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OS IMPACTOS SOFRIDOS NO RIO SÃO FRANCISCO AFETAM A ECONOMIA RIBEIRINHA

Por:   •  5/4/2018  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  408 Visualizações

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Para Pereira (2012, p.50 ) “O rio São Francisco, antes de receber esse batismo em referência ao santo peregrino, era chamado pelos índios de Opará, o rio mar”. A ocupação territorial foi ocorrendo de forma gradual, com a formação de fazendas para criação de gado.

Januária, então denominada Porto do Brejo do Salgado, Porto do Salgado, tinha o seu escoamento de mercadorias, sobretudo no século XIX. A economia do local funcionava assegurada pela troca intensa dos produtos ali concentrados, vindo do lugar ou que ali aportavam, subindo ou descendo o rio.As barcas, grandes ou pequenas, carregavam cargas e passageiros, além do meio de transporte, elas funcionavam como um estabelecimento comercial itinerante.

O rio São Francisco é o maior rio que corre totalmente dentro do Brasil e o quarto maior rio da América do Sul. Com 2.700 quilômetros de extensão, passa por cinco estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. É um rio de planalto, com cachoeiras e corredeiras em diversos trechos. A bacia do São Francisco tem 634.000 quilômetros quadrados.

Em reportagem da TV Norte, divulgada no dia 06 de agosto de 2014, retrata a verdadeira situação do rio São Francisco, comerciantes a beira do rio, pescadores, moradores da vazante e entre outros beneficiados estão transmitindo uma preocupação fundamental a respeito da economia local, que vem afetando o turismo a pesca entre outros.

O povo Ribeirinho da cidade de Januária

As populações ribeirinhas são povos que vivem nas beiras dos rios e geralmente são famílias humildes que sofrem com as poluições dos rios (esgoto) e com os assoreamentos e a erosão. As atividades desempenhadas são o artesanato e a agricultura, sabendo que a maioria das culturas e criações de animais são complementares à alimentação como caça, pesca e algum extrativismo vegetal.

A população ribeirinha de Januária teve sua formação calcada na imigração de povos nordestinos vindo principalmente da Bahia, e muitos desses povos centraram-se a margem esquerda do Rio São Francisco em busca de uma rápida adaptação do espaço em que estavam habitualmente convivendo no Nordeste. Essa população não encontrou muitas dificuldades para se adaptar ao novo território, encontrando recursos para a sua habitação e sustento.

Os impactos econômicos causados pela seca que assola o rio São Francisco e a população ribeirinha da cidade de Januária- MG

Segundo o pescador Danilo, um dos diretores da colônia de pescadores situada na cidade de Januária Minas Gerais o rio atualmente está sofrendo com a grande quantidade de lodo que dificulta a pesca, ele relatou também que é pescador profissional desde 1988 e que em meados do ano 2003 houve uma diminuição de 50% do pescado.

Foi relatado também que está sendo utilizado malhas finas onde no ato da pescaria os peixes menores veem nas redes, sabendo que este meio é ilegal e que dessa forma estão agindo contra o que é permitido por lei. Mas infelizmente na busca do meio de sobrevivência estão agindo desta forma. E com estado do nível do rio baixo chegando a 14cm de fundura, dificultando assim até a passagem de pequenas embarcações.

O tema proposto, que visa discutir os impactos sofridos no rio São Francisco afeta a economia ribeirinha é relevante, pois está presente em nosso dia a dia e a sociedade local está sentindo os efeitos e os impactos causados pela diminuição das águas e escassez dos peixes devido aos impactos biológicos e com isto vem se tornando um problema sócio econômico na região.

Januária por ser uma cidade turística, já está sentindo os efeitos econômicos que vem ocorrendo com a falta de água, tanto para os comerciantes, como para os pescadores que sofrem ainda mais com a situação, dificultando a pesca e a desova dos peixes. Gerando um transtorno sem igual, já que a população aprecia o peixe e a deslumbrante paisagem do qual nosso Velho Chico transmite todas as manhãs. Entretanto, de maneira silenciosa, a seca causa tantas perdas de vida e de bens materiais do que qualquer outro perigo físico.

Todos os moradores ribeirinhos estão chocados com a redução drástica do nível da água no Velho Chico segundo Danilo que além de pescador profissional faz parte da diretoria da colônia dos pescadores.

A influência do rio na economia da população ribeirinha está na mercadoria consumida por clientes de bares, pois como relatou o diretor da colônia dos pescadores, ele fornecia em grande quantidade peixes para os principais hotéis e bares de Januária, como Viva Maria, Havaí, Marcelão e dentre outros que atuam as margens do rio.

Segundo pesquisas com os pescadores que compõe a colônia, no momento o fornecimento de peixe está totalmente parado, com essa situação os pescadores estão pescando e vendendo individualmente seus peixes, ou seja, a procura está grande para o pouco de peixe disponível.

Segundo Buarque (2010), a pesca está se tornado um problema econômico, a falta de planejamento local afeta os planos do desenvolvimento e acarretando grandes prejuízos, acerca do tema escolhido pretendemos discutir e analisar estes problemas e procurar soluções para que seja feito um planejamento coerente, e com isso buscar uma grande melhoria e proximidade com o cidadão.

A população deve se preocupar e atentar aos impactos que estão ocorrendo as margens do Rio São Francisco, parar com a poluição que afeta os peixes, acabar com as queimadas e os desmatamentos a beira do rio conscientizar a respeito deum dos recursos que a população ribeirinha tem e que pode vir e acabar.

“O planejamento do desenvolvimento local, nas diversas escalas de pequena dimensão territorial e populacional, representa realidades socioambientais menos complexas e com maior grau de homogeneidade, especialmente no que se refere à estrutura dos fatores sociais” segundo (BUARQUE ,2010, p. 86).

Existe um período que os pescadores profissionais recebem seu benefício, que por sua vez é um direito. O pescador é remunerado com 4 parcelas no valor de R$ 788,00, no período de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Esse método utilizado por nossos governantes para sanar o custo de todos os pescadores profissionais durante o período de reprodução da piracema.

A piracema vai do dia 1º de novembro e vai até o dia 28 de fevereiro. E 90% dos pescadores da região já foram contemplados com o seguro. Quem for pego pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pescando com redes será punido. Terá que pagar de R$ 700

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