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Saúde Pública

Por:   •  28/2/2018  •  3.092 Palavras (13 Páginas)  •  299 Visualizações

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Com uma estrutura nacional, o SUS se defronta com a baixa quantidade de recursos para desenvolver as ações e serviços de saúde para toda a sociedade brasileira. Cento e vinte e cinco milhões de brasileiros dependem exclusivamente dos serviços públicos de saúde. Infelizmente, a saúde não tem sido prioridade para vários governos. Isso se comprova pela série de arrochos e constrangimentos orçamentários impostos ao SUS.

A crise na saúde não é uma questão que envolve apenas a saúde pública, atualmente é uma realidade também da saúde suplementar. O cenário envolve diversas partes com interesses iguais. Nem sempre convergentes, nenhuma das partes estão satisfeitas. O paciente quer o melhor serviço com menores preços, muitas vezes paga caro e não tem acesso ao que realmente necessita. E assim a saúde suplementar vem sofrendo com os problemas que antes eram apenas do setor público, agora se expandiram para a esfera privada, pois a manutenção da saúde está mais cara do que nunca. O Brasil vem sofrendo com surto de Dengue e H1N, muitos estados entraram em alerta, para o combate das doenças. O primeiro caso registrado entre humanos de H1N1, ocorreu nos Estados Unidos.

Houve um surto muito grande no ano de 2009, recentemente a gripe retornou, avançando grande parte do país, sendo responsável, até o momento, pela grande maioria de casos de morte. Os governos federais e estaduais não investem em recursos para a sociedade, e adotaram a política privatista da saúde, que faz com que o setor privado tenha equipamentos suficiente para conseguir os primeiros lotes da vacinação. A precariedade é tão absurda, que limita a população ao direito da vacina. Existe uma controversa em relação a (Brasil, CF 88: artigo 196), um exemplo é a cidade de São Paulo, pela falta de estrutura, houve filas de espera por mais de três horas no primeiro dia de vacinação pelo sistema privado, chegando até haver bate-boca e brigas entre pacientes. O Zika vírus entrou em discussão pois, ele foi ligado a microcefalia, principalmente no Nordeste do Brasil, onde está concentrado o maior número de casos da doença. O que mais preocupa no meio da crise, é a precariedade dos hospitais e postos de atendimentos. Pacientes em estado grave internados nos hospitais com superlotação, sendo obrigados a ficarem sentados em corredores, ou até deitados nos chãos imundos dos hospitais. Tendo risco de contrair outras doenças, e bactérias que por si próprias podem causar infecções e piorar a situação do paciente. Falta de equipamentos, infiltrações, instalações elétricas precárias; são alguns dos problemas que estamos sofrendo nos hospitais públicos de todo o país. Precisamos que o governo tome medidas para solucionar este imenso problema.

2.2 Novas Situações

A crise na saúde pública do Brasil deve ser considerada sob três aspectos básicos, quais sejam, a deficiência na estrutura física, a falta de disponibilidade de material-equipamento-medicamentos e a carência de recursos humanos. Além disso, surgiram novas situações preocupantes; Zica vírus e H1N1. Consta no Plano Nacional de Enfretamento ao Aedes aegypt e suas consequências, investimentos para iniciar o desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. Como o desenvolvimento de novas vacinas requer tempo para pesquisas, é essencial adotar medidas de prevenção e controle do mosquito. O presidente dos Estados Unidos informou em entrevista que em breve uma vacina será desenvolvida contra o Zika, mas pesquisas mostram que essa vacina custará bilhões para os países.

O Zika vem se tornando uma epidemia global, desde que se alastrou nas Américas, uma tragédia que poderia ser evitada, desde o início do século passado, o Aedes aegypti representa uma ameaça à saúde, o vetor foi erradicado em 1955, em meados dos anos 1980, ele voltou. O governo por sua vez focado na população para eliminar os criadouros domésticos, não conseguiram impedir a repetição do surto. Polivalente o mosquito passou a transmitir a chikungunya e o Zika, supostamente causadora da microcefalia que é a malformação do cérebro de bebes, que vem assombrando a população do Nordeste Brasileiro. Os governos municipais, estaduais e federais montaram uma operação de guerra contra o mosquito, mas surge uma dúvida, esse combate já tinha sido usado antes e mesmo assim a sociedade se acostumou com a doença mesmo causando tantas mortes, foi uma falha, achar que era normal. Se realmente esse combate efetivo, que o governo diz está sendo feito agora, tinha minimizado o problema do Zika, e a dengue seria vista como uma doença grave a partir do momento que afetou bebês.

A revista Época, publicou recentemente, uma crítica sobre o Zika Vírus, o oftalmologista Rubens Belfort Junior, em dezembro, viajou para o Nordeste para examinar os bebês. Viu de perto o desespero das mães em busca de respostas que a ciência ainda não é capaz de dar. A investigação confirmou a hipótese levantada por ele que descobriu lesões oculares em bebês nascidos com microcefalia no Nordeste, em entrevista “O zika escancarou a crise da saúde brasileira”, criticou o também o Ministério da Saúde, ele afirma que a sociedade não vai ter condições de bancar os custos de tratamentos das lesões causadas. H1N1 conhecida por vários nomes, gripe A, gripe influenza ou simplesmente gripe suína, a doença é causada pelo vírus Influenza A, nativo dos porcos.

É difícil diferenciar a gripe causada pelo H1N1 de outra gripe. A preocupação maior é a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que tem levado as pessoas a óbito. Os sintomas são: falta de ar, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória e queda de pressão. A transmissão pode ocorrer quando houver contato próximo (aproximadamente um metro), principalmente em locais fechados, com alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros, dores musculares).

Caso ocorra transmissão os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão da Influenza A/H1N1 para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. Este novo vírus não resiste a altas temperaturas (70ºC). O primeiro passo para evitar a gripe é a prevenção. Além da vacina, é importante ter uma dieta bastante saudável, deixar os ambientes arejados, incluir o álcool em gel no cotidiano, usar lenço descartável para espirrar ou tossir e não sair de casa se estiver doente. No Brasil, o Instituto Evandro Chagas (IEC), está desenvolvendo um teste sorológico de captura de IgM anti-ZIKV, o teste está sendo recomendado com ressalvas e disponibilizados aos laboratórios sentinelas para o diagnóstico de ZIKV no país.

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