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Escolas de pensamento da Administração Estratégia

Por:   •  17/6/2018  •  4.077 Palavras (17 Páginas)  •  373 Visualizações

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A escola de posicionamento, foi a primeira a basear suas proposições em resultados empíricos dados por modelos reais, toma a posição de que o planejador passa a ser um estrategista, necessitando ser um analista do cenário econômico, desempenhando papel primordial no processo para definir as estratégias de sua organização e passar resultados de seus cálculos ao seu gerente para que este controle as operações. Estes cálculos analíticos feitos pelos planejadores dão embasamento à posições genéricas, identificáveis e comuns que devem ser tomadas pela empresa em relação ao mercado competitivo que as cerca. Este mercado competitivo se dá devido às constantes disputas empresariais em que se necessita que os planejadores da organização analisem o cenário como um todo, comparando e calculando suas chances de sucesso. Esta escola prega que o primordial para analisar o produto de uma organização e como investir nele é analisar sua participação relativa no mercado e a taxa de crescimento dessa participação de mercado, o que influencia na tomada de decisões acerca das estratégias da empresa e como alocar e investir os recursos desta. Com relação ao ambiente externo, leva-se em consideração o modelo das 5 forças de Porter, que são a ameaça de entrada de novas empresas, poder dos fornecedores, poder dos clientes, ameaça de bens substitutos e rivalidade entre concorrentes que analise o âmbito competitivo da empresa e suas vantagens competitivas. Mas temos que levar em consideração também que esse modelo de determinação de estratégias leva seu foco a tender a determinadas áreas em detrimentos das outras, pois leva mais em consideração o quantificável e não o qualificável, baseado principalmente no poder de mercado e em sua concorrência, muitas vezes fazendo com que planejadores tenham visão rígida e que utilizem de estratégias maléficas a organização, pois não consideram suas limitações e manipulam números para tentar convencer que a estratégia funciona. A escola em questão fecha o grupo de escolas prescritivas lembrando o modelo da escola de planejamento, mas com um modelo claramente mais flexível, baseado no posicionamento da empresa em relação ao cenário que esta atua, realizando análise internas e externas em seus cálculos, retomando parte do modelo da escola de design porém mais baseado em cálculos como a escola de planejamento, porém não toma suas decisões baseadas em previsões mas sim em perspectivas.

A escola empreendedora abre o grupo de escolas descritivas pregando a elaboração de estratégias por meio da visão dos estrategistas, que lideram o processo organizacional e formam as estratégias já existentes em suas mentes de forma semiconsciente, ou seja, os líderes já sabem sua maneira de gerir sua organização e apenas aplicam seus conhecimentos a esta. Sendo assim a estratégia organizacional é maleável à mente do estrategista o que torna a empresa maleável a esta também, o que torna na identificação de oportunidades do estrategista a base para o sucesso da organização, que trazem na exploração dessas oportunidades o diferencial ou vantagem da empresa. Esta visão é como o empreendedor vê o cenário e toma uma ideia guia para nortear o caminho de sua organização. Podemos considerar que esta visão pode ser uma ideia falha ou positiva, visto que pode levar ao sucesso ou ao fracasso. E escola prega que a visão da sociedade em relação ao líder atribui-se o sucesso da empresa e que personalidade empreendedora do líder é primordial, a qual este deve buscar sempre novas oportunidades, ser ousado em suas investidas e sentir sempre uma necessidade de controle e sucesso, centralizando o poder da empresa em suas mãos. Não é difícil perceber que esta visão da escola empreendedora é bastante mirabolante para a maioria das organizações e altamente inviável em sua grande maioria, pois nesta grande parcela traz o fracasso às empresas, por concentrar a visão de como a organização deve atuar em um único indivíduo, muitas vezes o sobrecarregando e diminuindo sua capacidade de identificação. A diferenciação desta escola em relação as anteriores, prescritivas, é bastante notória de cara, tendo em vista que a escola toma como base não previsões de cenário, análises ou cálculos mas sim em uma perspectiva otimista da organização e que a estratégia tomada pelo empreendedor realmente trará sucesso à empresa.

A escola cognitiva, serve como um elo entre as escolas anteriores, mais objetivas, e as demais escolas que tem um enfoque mais subjetivo. A escola parte do pressuposto que os estrategistas são bastante inflexíveis e não aceitam certas preposições a menos que acreditem que existam, “É preciso acreditar para ver”. Logo esta se baseia nos problemas de como as estratégias são construídas na mente do estrategista e em como compreender a visão estratégica, tentado entender os atos da cognição humana que dão origem a estratégias de sucesso e estes mesmos atos que podem distorcer e vir a gerar um fracasso pela falha na forma de planejamento das estratégias e suas tomadas de decisões. Uma das maneiras de se evitar distorções é exatamente não pregar a inflexibilidade na cabeça de estrategistas com modos estabelecidos de tomada de decisões, a análise fatos distintos juntamente, prever resultados únicos ou não analisar as consequências de suas decisões. Como comentado, a escola prega uma grande diferença entre o saber e o fazer, visto que precisasse analisar o que realmente os estrategistas sabem e a forma como estes aplicam o seu conhecimento para realmente fazer o que desejam. A escola toma a cognição como responsável por diversas competências na organização e sua elaboração de estratégias, das quais podem ter importância no mapeamento de decisões baseado em dados obtidos pela empresa que moldam a maneira de como as pessoas lidarão com informações vindas do ambiente, como também no processamento de informações pelos líderes que tem tempo limitado para gerir grande número de atividades e informações que podem ser obtidas de diversas maneiras e interpretadas e modeladas das mais diversas formas, e também de como a cognição é importante na construção ou elaboração de estratégias, seja de como a empresa pode se comportar para intervir em todo o ambiente que está inserida ou como ela pode se comportar para se adaptar às imposições deste ambiente. A escola cognitiva é a primeira das demais escolas a se distanciar de como o líder precisa tomar decisões ou de como este age, e toma enfoque em como sua mente funciona para realmente determinar como essas estratégias surgem e no que podem vir a se diferenciar devido às distorções. Deixa de lado os cálculos e previsões e evidencia em como tudo isso pode influenciar nas estratégias.

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