O PÚBLICO E O PRIVADO NA GESTÃO PÚBLICA

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“O conjunto das organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas peça ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito da cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil.”

Conforme as definições acima, as organizações não governamentais buscam parcerias, alianças ou convênios para conseguirem verbas, recursos dos governos ou das empresas privadas ou ambos o suficiente para cumprir os objetivos sociais, culturais ou ambientais de diferentes áreas, tendo proposito em ajudar os necessitados ou defender patrimônios culturais ou ambientais.

Porém, na questão de se as ONGs cumprem suas funções dependem dos cenários politico econômicos vigentes dos países. No caso do Brasil, segundo o ex-senador Mozarildo Cavalcanti, na época da entrevista feita para artigo elaborado pelo autor Sérgio Gwercman pela revista “Superinteressante”, em 2004, as ONGs gastam 60% dos recursos que recebem do governo na parte administrativa. De acordo com essa informação, as ONGs são praticamente aparelhadas ao Estado, portanto é preciso que tenha programas do governo que estimulem crescimento de empresas no Brasil além de aumentar percentual de dedução por doação a entidades sem fins lucrativos, atualmente entre 3% e 6%, de acordo com o site da Receita Federal, para equilibrar a balança entre os recursos públicos e privados.

Outra questão a ser considerada é a profissionalização dos envolvidos nas ONGs. Segundo a Célia Cruz, diretora da Ashoka, uma ONG que financia profissionais do terceiro setor, entrevista para mesmo artigo supracitada, as ONGs enfrentam forte concorrência e boa parte delas não supera os primeiros anos de vida. Passam mais tempo lutando por dinheiro que pelas causas que originaram sua existência. “Profissionalização é essencial para conseguir eficiência. E eficiência é saber como eu, com poucos recursos, posso lidar com problemas tão amplos”.

Concluindo, as ONGs são importantes para cumprimento das funções sociais, ambientais e culturais e devem permanecer assim porém impacto dos seus projetos apenas será efetivo se tiverem cenários politico econômicos favoráveis além de qualificar profissionais para desempenhar na área do terceiro setor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHEUNEMANN, Arno Vorpagel; RHEINHEIMER, Ivone. Administração do Terceiro Setor. 1. Curitiba: Editora InterSaberes, 2013. P. 30-31

SÉRGIO GWERCMAN. Para que servem as ONGs?. Disponível em: . Acesso em: 18 JUN. 2015.

Receita Federal (Org.). 419 - Quais os gastos que podem ser deduzidos do valor do imposto apurado? Disponível em: . Acesso em: 18 jun. 2015.