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Tecnologias da Informação e da Comunicação

Por:   •  4/11/2018  •  14.292 Palavras (58 Páginas)  •  275 Visualizações

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de novos fatos, experiências, práticas, contextos. Existem áreas com bastante estabilidade informativa: fatos do passado, que só se modificam diante de alguma nova evidência. E existem áreas, as mais ligadas ao cotidiano, que são altamente suscetíveis de mudança, de novas interpretações.

Não obstante, as tecnologias nos ajudam a encontrar o que está consolidado e a organizar o que está confuso, caótico, disperso. Por isso é tão importante dominar ferramentas de busca da informação e saber interpretar o que se escolhe, adaptá-lo ao contexto pessoal e regional e situar cada informação dentro do universo de referências pessoais.

Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.

Seguindo a lógica que orientou o processo civilizatório da humanidade, tanto a educação como a comunicação assumiram o status de mecanismos pelos quais o homem vem buscando sua emancipação política e social. Baccega (1999, p.179) observa que “o encontro entre educação e comunicação é bastante complexo, com isto, os sentidos se ressignificam e a capacidade de pensar criticamente a realidade, de conseguir selecionar informação e de interrelacionar conhecimento, torna-se indispensável”.

Neste sentido é necessário que a educação promova uma leitura autônoma e contextualizada da comunicação, reorganizando as formas espontâneas de aprendizagem que em grande parte têm origem em nossas experiências midiatizadas.

Segundo Foglia (2004), sendo a comunicação um ato essencialmente humano e dependente da sua vontade e considerando-se, ainda, a profunda relação entre comunicação e educação, podemos afirmar que, na escola, a educação também deveria ocorrer a partir da vontade humana. Porém, não tem sido esta a nossa percepção, pois, em muitos casos, nos parece que os sujeitos do processo educativo estão ali contra a sua vontade.

Segundo Silva (2013), atualmente a sociedade cada vez mais depende da tecnologia para se desenvolver facilitando a vida das pessoas em seu cotidiano. Como a escola também faz parte da sociedade, ela se torna o mecanismo onde a tecnologia pode ser diferenciada em seus aspectos reflexivos. No entanto, é a instituição social onde há a maior concentração de resistência ao uso da inovação tecnológica em sala de aula, pode ser devido à falta de conhecimento de alguns profissionais ou em muitos casos, medo.

Os modelos de educação vigente ainda estão focados no ensino, em como o professor deve desenvolver suas aulas e seus conteúdos e não na aprendizagem do aluno. Sendo assim, a escola precisa refletir sobre seus objetivos para que possa ofertar uma educação com respaldo da tecnologia, para garantir a aprendizagem significativa do aluno.

A presença das tecnologias na educação requer dos professores, coordenadores e gestão, uma nova postura, uma abertura a integração das mídias no contexto educacional, pois ela entra na escola como instrumento de auxílio à prática do professor, para melhorar ainda mais o trabalho junto aos alunos.

Não basta a escola adquirir recursos tecnológicos e montar seus laboratórios de informática, porque só isso não garante a inclusão digital do sujeito. Segundo Silva (2013), a escola como espaço de comunicação tem na tecnologia o meio para essa comunicação ser difundida, ela possibilita a interação com outros mundos, outros pensamentos, outros pontos de vista, sendo assim, ela não pode mais ignorar a presença das mídias no planejamento educacional.

1.1. Políticas educacionais e o uso das tecnologias.

O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação estabeleceu que a atuação do Governo Federal na Educação Básica será realizada por meio de um Plano de Ações Articuladas (PAR), planejamento elaborado por cada Município, Estado e Distrito Federal. Atualmente o PAR contempla mais de 80 ações, cada uma delas desdobrando-se em outras iniciativas, de diferentes amplitudes, que convergem para a melhoria da Educação Básica.

É nesse conjunto de esforços que se insere o Guia de Tecnologias Educacionais. Com ele, o Ministério da Educação busca oferecer aos sistemas de ensino uma ferramenta a mais que os auxilie na decisão sobre a aquisição de materiais e tecnologias para uso nas escolas brasileiras de educação básica pública.1

Neste sentido, mesmo diante de toda essa infraestrutura providenciada pelo Estado, cabe-nos indagar: (1) Existe a preocupação em preparar professores e alunos para a leitura crítica de imagens e mensagens advindas destes meios tecnológicos? (2) Há, na política de capacitação de professores, algum conteúdo que possibilitasse ao professor entender as subliminaridades presentes nas mensagens midiáticas, especialmente as da televisão e da Internet? (3) As atuais políticas de capacitação têm a preocupação de formar professores para compreender a influência ideológica dos meios de comunicação de massa em nossos alunos?

As políticas educacionais são fundamentadas a partir dos três poderes do Estado e tem como ponto de partida a Constituição Federal: Direitos políticos e sociais do cidadão Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O poder Legislativo visa: A organização e sistematização e cumprimento deste elemento norteador por meio da elaboração de leis regulamentares, por exemplo, a LDBEN (Forma de oferta tendo como espelho a Constituição Federal e as solicitações sociais). O poder Judiciário visa: O zelo pelo cumprimento do direito constitucional e de instrumentos correlatos. O poder Executivo visa: Materializar as políticas educacionais por meio de projetos, programas e planificações a curto médio e longo prazos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei n.º 9394, promulgada em 20 de dezembro de 1996, apresenta consideráveis avanços na concepção curricular da educação básica brasileira. Tais avanços podem colocar o ensino de nossas crianças e jovens em maior sintonia com as exigências da sociedade da informação, da inclusão social, da cidadania

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