MÉTODO GERENCIAL DE CONTROLE DE CUSTO BASEADO NAS UNIDADES DE ESFORÇO DE PRODUÇÃO
Por: Hugo.bassi • 28/12/2017 • 4.912 Palavras (20 Páginas) • 473 Visualizações
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Este método tem o intuito de evitar ou diminuir a arbitrariedade dos rateios, que por muitas vezes não apresenta uma relação entre os direcionadores utilizados ao elemento que se quer distribuir. Assim, os rateios feitos aos produtos, agora podem ser substituídos por levantamentos verificados junto aos departamentos ou centros de produção, com a finalidade de atribuir custos mais corretos aos produtos, aprimorando a tomada de decisão.
O estudo pela necessidade de ampliar a discussão sobre diferentes métodos de custeio, utilizando-se como base os dois métodos escolhidos que partem de um mesmo preceito de absorver somente os custos de produção. Sendo assim, o estudo é relevante para expandir a reflexão sobre os aspectos decorrentes da utilização de tais métodos no comportamento dos custos de produção agregados ao produto.
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- UNIDADE DE ESFORÇO DE PRODUÇÃO
Para WERNKE (2001), a concepção básica de método UEP é de unificação da produção industrial por meio de uma única unidade de medida.
Ao pé da letra, esforço de produção “é o trabalho de transformação na empresa. Os esforços de produção são gerados por trabalho de mão de obra direta, desgaste do equipamento (depreciação), consumo de energia, trabalho de mão de obra indireta, etc.”. (FRAGA)
O método de custeio do sistema UEP proporciona um melhor controle de produção e uma melhor eficácia no processo produtivo, fazendo com que as empresas cheguem ao nível máximo de produção.
- Contabilidade e análise de custos
Quando uma empresa estiver submetida há uma intensa concorrência, mais ela deve encontrar um sistema que permita conhecer melhor seus custos para que assim tenha uma posição vantajosa diante dos concorrentes.
A contabilidade de custo é uma subdivisão da contabilidade geral de uma empresa. É a parte que se dedica ao estudo racional dos gastos realizados para que assim, consiga um bem de vendas ou de consumo, independente se for de um produto, uma mercadoria ou um serviço.
O objetivo da contabilidade de custos é o registro contábil das operações de produção da empresa, através das contas de custeio. Ela aplica os mesmos princípios da contabilidade geral e pode fornecer a administração, através de relatórios, análises e interpretações dos gastos em relação ás operações da empresa. Com isso, o administrador visa melhor os resultados e consiga tomar as providências necessárias, auxiliando na solução de vários problemas como preços de produtos e vendas e tomada de decisões.
A contabilidade de custos tem relação com vários departamentos como os departamentos técnico, comercial, pessoal, industrial e financeiro, onde recebem e fornecem informações.
Segundo Leone (1987), a contabilidade de custos pode ser conceituada como o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão e de planejamento.
- Histórico UEP
Para BORNIA, “o método da unidade de esforço de produção (UEP) tem suas origens na França, na época da Segunda Guerra Mundial. Um engenheiro francês, Georges Perrin, criou um método de cálculo e alocação de custos e controle de gestão, denominado GP, e, logo após a segunda guerra, abriu uma empresa de consultoria para implantar seu sistema. Após a morte de Perrin, a metodologia caiu no esquecimento na França”.
Porém, um seguidor de Perrin, Franz Allora, modificou o então método GP, denominado então por método das UEPs. Mesmo tendo chegado na década de 60 no Brasil, só a partir de 1978 houve aplicação, quando foi criada uma empresa de consultoria onde era baseada na implantação desse sistema de custos. O método foi estudado, divulgado e aprimorado por pesquisadores da UFSC, em 1986, e foi divulgado através de congressos e dissertações de mestrado. Com isso, muitos trabalhos surgiram e muitas empresas do sul do país atualmente utilizam este método.
- Unificação da unidade de produção
Houve muitos estudos sobre a ideia de unificar a medida da produção indústria, por meio de uma única unidade de medida abstrata. Pode-se citar a unidade de equivalência, o método RKW e a Unidade GP.
A unificação da produção deu base para o método UEP, que procura simplificar o processo de controle de gestão. A forma encontrada pelo método é a simplificação do modelo de cálculo da produção do período, através da determinação de uma unidade de medida comum para todos os produtos e processos da empresa, a UEP.
- Método UEP – Unidade de esforço de produção
O método UEP – Unidade de Esforço de Produção é uma importante ferramenta gerencial de custos onde as oportunidades de melhorias são apontadas com precisão, reduzindo custos e tendo uma melhoria considerável na rentabilidade do produto, transformando a fábrica em um modelo matemático, mapeando etapa por etapa do processo produtivo, por linha, centro de custo e por produto.
Franz Allora, (1995) começou a estudar a implantação da Unidade de Produção nos controles gerenciais fabris, com a colaboração do engenheiro suíço Ludwig Alfrand, dando início ao surgimento de uma nova unidade de medida de produção, que ficou conhecida como Unidade de Esforço de Produção - UEP. Com o surgimento desse novo método, foram criadas também novas possibilidades, abrangendo todos os principais controles de fabricações, saindo da área restrita dos custos. O método UEP possibilita medir toda a produção de uma fábrica, por mais diversificada que seja, com uma única unidade de medida, um único número, abrindo uma ampla área de aplicação, medindo a capacidade de produção, a rentabilidade, eficiência, produtividade e etc.
Para o entendimento do método das UEPs considera-se importante o conhecimento dos seguintes termos:
Capacidades de Produção: Divida em Teórica que é o total de produção obtida em um período de trabalho, considerando o tempo disponível. E a Prática que, diferente da teórica, considera somente o tempo real disponível para o total de produção.
Custos
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