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Fronteira: Terra e capital na modernização do campo e da cidade

Por:   •  11/10/2018  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  402 Visualizações

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Em conclusão, a instabilidade é a consequência inevitável dos limites à expansão das relações capitalistas no setor habitacional.

Não obstante e citando a Topalov (1987) quem diz constatar que o longo, lento e instável processo de desenvolvimento das relações sociais capitalistas na construção residencial é devido a que sua produção em massa pressupõe que ao menos um dos ciclos da produção do capital saia da orbita da acumulação. Tentando entender isto os autores mencionam que a produção capitalista da moradia se realiza sob a égide do capital de incorporação, quer dizer de articular capitais industriais, comercial, bancário e o serviço os quais jogam um papel importante dentro deste processo; fator pela qual este se caraterística como um processo lento e instável. Quanto que na agricultura a escassez social da terra é um limite à acumulação, o qual é superado somente pelo aumento da capacidade técnica do capital, na cidade, o capital, apenas parcialmente pode trocar a necessidade de espaço pela densificação.

Finalmente os autores trabalham de maneira simultânea e em forma de conclusão os efeitos que o processo de modernização do rural e do urbano-imobiliário provocou sobre o uso de terra na medida em que esta se torna uma mercadoria cuja circulação vai sendo regulada pelo capital.

Primeiro eles faz uma confirmação: que no campo e na cidade a terra se tornou potencialmente uma mercadoria desde a criação da lei de terra em 1850, pois o acesso a ela passava obrigatoriamente pela sua aquisição. Não obstante quanto no campo, a terra é transformada em mercadoria pela ação diferenciada do capital agroindustrial e financeiro, na cidade este processo é limitado e instável, em razão das caraterísticas do capital de incorporação e também da propriedade fundiária.

Por outro lado “quanto que no urbano-imobiliário a localização é o fundamento do processo de acumulação, na agricultura esta tende a perder importância, devido que os custos de transportes podem ser compensados por elevados ganhos de produtividade”. Assim também “quanto que na agricultura o valor de uso da terra passou a ser socialmente definido segundo a imagem do capital”; na cidade, na divisão social de trabalho inerente à urbanização, a terra é usada predominantemente como uma utilidade, ou seja, como meio de consumo que serve à reprodução de diversos grupos e classes sociais. São algumas das conclusões que os autores fazem.

Em síntese a modernização destes setores diz Lavinas e Ribeiro implicou a expansão do espaço físico e econômico nos quais o uso e valorização fundiários são regulados pelo movimento do capital ainda que persistam formas de propriedade e de produção não capitalistas.

Questão: É claro que o capital, seja da forma que se apresente, muda à concepção do uso da terra seja no rural ou no urbano; e que seu efeito modernizador vai transformando as estruturas destes dois setores; nesta concepção, como contrastar que essa dinâmica no futuro não se torne um gerador de localidades isoladas, considerando que cada vez mais o urbano prevalece sobre o rural?

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