UMA ANALISE DA ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENERICO NO MERCADO DE UNAI
Por: Kleber.Oliveira • 2/10/2018 • 12.511 Palavras (51 Páginas) • 270 Visualizações
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O estudo é dividido em capítulos, cada qual com seu conteúdo específico, sendo que a introdução constitui o primeiro deles, sendo apresentado o tema da pesquisa, as justificativas, o objetivo geral e os específicos, o problema da pesquisa, além da relevância e contribuições de forma resumida.
O segundo capítulo é dedicado ao referencial teórico, onde são apresentados conceitos fundamentais que serviram de base para o estudo de modo a apresentar cronologicamente, o desenvolvimento do setor farmacêutico, bem como, a apresentação e a descrição de medicamento genérico, o histórico, a diferenciação e o mercado, logo em seguida, a descrição e caracterização de marketing, do comportamento do consumidor e a estratégia empresarial.
O tópico seguinte traz considerações a respeito dos aspectos metodológicos utilizados nesta pesquisa. Apresenta-se a natureza da pesquisa, as técnicas de coleta de dados, amostragem e procedimentos para análise dos dados.
No capítulo quatro são apresentados e analisados os dados coletados e processados com o intuito de encontrar um significado e alcançar os objetivos do trabalho. Por fim, no capítulo considerações finais, é respondida a pergunta de pesquisa e são apontadas as conclusões.
- REFERENCIAL TEÓRICO
- A Indústria Farmacêutica
De acordo com a história, até o início do século XIX, praticamente todo o processo de produção de medicamento era realizado pelas boticas. Pequenos estabelecimentos de cunho familiar que processavam de forma artesanal extratos de origem vegetal e animal. As condições de pesquisa e produção de medicamento da época não empregavam o rigorismo assistido posteriormente na indústria farmacêutica (NETO, 2008).
Na segunda metade do século XIX observar-se a existência de um comércio de medicamentos nos continentes europeu e americano. Indústrias farmacêuticas como a Merck e a Eli Lilly encabeçaram a distribuição de remédios. Todavia, ainda não se podia falar do rigor e particularidades dos medicamentos atuais (NETO, 2008).
Na Alemanha e na Suíça, os laboratórios de pesquisa das indústrias que produziam corantes para o setor têxtil começaram a investigar, de forma sistemática, drogas de fato eficazes contra as enfermidades então conhecidas. A Ciba (suíça) e a Bayer (alemã) se apresentaram em 1889, através de suas divisões farmacêuticas com seus primeiros medicamentos. Um deles - a Aspirina - passaria a ser talvez o mais bem sucedido produto farmacêutico de todos os tempos (GEREZ, 1993, p. 19).
No final do século XIX observa-se a conexão entre a pesquisa, o lançamento, a produção e o marketing de novas drogas pelas grandes empresas farmacêuticas. Desde os primeiros sucessos da indústria farmacêutica empregava-se na comercialização dos produtos a denominação de marca e não o nome científico. Por exemplo, a Aspirina, distribuída com essa marca até hoje (MAGALHÃES, 2005).
Segundo Neto (2008), a partir de 1940, com o aparecimento dos antibióticos e a lucrativa exploração das inovações pela indústria farmacêutica desencadeou uma condição particular de crescimento empresarial. Tal movimento desembocou na concentração econômica e sedimentação do domínio do mercado mundial pelas megaempresas que se constituíram ou se desenvolveram a partir dos produtos e da agressividade de mercado. De forma geral, pode-se dizer que estavam colocados às bases da situação atual do mercado mundial de produtos farmacêuticos.
Com a globalização a indústria farmacêutica vem se transformando constantemente. Sendo um mercado altamente rentável e competitivo, este tende a um processo de concentração por meio das fusões e aquisições das empresas menores pelas dominantes; outro fator de favorecimento das megaempresas são as inovações, em produtos ou processo, já que os diversos medicamentos ofertados são derivados de novos fármacos descobertos ou do aperfeiçoamento dos já existentes (MAGALHÃES, 2005).
Em meio aos principais países que exercem influência expressiva no mercado farmacêutico, seja por sua capacidade produtiva, ou por forte demanda, pode-se mencionar: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Brasil, China, Argentina, México e Índia. Encontrando o Brasil, China, Índia, México e Rússia na categoria de países emergentes que respondem por uma parcela significativa do consumo dos medicamentos disponibilizados no mercado mundial (NETO, 2008).
- A Indústria Farmacêutica de Medicamento no Brasil
Segundo Fiuza e Caballero (2010), por possuir uma volumosa população, o Brasil é atualmente o maior mercado farmacêutico da América Latina e, sustenta que o mercado brasileiro de medicamentos é um dos que tem maior possibilidade de expansão. Porém, distante do presenciado nos países desenvolvidos, a realidade brasileira carece de ajustes expressivos para que possa atender, de forma satisfatória, as necessidades da população.
Para compreender melhor como funciona a indústria farmacêutica nacional, faz-se indispensável à exposição de acontecimentos importantes, sucedidos no passado, sem os quais não se entende a evolução do contexto que levou a indústria farmacêutica a estrutura atual.
Desde o início da década de 1970, controles de preço e ausência da vigência de patentes foram as principais estratégias do governo militar. Por um lado, a tentativa de substituição de importações requeria que patentes estrangeiras não fossem reconhecidas pela legislação brasileira. De fato, patentes de produtos químico-farmacêutico não eram reconhecidas desde 1945, e patentes de processo foram também revogadas em 1969. Por outro, a política macroeconômica no Brasil favorecia a inflação e levou as autoridades a adotarem medidas de compensação, como controles de preço. Estes, no entanto, eram em parte contornados pelas empresas farmacêuticas, que introduziam novas apresentações, cujos preços não estavam sujeitos a controle (FIUZA; CABALLERO, 2010, p. 9).
No ano de 1993, é instituída uma nova Lei antitruste, e posteriormente reformada no ano seguinte. Controles de preços de produtos farmacêuticos foram abolidos gradualmente em 1992, acompanhados de uma sequência de reajustes. Quanto à substituição da importação, o processo também foi revertido (NETO, 2008).
A partir da década de 1990, a competição instituída entre as diversas economias, fez com que a produção nacional de medicamento, assumisse novas estratégias em decorrência dos elevados gastos que
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