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Metodologia 8D: Aplicação da Ferramenta

Por:   •  15/4/2018  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  295 Visualizações

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De acordo com Ristof (2008), a metodologia 8D parte do pressuposto de que o problema já foi identificado, e a primeira ação a ser tomada está relacionada a terceira disciplina, a qual corresponde a contenção dos efeitos do problema.

- 1°D: Estabelecimento da equipe

Esta primeira disciplina tem por finalidade, definir a equipe que atuará na contenção e resolução da não-conformidade. Esta equipe deve ser composta de colaboradores de diversas áreas de conhecimento e formação. Deverá não evolver somente o time de processos e qualidade, mas também líderes da linha, operadores de produção e até dos setores administrativos, se necessário. De acordo com Rosamilha [s.d.], a definição dos papéis de cada membro é muito importante, é espinha dorsal para o sucesso no processo de tomada de decisão. Em comum acordo, a equipe deve apontar um líder, que será responsável por gerenciar o andamento das ações, da correta aplicação das ferramentas da qualidade e na orientação do time (Marchini, s.d.).

- 2°D: Descrição do problema

Nesta etapa deve-se definir qual o problema que está acontecendo, mas de um modo que ele possa ser mensurável, ou seja, ele deve ser muito bem explicado, para que toda a equipe envolvida possa entender claramente o problema.

Geralmente nessa etapa, utiliza-se dos 5W2H, para obter uma definição clara do problema, aplicando as seguintes perguntas: quem, o que, quando, porque, como e quanto (Rambaud, 2006).

- 3°D: Desenvolvimento e aplicação da ação de contenção interina

Esta tem como finalidade definir uma ação de contenção interina, ou seja, não necessariamente definitiva, porém compulsoriamente eficaz para que garanta a proteção total ao cliente externo e interno, que estará sujeito aos efeitos do problema enquanto corre a investigação sobre a causa raiz. Nesta fase, a ação de contenção deve servir principalmente para isolar o problema prevenindo o agravamento até que as ações corretivas e definitivas sejam introduzidas. Muita das vezes, a ação interina não deve ser usada como definitiva, pois pode fazer-se necessário uma mão de obra extra ou outra ação que pode em muito gerar custos extras para a empresa, e dentre várias, essa é uma razão de usar uma ação paliativa e não definitiva. Cabe ainda acrescentar que nesta fase deve-se fazer a validação da ação de contenção interina.

- 4°D: Identificação da causa raiz

Dentre todas as fases, essa é uma das fases mais críticas, pois uma causa raiz identificada com efetividade significa uma causa raiz de problema eliminado com efetividade. Essa fase tem como foco levantar todas as causas possíveis, testar cada uma das possíveis causas confrontando estas com a descrição do problema para então de fato obter a causa raiz com maior nível de assertividade possível e assim começar a definir as possíveis ações corretivas. Caso sejam descobertas mais de uma causa raiz, deverão ser tratados em 8Ds diferentes. Nesta fase também deverão ser levantadas as razões pelo qual o problema não foi anteriormente detectado, o que também pode contribuir para mais uma ação de corretiva de prevenção.

A causa raiz que gerou o problema deve ser separa da causa raiz da não detecção nesta etapa (Rambaud, 2006).

- 5°D: Ações Corretivas

Com base nas possíveis causa, deve ser estudado a melhor ação corretiva a ser implementada para ter certeza que o problema será resolvido, sem que outro seja criado (Rambaud, 2006).

- 6°D: Comprovação da eficácia das ações

Nessa fase, deve-se verificar a eficácia das ações corretivas, comparando os dados obtidos do processo após a implementação das ações com os dados anteriores as ações. Deve-se supervisionar os efeitos em longo prazo, utilizando-se dos controles necessários (Rambaud, 2006).

- 7°D: Ações preventivas

Deve-se identificar e determinar os passos que precisam ser tomados para prevenir que o problema se repita em processos similares no futuro (Rambaud, 2006).

- 8°D: Agradecimento a equipe

Esta etapa destina-se ao agradecimento das pessoas envolvidas no processo, e o resultado do aprendizado deve ser divulgado para a organização (Rambaud, 2006).

- Metodologia

Este artigo caracteriza-se como um estudo de caso, que segundo Araújo et al. (2008), trata-se de uma abordagem metodológica de investigação, adequada para compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos em diversos fatores.

Possui também, características de uma pesquisa bibliográfica, uma técnica para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica de conhecimento e treinamento científico, que habilitam a produção de trabalhos originais e pertinentes. A coleta dos dados foi procedida através de documentações como artigos científicos, sites especializados, teses e a ferramenta 8D.

O estudo é também exploratório, pois conforme Gil (1999) busca o entendimento inicial de um determinado fenômeno, para depois avaliar suas causas e consequências. No presente artigo, primeiramente, buscamos entender o processo e as fases da metodologia 8D, para posteriormente, analisar, bem como explicar as causas, consequências e resoluções para o problema apresentado.

E por fim, este apresenta características qualitativas, que de acordo com Mattar (1999) é identificar presença ou a falta de algo, não se preocupando em medir o grau em que algo está presente.

- Resultados e discussões

- Premissa

O objetivo deste estudo de caso é apontar a causa raiz de um problema, através da metodologia das oito disciplinas.

- Produto

O produto em estudo é uma moldura de lateral de porta direita, que é montada em um automóvel. É composto por uma peça plástica injetada (Figura 1) e dois clipes plásticos (Figura 2).[pic 1][pic 2]

Figura 1: moldura lateral de um automóvel. Figura 2: localização dos clipes plásticos.

Fonte: Automotive Part (2015). Fonte: Automotive Part (2015).

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