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A mulher no trabalho

Por:   •  16/4/2018  •  1.526 Palavras (7 Páginas)  •  508 Visualizações

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O objetivo do trabalho é abordar sobre o crescimento da mulher no mercado de trabalho, sua luta pela igualdade nas relações laborais dentro das organizações, analisando porque ela ainda é vista, como sexo frágil, mesmo demonstrando inegável capacidade. E, mesmo assim, ainda encontra-se submetida a salários mais baixos

As dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho são reais e alarmantes, uma vez que diariamente essa discriminação aberta ou veladamente, acomete diversas trabalhadoras que por várias vezes são obrigadas a realizar dupla, até tripla jornada para dar conta da vida profissional, dos afazeres domésticos do lar e da educação dos filhos.

A participação da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais evidente, destacando-se não apenas como um complemento à renda familiar, mas em muitos casos como sua única provedora, porém, essa condição não é reconhecida pela sociedade em geral, muito embora a mulher seja uma parcela importante da força de trabalho no mercado atual, contribuindo para constantes transformações econômicas. Dessa forma, o tema justifica-se, por abordar um assunto que só ganhou destaque recentemente na sociedade principalmente por parte da imprensa, tornando imperativa a necessidade de análise e reflexão sobre o mesmo.

A discriminação com a mulher no mercado de trabalho pode ser considerado como algo cultural, uma vez que são educadas desde a infância para serem ótimas esposas e donas de casa. Por diversas vezes, as mesmas sofrem preconceitos até por outras mulheres, que acreditam que a mulher é frágil, ou até mesmo não têm capacidade para exercer algumas funções que antes eram desempenhadas por homens. Dessa forma, questiona-se sobre iniciativas que podem ser realizadas com o intuído tanto de coibir essas discriminações no mercado de trabalho, bem como políticas voltadas para a sua valorização.

Este trabalho, tem como base a pesquisa bibliográfica, assim como, pesquisa em sites especializados, artigos e revistas. O trabalho está dividido em 4 capítulos, onde o primeiro fala sobre a história do papel da mulher na sociedade, desde os primórdios da humanidade até atualidade, bem como a discriminação dupla que sofre, principalmente em ser mulher e ser negra.

O segundo capítulo é sobre as questões de gênero no mercado de trabalho no Brasil, bem como as oportunidades que surgem para as mulheres.

O terceiro capítulo traça o perfil da mulher contemporânea e o impacto de sua atuação nas organizações, e os principais problemas que as mesmas enfrentam.

Para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens no mercado de trabalho é necessário que as empresas mudem suas políticas de seleção e recrutamento. Dessa forma, as escolhas serão orientadas a partir da formação acadêmica e das habilidades demonstradas para exercer determinada função e não pelo gênero. Não se pode ignorar que existam sim funções que preferencialmente deverão ser exercidas por homens por exigirem mais força do que habilidade manual ou intelectual. O foco em questão é a importância da mudança que leve as mulheres a obterem, em funções iguais ou similares a exercida por homens, o mesmo nível salarial e benefícios idênticos com iguais oportunidades de ascensão profissional.

1 RESGATE HISTÓRICO SOBRE O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE[pic 11]

Por muito tempo o papel da mulher na sociedade se resumia ao de se dedicar ao marido, aos filhos e ao lar, sendo sua obrigação ser o suporte da família, e devia seguir os padrões da sociedade que “diziam” como ela deveria agir e isso era passado de geração para geração. Por sua vez, o homem era detentor do poder e dos negócios e o chefe de família, ele era desde pequeno ensinado a ter o “controle” sobre sua mulher e seu lar.

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A evolução da mulher na sociedade

No período da Revolução industrial que teve seu início na Inglaterra por volta do século XVIII[1], houve a substituição da energia humana pelas máquinas com o intuito de ganhar tempo em relação ao trabalho humano. Dessa forma após a invenção das máquinas foi possível o aumento da produção de mercadorias e consequentemente o aumento também dos lucros das fábricas. Com todo esse processo de industrialização a mão-de-obra mais barata a disposição era das mulheres e também das crianças. Nesse período a mulher começa a ser explorada nas fábricas, cumprindo cargas horárias absurdas.

Para Lopes apud Baylão e Schettino (2014, p.3):

[...] foi ainda na segunda metade do século XVIII, com a vinda da Revolução Industrial, que acabou por absorver de forma importante a mão-de-obra feminina pelas indústrias, com o objetivo de baratear os salários, trazendo definitivamente, a inserção da mulher na produção (...). Encontraremos a presença de trabalhadoras assalariadas, em grande número e essenciais ao desenvolvimento da indústria têxtil. Mesmo com isto há uma busca pela negação da inclusão da mulher na classe trabalhadora, ontem e hoje.[2]

De acordo com PROBST, (2003, p.1)[3], após as I e II Guerras Mundiais teve inicio outro período em que se acentuou a participação da mulher no mercado de trabalho. Com a ida dos maridos para as trincheiras, as mulheres tomavam conta dos negócios da família e passavam a assumir a posição dos seus maridos no mercado. Com a violência da guerra, os homens que não morriam ficavam por muitas vezes mutilados e impossibilitados de trabalhar como antes. Dessa forma, surge a necessidade das mulheres passarem a trabalhar fora, deixando marido e filhos em casa realizando assim um papel que antes era especifico do homem, ou seja, trazer o sustento para a família.

De acordo com KANAN, (2000, p.24), as mulheres se uniram durante o século XIX e começaram a lutar em prol de questões ligadas a escravidão e também do voto. Com isso o movimento feminino tomou proporções maiores, chegando ao mercado de trabalho, passaram a exercer funções como datilógrafas, secretárias, professoras, entre outras.[4]

Segundo Sina (2005, p.7):

Muitas das mudanças ocorridas ao longo do século XX alteraram profundamente nossa visão de mundo. E foram fundamentais para a quebra de paradigmas – entre eles, o da fragilidade feminina. Embora a história estivesse farta de exemplos contrariando essa visão, persistia o preconceito. Apesar de as corporações terem resistido a abri espaço para as mulheres, elas garimparam seu ingresso

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