A Resolução de Conflitos

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-Senso comunitário e responsabilidade mútua.

- A justiça restaurativa funciona só na forma de círculos restaurativos? Que outras práticas são possíveis?

Não. Existem também as reuniões de grupos familiares e os encontros de conciliação.

- A que outras áreas/situações de conflito/delito a Justiça Restaurativa pode ser aplicada?

Juizado da criança e do adolescente, varas familiares, conflitos entre vizinhos e busca espontânea.

- Como a sociedade caxiense tem reagido a essa temática no âmbito da Infância e da Juventude?

Pelo que entendi na palestra, a sociedade reage bem, apesar de ter certa relutância no início do processo.

- Como sente a proposta da Justiça Restaurativa do ponto de vista da vítima e do seu círculo familiar? Tem sido bem aceita?

Sim, porém, como é algo diferente dos padrões, é encarado com bastante desconfiança e receio inicialmente.

- Já existe algum tipo de ação prática que tenha dado resultado eficaz, sem retorno do delituoso ao delito?

Sim. Um exemplo citado na palestra me chamou a atenção, o de uma disputa entre irmãos, sendo um cadeirante que queria criar uma passarela para poder levar o filho para pegar ônibus escolar.

- Pela sua experiência a nossa cultura de sociedade brasileira está preparada para a Justiça Restaurativa?

Eu acredito que sim, pois apesar do brasileiro ter uma fala muito violenta sobre o crime, somos uma sociedade que se comove e que tem empatia com os problemas do próximo. Porém é algo que deve ser muito bem conduzido, pois como toda novidade, gera desconfiança.

- Quais os maiores entraves para que a proposta da Justiça Restaurativa avance/se desenvolva?

O próprio sistema penal, que é muito amarrado e lento, fazendo com que exista um desgaste muito grande até que possa haver um encontro, também a falta do investimento na prática, a incredulidade ou má vontade das partes envolvidas e a não continuidade dos processos.