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A História da ciência e das universidades

Por:   •  8/8/2018  •  2.947 Palavras (12 Páginas)  •  281 Visualizações

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...

VI a. C. na cida

de grega de Mileto, por

aquele que é apontado como o primeiro filósofo, Tales de Mileto.

Tales de Mileto acreditava em deuses, ma

s a resposta que ele dá à pergunta acerca

da origem ou princípio de tudo o que vemos

no mundo já não é mítica ou sobrenatural.

Dizia Tales que o princípio de todas as co

isas era algo que podia ser diretamente

observado por todos na natureza: a água. Te

ndo observado que a água fazia crescer e

viver, enquanto que a sua falta levava os se

res a secar e morrer; tendo, talvez, reparado

que na natureza há mais água do que terra e que grande parte do próprio corpo humano

era formado por água; verificando que esse el

emento se podia encontrar em diferentes

estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foi leva

do a concluir que tudo surgiu a partir da

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água. A explicação de Tales ainda não é cien

tífica; mas também já não é inteiramente

mítica. Têm características da

ciência e características

do mito. Não é baseada na

observação sistemática do mundo, mas

também não se baseia em entidades

sobrenaturais. Não recorre a métodos adequa

dos de prova, mas também não recorre à

autoridade religiosa e mítica.

Este aspecto é muito importante. Cons

ta que Tales desafiava aqueles que

conheciam as suas idéias a demonstrar que nã

o tinha razão. Esta é uma característica da

ciência — e da filosofia — que se opõe ao

mito e à religião.

A vontade de discutir

racionalmente idéias, ao invés de nos limitar

mos a aceitá-las, é um elemento sem o qual

a ciência não se poderia ter

desenvolvido. Uma das vantagens da discussão aberta de

idéias é que as falhas das nossas idéias são

criticamente examinadas

e trazidas à luz do

dia por outras pessoas. Foi talvez por isso que outros pensadores da mesma região

surgiram apresentando diferentes teorias e, deste modo, se iniciou uma tradição que se

foi gradualmente afastando das concepções míticas anteriores.

Assim apareceram na Grécia, entre outros,

Anaximandro (séc. VI a. C.), Heráclito

(séc. VI/V a. C.), Pitágoras (séc. VI a. C.), Parmênides (séc. VI/V a. C.) e Demócrito

(séc. V/IV a. C.). Este último defendia

que tudo quanto existia era composto de

pequeníssimas partículas indivisí

veis (átomo), unidas entre si de diferentes formas, e que

na realidade nada mais havia do que átomos

e o vazio onde eles se deslocavam. Foi o

primeiro grande filósofo naturalista que ac

hava que não havia deuses e que a natureza

tinha as suas próprias leis. As ciências da

natureza estavam num estado primitivo; eram

pouco mais do que especulações baseadas na observação avulsa.

Por outro lado, as ciências matemá

ticas começaram a desenvolver-se e

apresentaram desde o início mais resultad

os do que as ciências da natureza.

Pitágoras descobriu resultados matemático

s importantes (teorema de Pitágoras),

apesar de não se saber se terá sido realme

nte ele a descobrir o te

orema ou um discípulo

da sua escola. A escola pitagó

rica era profundamente mística;

atribuía aos números e às

suas relações um significado mítico e religi

oso. Mas os seus estudos matemáticos eram

de valor, o que mostra mais uma vez como a

ciência e a religião estavam misturadas nos

primeiros tempos. Afinal, a sede de conhec

imento que leva os seres humanos a fazer

ciências, religiõe

s, artes e filosofia é a mesma.

O teorema de Pitágoras

Os resultados matemáticos tinham uma

característica muito diferente das

especulações sobre a origem do universo e de

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