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Principais Características do Ouro

Por:   •  7/3/2018  •  2.211 Palavras (9 Páginas)  •  342 Visualizações

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O distrito possui reservas estimadas, até 100m de profundidade, em 12,5 toneladas de ouro, que foram lavradas a céu aberto de 1990 até o início de 1998.

Distrito aurífero de Jacobina, Bahia

O distrito aurífero de Jacobina está situado na região noroeste do Estado da Bahia, no município do mesmo nome. O povoamento da região de Jacobina, que deu origem a cidade, teve início ainda no século XVII, estando ligado a descoberta de ouro. As mineralizações estão associadas à Formação Serra do Córrego do Grupo Jacobina. A denominação Grupo Jacobina refere-se a uma sequência de metassedimentos clásticos, conglomerados, quartzitos e pelitos, que ocorrem na Serra da Jacobina, sobreposta a um embasamento granito-gnáissico, tido como Arqueano, e é intrudida por sills e diques de rochas máficas. Esta sequência foi dividida em três formações, da base para o topo: Formação Serra do Córrego, Formação Rio do Ouro e Formação Cruz das Almas (Dardenne & Schobbenhaus, 2003; Molinari & Scarpelli, 1988). Os níveis conglomeráticos da Formação Serra do Córrego hospedam mineralizações de ouro, urânio e pirita, sendo considerado como um depósito de placer análogo ao Witwatersrand, na África do Sul. Os horizontes conglomeráticos são constituídos, principalmente, por seixos arredondados de quartzo, em matriz arenosa contendo pirita, ouro, sericita e fucsita, entre outros minerais; sendo os horizontes mais favoráveis para a concentração do ouro aqueles que apresentam seixos médios e pequenos, bom empacotamento, assim como elevado grau de esfericidade e arredondamento (Dardenne & Schobbenhaus, 2003; Molinari & Scarpelli, 1988).

As reservas medidas do município de Jacobina, até 2005, totalizavam mais de 3.200.000 toneladas de minério, com teor de 4,02 g/ton Au (DNPM, 2006). A mina de Jacobina foi explotada por lavra subterrânea entre 1976 e 1996 e em 1998, definitivamente, todas as operações de lavra na região foram paralisadas pela empresa que lá operava, tendo em vista os preços baixos do ouro naquele momento. Somente em 2004 as atividades de lavra foram retomadas, tendo em 2005, de acordo com DNPM (2006) sido produzidos 1.823,95 kg de ouro. Não existem dados estatísticos sobre a produção total de ouro em Jacobina, pois a maioria das atividades de extração, que remontam ao século XVII, foi realizada por garimpeiros.

Tabela 1: - Minas / Áreas Mineralizadas em ouro no Brasil, Localização Geográfica/Geólogica, Feições Geológicas e Dados Econômicos

Área Mineralizada

Localização Geográfica/Geológica

Feições Geológicas

Dados Econômicos

Referência Bibliografica

Jacobina

Oeste da Bahia

Paleoplaceres

Arqueanos

Produção 1,68t de ouro

Revista Minérios

Agosto 2008

Fazenda Brasileiro

Greenstone Belt Rio Itapicuru – BA

Seqüência

Metavulcano

Sedimentar

Produção 2,74t de ouro em 2007

Revista Minérios

Agosto 2008

CI

Greenstone Belt Rio Itapicuru – BA

Seqüência

Metavulcano

Sedimentar

Produção 1987-1995-50.000 onças de ouro

Revista Minérios

Agosto 2008

Fonte:http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P19_RT28_Perfil_do_Ouro.pdf. Acessado em 24 de novembro de 2014.

Métodos de Extração e Aspectos físico-químicos do Ouro

Considerando a Mineralogia

O ouro, frequentemente, ocorre na forma nativa, entretanto está frequentemente associado à prata em quantidades diversas e algumas vezes contem trações de cobre e ferro. O Ouro é capaz de formar complexos ditos teluretos tais como:

Silvanita (Au, Ag)Te

[pic 5]

Crennerita (Au, Ag)Te

[pic 6]

Calaverita (AuTe2)

[pic 7]

Petzita (Ag, Au)2Te

[pic 8]

Nagyagita(Au,Pb)

[pic 9]

A principal diferença da Silvanita para a Crennerita é o sistema de cristalização, cujo primeiro é ortorrômbico e o segundo monoclínico. O ouro nativo pode conter bismuto, no qual se atribui a nomenclatura de maldonita.

A química dos complexos de ouro

Do senso comum conhecemos o ouro na coloração amarelada, entretanto, ao formar uma espécie de liga com outros metais pode apresentar-se na cor branca quando é misturado em proporções variáveis com prata, níquel ou zinco, por exemplo. Existem, ainda, variedades nas cores verdes se misturado com cádmio; azuladas se combinado com ferro.

Unidades de Peso

As unidades de peso utilizadas na comercialização do outro são o grama. No mercado internacional utiliza-se a onça-troy. A pureza ou sua maior perfeição é medida em quilates. Todavia, o quilate do ouro não mantém nenhuma relação com o quilate de pedra preciosas, pois o quilate do ouro representa a liga com outros metais. O ouro puro não apresenta utilidade industrial, para tal, necessita ser fortalecido em ligas com cobre, prata, alumínio e etc.

Curiosamente, o ouro de 24 quilates (24K) é o ouro puro. É possível a sua existência, entretanto, apesar dos processos

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