Cenário Atual para a Aposentadoria: A Previdência Privada para Acumular Recursos
Por: Rodrigo.Claudino • 13/4/2018 • 2.269 Palavras (10 Páginas) • 273 Visualizações
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Para isso, este trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: no capítulo I, é abordado o ambiente da pesquisa, oportunidade de pesquisa, objetivo geral e específicos, justificativas, limites e hipóteses.
No capítulo II, se fará uma abordagem histórica da Previdência Social e sua situação na atualidade, em seguida serão expostos de maneira sucinta os produtos disponíveis com a finalidade de investimento para acumular recursos, tais como: CDBs, RDBs, LCIs, LCAs, fundo de investimento, ações, caderneta de poupança.
- Caracterização do ambiente da pesquisa.
Enquanto o aumento da expectativa de vida dos brasileiros preocupa as contas da Previdência Social, no entanto a Previdência Complementar comemora o aumento de pessoas que procuram investimentos de médio e longo prazo para complementar o regime público de aposentadoria, tendo em vista que os cenários econômicos favorecem a adesão de uma renda complementar para fazer com que as pessoas se sintam mais seguras financeiramente. No Brasil a previdência privada aberta e fiscalizada pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), uma autarquia vinculada Ministério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.
O envelhecimento da população, junto a crise que assola a Previdência Social faz com que o investimento se torne preocupante, pois o aumento desproporcional entre o número de aposentados e contribuintes faz com que aumente o déficit dos cofres públicos.
“As despesas com INSS, que em 1988 representavam cerca de 2,5% do PIB, atualmente ultrapassam os 8%.Como a previdência só arrecada 6%, temos um rombo anual de cerca de 2% do PIB, comprometendo num futuro próximo a aposentadoria do brasileiro.” (Caio Mesquita, 2016)
O fator previdenciário, criado em 1999, é uma fórmula que leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida dos brasileiros no momento da aposentadoria. Assim, quanto menor a idade na data da aposentadoria e maior a expectativa de sobrevida, menor o fator previdenciário e, portanto, menor o benefício recebido. Quanto mais velho e quanto maior for o tempo de contribuição do trabalhador, maior será o valor da aposentadoria. O fator previdenciário é pior para quem se aposenta com pouca idade. Quanto mais cedo a pessoa se aposentar, pelo fator previdenciário, menor vai ser o valor da aposentadoria, isso trás instabilidade e insegurança as pessoas.
Existem hoje diversas opções de investimento disponíveis no mercado que devem ser analisadas pro três fatores: rentabilidade, liquidez e segurança. São muitas opções que podem ser abrangidas por qualquer perfil de poupador e/ou investidor, com valores modestos já é possível iniciar um investimento, mas para isso tem que manter a disciplina, poupar hoje para ter um futuro mais sossegado.
Então tendo em vista o cenário econômico da Previdência Social: possibilidade de quebra da previdência, redução do valor do beneficio pelo fator previdenciário, dentre outros fatores. Os brasileiros precisam tomar consciência e buscar alternativas de acumulação de recursos para obter tranquilidade e segurança neste ambiente de incertezas previdenciárias.
1.2 Oportunidades de Pesquisa
Todos os trabalhadores com carteira assinada contribuem compulsoriamente à Previdência Social, de um modo ou de outro quando esses contribuintes chegarem na fase pós-laboral terão sua renda assegurada pelo INSS, apesar de ser cada vez mais debatido a ideia de que o atual sistema previdenciário público não se sustentará por muito tempo.
No entanto, dados divulgados pelo IBGE demonstram o aumento ano a ano da expectativa de vida dos brasileiros em 2014 a média foi de 75 anos e dois meses (75,2), e com relação à fecundidade o estudo revela que a taxa de natalidade diminui a cada ano. Principalmente pela diferença entre nascimentos e óbitos, e o envelhecimento da população, o déficit da Previdência Social volta a preocupar os brasileiros.
Com o aumento da expectativa de vida surge a preocupação com a qualidade de vida após a fase laboral, pois o Governo ainda não encontrou uma solução para o déficit, e cabe ao trabalhador, garantir um futuro financeiro mais tranquilo a fim de evitar a queda da qualidade de vida em consequência da redução de renda após a aposentadoria.
Quando o assunto é aposentadoria logo se pensa em salário mínimo, porém existe o teto máximo divulgado anualmente a partir de janeiro/2016, atualmente este teto é R$ 5.189,82; ou seja caso os proventos deste contribuinte seja superior a este valor a tão sonhada aposentadoria pode acarretar em uma queda no seu padrão de vida, pois dependendo da sua renda antes de se aposentar o beneficio gerado pelo INSS não será o suficiente para manter sua qualidade de vida.
O fator que impacta no resultado da aposentadoria é que o brasileiro começa a poupar muito tarde e por este motivo não consegue acumular o patrimônio necessário para garantir bons rendimentos até o final da vida.
Por outro lado, o brasileiro não tem a cultura da capitalização de recursos, existe uma dificuldade cultural em lidar com dinheiro, é movido pelo “imediatismo” não planejando o futuro financeiro, poupar significa deixar de consumir algo no presente para consumir depois, adiantar este desejo momentâneo pode significar o não pagamento de juros, a ampliação do capital.
Os jovens da geração Y, é composta por pessoas muito ágeis e dinâmicas, capazes de realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Atualizadas e bem informadas, têm pressa para chegar aonde desejam. Pois bem, nem tudo é como parece, certamente serão os mais afetados pelas mudanças da Previdência social, mesmo estando cientes disso, eles falham na hora de decidir aposentadoria, e a veem como algo distante, são movidos pelos “momentos”, não fazendo um plano de Previdência Complementar desde cedo para complementar sua renda no futuro, muitas vezes por não serem instruídos a pensar dessa forma.
“Seu projeto para ter liberdade e tranquilidade durante a maior parte de sua vida deve começar cedo, quanto antes. O ideal mesmo é que o primeiro passo seja dado ao receber o primeiro salário, revertendo parte do plano em previdência privada.” (Gustavo Cerbasi, 2014 p. 119)
Para se ter ideia da diferença entre a contribuição de quem começa aos 20 anos e quem inicia aos 40 anos é muito significativa. Por exemplo, quanto um trabalhador teria de contribuir para ter uma renda extra, vitalícia de R$ 2.000,00 a partir dos 60 anos? O cálculo foi feito
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