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A TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

Por:   •  13/12/2018  •  4.221 Palavras (17 Páginas)  •  276 Visualizações

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Já Segundo Marion (2002, p. 24), “empresas rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas”.

E complementando tais definições, citamos Crepaldi (1998, p. 23), “é a unidade de produção em que são exercidas atividades que dizem respeito a culturas agrícolas, criação do gado ou culturas florestais, com a finalidade de obtenção de renda”.

Em todas as conceituações citadas acima, a empresa rural é definida como uma empresa rural de exploração da terra e/ou de criação de animais como fonte de renda e com fins lucrativos.

A partir dessa definição, didaticamente podemos agrupar da seguinte forma as empresas rurais:

1) Produção Vegetal – Atividade Agrícola;

2) Produção Animal – Atividade Zootécnica;

3) Indústrias Rurais – Atividade Agroindustrial.

O empresário rural, segundo o Novo Código Civil é “aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços”.

O empresário rural pode exercer sua profissão com empresário, como autônomo e como sociedade empresária, cada uma de uma forma jurídica, a saber respectivamente: inscrito na Junta Comercial (o que não é obrigatório), sem registro na Junta e, por fim, inscrito na Junta Comercial, como sociedade limitada.

O produtor rural deve implantar a contabilidade na sua empresa, ou seja, na sua propriedade rural para saber gerenciar procedimentos administrativos e fiscais, como registro e escrituração, essenciais em uma empresa jurídica.

Assim no atual cenário da contabilidade rural, as atividades rurais por menores que sejam, necessitam de um controle eficiente, pois essas decisões administrativas serão fundamentais em uma boa gestão.

Segundo Procópio (1996, p. 24), confirmando a falta de controle e organização financeira, apenas 32,5% separam suas despesas particulares de seu negócio agropecuário. Ou seja, 67,5% não apuram o lucro adequadamente de seu negócio, já que não possuem um sistema simples de separação do que é despesa normal de sua vida cotidiana em relação a sua atividade empresarial.

Para que haja a realização de um trabalho mais preciso e dinâmico, o profissional contábil deve estar ciente que o produtor rural vem de longa data acostumado ou “impossibilitado” de adquirir alguns conhecimentos que serão passados, de acordo Lemes (1996), “o que se percebe nas organizações que se dedicam a essa atividade é uma contabilidade insuficientemente explorada quanto a seu poder de identificar, registrar, mensurar e possibilitar a análise dos fatos ocorridos”.

Concluímos que o trabalho contábil, deve ser realizado maneira clara e objetiva, para haver aceitação e entendimento por parte do agricultor, permitir que o mesmo perceba que esses recursos, trarão para ele e sua família uma comodidade e também poderão elevar o rendimento dos seus negócios.

Segundo Procópio (1996, p.20) muitos administradores rurais reconhecem a necessidade da Contabilidade, reivindicam um quadro de informações básicas para a tomada de decisões e utilizam alguns relatórios contábeis.

A contabilidade aplicada na atividade rural, pode demonstrar toda a vida evolutiva da empresa. Por isso é imprescindível que também na agropecuária, a contabilização dos fato e sua estruturação sejam realizados com o perfeito conhecimento, não apenas técnico, mas também de sua atividade operacional, respeitando as peculiaridades da atividade.

Crepaldi (1998, p. 75-76), aponta a contabilidade como um dos principais sistemas de controle em formação para as empresas rurais, podendo, através de seus instrumentos, verificar a situação da empresa sob os mais diversos enfoques, tais como, análise de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, de retorno de investimentos, entre outros.

A contabilidade auxilia o controle patrimonial da empresa e apura os resultados (lucro ou prejuízo) no final de cada ano, além de prestar informações sobre o balanço financeiro e patrimonial da empresa.

O patrimônio da empresa é todo o conjunto de seus bens, direitos e obrigações. Bens são todas as coisas que podem ser avaliadas economicamente, sendo classificadas como:

Tangíveis: dinheiro, mercadoria em estoque, veículos, máquinas, insumos, instalações etc.

Intangíveis: tudo que não é físico, como direito de marca, patente etc.

Os ativos são divididos em:

Ativos correntes ou circulantes: são os direitos e bens convertidos em capital rapidamente - dinheiro em caixa, animais e estoque. Na contabilidade rural, assumem o curto prazo com um ciclo operacional com média de 2 a 4 anos. Dessa forma, os estoques de gado (recria, engorda e reposição) fazem parte do ativo circulante. Os ativos são divididos em:

Ativos intermediários ou realizáveis a longo prazo: são bens que podem ser negociados a prazo mais longo, entre dois a cinco anos – máquinas, equipamentos, veículos. Os rebanhos de reprodutores e matrizes são classificados nessa categoria.

Ativos imobilizados ou permanentes: são bens que não se consegue negociar a curto prazo, como terras e benfeitorias.

Os passivos são divididos em:

Passivo exigível: são as obrigações de curto e longo prazo com os terceiros - contas a pagar, duplicatas, financiamentos, impostos etc. São divididos em circulantes (dentro de um ano), intermediários (de 2 a 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos).

Alguns índices podem ser utilizados para avaliar a capacidade financeira de uma empresa pelos seus dados contábeis, como o índice de liquidez, de solvência e patrimônio líquido.

O índice de liquidez mostra a capacidade da empresa em realizar suas negociações a curto prazo.

O índice de solvência mostra a capacidade de garantir as dívidas com os recursos próprios.

O patrimônio líquido é dado pelo valor total, atual e real da empresa, descontadas todas as obrigações e dívidas existentes.

A variação patrimonial

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