mundial. Pelo contrário, esse padrão seria visto como muito delicadamente balanceado e sua manutenção implicaria em diversas restrições de possíveis políticas econômicas e prejuízos à capacidade de recuperação econômica dos países.

Qualquer corrida bancária significaria a quebra do banco, diferentemente de hoje em dia, aonde o BC é um emprestador em ultima instancia. → O P.O. não tem credor de ultima instancia, então se quebrasse não havia saída. → BC não pode comprometer sua credibilidade salvando bancos. → P.O. dura até a Primeira Guerra e depois ressurge no entre guerras.

Padrão ouro como instituição socialmente construída

É importante compreender que o padrão ouro como sistema foi uma instituição socialmente construída e que caracterizou um momento histórico em que a sociedade dificilmente encontraria meios viáveis de exercer oposição às políticas dos bancos centrais de atribuir prioridade à manutenção da estabilidade da moeda, mesmo que o resultado fosse contração da atividade econômica e aumento do desemprego, uma vez que havia um relativo grau de independência entre as políticas governamentais e as decisões tomadas pelas autoridades monetárias. Líquido e certo mesmo era que as autoridades tomariam todas as medidas necessárias para defender a conversibilidade, atraindo capitais externos inclusive para países de moedas fracas, contribuindo para o financiamento dos déficits nos Balanços de Pagamentos mesmo quando os bancos centrais desrespeitavam, no curto prazo, as “regras do jogo”, pois no longo prazo todos estavam certos de que elas seriam plenamente respeitadas.

Ao contrário da visão de analistas que sustentam que o padrão ouro era um sistema atomizado, o que hoje se percebe é que o mesmo só sobreviveu durante tanto tempo graças a colaboração entre os bancos centrais e os governos dos países membros do sistema. Havia uma espécie de “solidariedade internacional”, sob a liderança do Banco da Inglaterra, o banco central mais influente à época, que sinalizava a necessidade de agir e impulsionava os bancos centrais de diferentes países a coordenarem os ajustes em suas taxas de redesconto, harmonizando as políticas e tornando melhores as condições de crédito mundiais.

No entanto, muitas vezes uma intervenção por parte de um determinado banco central para conter uma crise de liquidez poderia ser uma política contraproducente, à medida que uma expansão do crédito no sistema bancário resultasse na acentuação da própria crise. Porém, no estatuto do padrão ouro haviam as chamadas cláusulas de exceção, que davam permissão para que os bancos centrais agissem como emprestadores de última instância em determinadas situações, sobretudo para socorrer o sistema bancário em momentos de crise de liquidez ou até mesmo para evitar que problemas em determinado banco gerassem expectativas desfavoráveis entre os agentes e disseminasse uma crise bancária generalizada de grandes proporções, a qual poderia por em risco a credibilidade e a manutenção do padrão ouro como sistema monetário.

Porque o padrão ouro operou de forma imperfeita no pós 1ª guerra

Pós Primeira Guerra. → Queda das dinastias → Ascenção das democracias. → Movimento de Capital passa a ser desestabilizador

O P.O. é a primeira vítimia da Primeira Guerra. → Comprar armamentos gerava inflação para o país.

Ferrovias, armas modernas (metralhadoras) e tecnologias (arame farpado). → alto custo da guerra. → Pagamento da guerra. → Emissão de títulos de dívidas e pouco aumento de tributação. → Esquecimento do padrão ouro.

Fim da Guerra:

A) Governos deveriam pagar os compromissos

B) Preços disparam

C) Inglaterra e França ficam debilitados

D) Alemanha fica aniquilada. → Queda do Reich. → República Weismar.

E) EUA entra na guerra como devedor de 3,7 bilhões de dólares e sai como credor líquido dessa quantia. → maior potencia do mundo.

F) Economias desestabilizadas. → P.O. não serve.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro, principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio internacional.

Para o padrão ouro, o único mecanismo de ajuste eram os juros. → aumento dos juros leva À recessão e desemprego. → Sindicatos pressionam para acabar com o padrão-ouro.

1918 – 1922 → instabilidade da política cambial. → Já não havia mais ouro

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