Escolas do Pensamento Contábeis - Contismo
Por: eduardamaia17 • 21/3/2018 • 1.959 Palavras (8 Páginas) • 974 Visualizações
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O denominado contismo, entendo, particularmente, pertence as concepções de um período pré-científico, a uma visão ainda modesta, que não condições de ser classificada como uma corrente deveras cientifica, Trouxe sua contribuição, tem o seu inequívoco valor, mas, faltou-lhe romper o casulo da forma. (SÁ 1997).
O contismo, como já exposto, se beneficiou do momento histórico marcado pelo aumento do número transações e a transição entre feudalismo e capitalismo. Ainda segundo Schmidt (2008), um dos mais hábeis instrumentos para registar as relações comerciais foram as contas contábeis.
Apesar do grande crescimento e desenvolvimento da contabilidade durante este período alguns historiadores, teóricos e pensadores da área nomeiam está época como o período da estagnação contábil. Porém, foi nesse período que o método das partidas dobradas se difundiu pelo muno. O que podemos notar ao analisar a história é que o “mundo contábil precisou de um tempo para se adaptar” Schmidt (2008).
Schmidt (apud Winjum 1970) apresenta os fatores que corroboram com a visão que esse período foi o da consolidação contábil a exemplo do surgimento do balancete de verificação, a criação do capital social que era entendido como o valor inicial mais os resultados obtidos, a avaliação de ativos passou a considerar o preço pago na aquisição e todos os demais custos.
Lopes de Sá (1997) não considerava o Contismo como pertencente ao período cientifico da contabilidade e terce crítica ao mesmo, apesar de reconhecer sua importância no desenvolvimento da contabilidade. O entendimento de que pudesse existir uma ciência das contas motivou reações dos italianos que não se conformavam com a limitação de nosso conhecimento as formalidades apenas do registro (Sá 1997).
OS PENSADORES DO CONTISMO
Os principais personagens do contismo foram: Fibonacci, Pegolotti, Pietra, Flori, Degranges, sendo que os mais destacados foram Cotrugli e Frei Luca Pacioli, estes os principais contribuintes do pensamento Contista em sua primeira fase. A vocação para a ciência ocorre quando se busca a verdade a respeito de acontecimntos que desejamos explicar. Distinguir a informação daquilo que ela pode explicar foi tarefa que os estudiosos da Contabilidade começaram a ralizar com maior seriedade a partir do século em que a curiosidade cientifica parecia acelerar-se.
Neste mesmo periodo, conhecieo conhecido como Pré-cientifico, desenvolveu-se o Contismo, ou seja, a posição dos estudos centrada no instrumentos Contábil, que é a conta, como se fosse o objeto principal de observação da disciplina.
Principais personagens da escola contista
Os principais personagens do Contismo foram: Francesco di Balduccio Pegolotti, Ludovico Flori, Edmundo Degranges, Alvise Casanova, sendo que os mais destacados foram Ângelo Pietra, Benedetto Cotrugli e Frei Luca Pacioli. Dentre outros autores que contribuíram para a o desenvolvimento do pensamento contista os que se destacaram consideravelmente foram:
- Angelo Pietra;
- Benedetto Cotrugli;
- Luca Pacioli.
ANGELO PIETRA
Em 1586 surge na cidade de Mantua, na Itália, a obra de um religioso, o beneditino Ângelo Pietra e que tratava da Contabilidade dos Mosteiros. Os Mosteiros, durante toda a Idade Média, haviam sido organizações complexas, de produção, consumo e distribuição de bens sendo igualmente múltiplas as relações patrimoniais.
A escrita contábil, todavia, não pareceu suficiente para o culto e competente monge e nesse seu trabalho que deu o nome de “Indirizzo degli economi”, começou a apresentar traços de teorias. Foi no trabalho de Pietra que surgiu o primeiro esforço de uma teorização das contas. Iniciava-se a racionalização com a classificação dos fatos ou acontecimentos em grupos. Buscava-se uma disciplina para pensar e isto é caminho para teorizar.
Pietra, no capitulo 27 de seu livro, apresenta uma tabela de operações fundamentais, ensaiando uma classificação. Ele constitui três macro-grupos de contas sendo um financeiro ou do movimento de moeda, outro operacional ou de transações com bens e outro de cessões a terceiros. Esses três grupos ele os subdivide da seguinte forma: o Financeiro em “Embolsos” e “Desembolsos”, o Operacional em Comprar, Vender e Trocar e o de Cessões, em Agentes Financeiros e Agentes Operacionais. Saía ele da concepção muito pessoal de que contas se abrem como se fossem para pessoas e que era o raciocínio até Paciolo. É um precursor do materialismo conceptual em Contabilidade e no Capitulo 26, ao tratar do débito e do crédito, o faz ligado à natureza dos fatos patrimoniais.
A obra referida traz ainda, pela primeira vez em divulgação impressa, muitos outros progressos como: ensaio de um Plano de Contas, Vocabulário Contábil, dissertações sobre o exercício e o regime de competência, Quadro de Fluxo de fenômenos Patrimoniais etc.
Portanto, há mais de 400 anos, a Contabilidade já caminhava no sentido de libertar-se de um teor meramente escritural informativo e atado só a direitos e obrigações. Um dos maiores pesquisadores da atualidade sobre a obra de Angelo Pietra é o Professor Luigi Serra. Serra publicou um livro sob o titulo “Ângelo Pietra, Beneditino Ragioniere”, editado pelo Istituto Tecnico Commerciale, da cidade de Cassino, na Itália, em 1981.
BENEDETTO COTRUGLI
Benedetto Cotrugli comerciante nascido na Croácia, em 1416, ffez um dos primeiros manuscritos sobre as contas de partidas dobradas em 1458. [pic 2]
O trabalho de Cotrugli consiste em 4 livros:
1º: trata de técnicas e práticas que os comerciantes da época deveriam conhecer.
Ex: letra de câmbio, seguros, vários tipos de comércio e livros de registros.
Os outros 3º livros: apresentam os deveres do comerciante para agir como um verdadeiro cristão, tanto no trato do negócio como no comando de seus empregados.
Os 10 mandamentos proibitivos para o comerciante:
- O comerciante não deve participar de jogos que envolvam dinheiro, tais como cartas ou dados;
- O comerciante não deve beber ou comer excessivamente;
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