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CARACTERIZANDO CADEIA DE PRODUÇÃO E SUPRIMENTOS CADEIA MOVELEIRA

Por:   •  26/9/2018  •  1.916 Palavras (8 Páginas)  •  233 Visualizações

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Figura 1 – Empresas moveleiras por segmento RS

[pic 1]

De acordo com a figura 1, o total de empresas vem numa crescente ano após ano, demonstrado a força desse segmento no estado do Rio Grande do Sul.

Figura 2 – Evolução números de empresas Brasil x Rio Grande do Sul

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A figura 2, mostra que mesmo crescendo o número de empresas no Estado, ele ainda fica atrás da média do crescimento nacional. Muito disso se deve aos incentivos fiscais oferecidos por estados da região nordeste do país para as empresas com sede no sul.

A atividade moveleira cresceu significativamente na região Noroeste do Rio Grande do Sul, especialmente nos municípios de Santa Rosa, Três de Maio, Nova Candelária e Crissiumal, onde a atividade, aos poucos, assume grande importância na economia regional através da geração de renda e empregos. Estudos realizados e as discussões promovidas pelas empresas com as entidades apoiadoras apontaram a necessidade de aproximação entre as indústrias da região e seus potenciais compradores.

Figura 3 – Número de empresas por Polos - MOVERGS

[pic 3]

A figura 3 mostra o mapa que ilustra a distribuição geográfica dos principais polos produtores do estado. Nele se destacam, em termos de empresas, as regiões de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Porto Alegre e Gramado.

2 Cadeia de Suprimentos

As principais matérias-primas utilizadas pelo setor moveleiro são a madeira maciça, o MDF, o aglomerado e o compensado. Em relação a madeira maciça, observa-se um declínio na utilização de madeiras provenientes de mata nativa, em substituição, tábuas provenientes do reflorestamento das espécies eucalipto e pinus vêm se firmando. Através de entrevistas e dados coletados constatou-se que em relação aos fornecedores de madeiras e painéis, o Rio Grande do Sul como um todo apresenta dificuldades em suprir as suas necessidades. O estado não possui uma política de reflorestamento e incentivo ao plantio de espécies que atenda a demanda da indústria moveleira, forçando a compra da madeira de outros estados brasileiros. Da mesma forma a indústria de painéis é praticamente ausente no estado, provocando a aquisição deste insumo de estados como Paraná e São Paulo. O MDF é um produto desenvolvido para uso interior, utilizado para corte, usinagem e pintura, destinado para construção civil, indústria moveleira, brinquedos, displays, comunicação visual e artes plásticas. É um produto de maior valor agregado, para consumo interno e exportação.

A indústria de acessórios, ao contrário dos outros fornecedores, possui um elo bastante forte com a indústria moveleira. O segmento divide-se em distribuidores e indústrias com produção própria. Os distribuidores, com a finalidade de melhor atender as necessidades de seus clientes, vem adotando a prática de produzir internamente alguns itens, além de proporem, conforme constatado em entrevistas, atuarem como intermediadores na compra de produtos importados específicos e de menor consumo, através da consolidação de pedidos.

Figura 4 – Cadeia Moveleira de Bento Gonçalves RS – Artigo Análise competitiva da cadeia moveleira de Bento Gonçalves

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Na figura 4 vemos q cadeia moveleira possui algumas dificuldades referentes aos representantes e ao próprio varejo do estado, que prefere comprar de fornecedores externos aos internos. Assim, a busca por novos mercados consumidores tem sido uma constante para a indústria moveleira.

Os serviços prestados pela cadeia auxiliar são considerados de boa qualidade e atendem de maneira satisfatória as necessidades da indústria moveleira. A cadeia auxiliar caracteriza-se por representar os fornecedores secundários da indústria de móveis, entre eles estão a indústria química, transportes, indústria de equipamentos, serviços associados, assessoria em design, associações e órgãos de apoio e escolas e centros de tecnologia.

3 Competitividade no setor moveleiro

A característica determinante da organização industrial nesta indústria está definida na verticalização do processo de produção com a predominância de pequenas e médias empresas que atuam em um mercado muito segmentado, intensivo em mão-de-obra e apresentando baixo valor adicionado (por unidade de mão-de-obra) em comparação com outros setores. Outros fatores competição estão inseridos dentro da dinâmica moveleira, além da tecnologia relacionam-se com novas matérias-primas, design, canais de distribuição, entre outros.

Em geral, não existem atividades específicas de P&D na indústria de móveis, mas basicamente no desenvolvimento do produto, através de equipes especializadas em design de novos produtos, utilização de novos materiais e ações integradas dentro dos polos. Dentro do aspecto de configuração tecnológica, o melhoramento do design e os procedimentos de cópia pelas pequenas empresas determinam a dinâmica da capacitação, inovação e melhoramento tecnológico, enquanto que as grandes empresas pelo desenho padronizado em grande escala, possuem restrições imediatas para novos lançamentos, uma vez que existe a objetividade de interface dos seus processos de produção.

Encontra-se nessa atividade novas arquiteturas organizacionais através da cooperação, licenciamento de produtos, fusões e joint ventures. Mesmo considerando ser historicamente a estrutura de produção da indústria moveleira direcionada a verticalização, ou seja, processo de produção integrado na sua totalidade a indústria, observasse através das indústrias mais especializadas e diferenciadas a articulação para redes de subcontratação.

Considerações Finais

A indústria de móveis, a exemplo das demais indústrias tradicionais, desempenha importante papel no crescimento das economias em desenvolvimento (MYTELKA; FARINELLI, 2005). Vem desenvolvendo sua capacidade de produção e aperfeiçoando, através de novas tecnologias e inovando no design, a qualidade de seus produtos.

Dentro do tema de Arranjos Interorganizacionais a cadeia moveleira pode ser encaixada dentro de Arranjos Produtivos Locais. As APL’s representam uma parcela expressiva tanto no mercado nacional,

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