O Periodo Interbiblico
Por: SonSolimar • 8/2/2018 • 10.009 Palavras (41 Páginas) • 343 Visualizações
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Já com um reinado estabelecido e garantido, o rei Filipe, pai de Alexandre, foi morto aos seus 47 anos de idade por traição na cidade de Egéia, por Pausânias, filho de Ceraste, da família dos Orestes.
Com a morte do pai, a responsabilidade de domínio passa então para o filho, Alexandre Magno, que começa a reinar na Macedônia sucedendo o reinado do pai e se tornando Alexandre, o Grande. Eneas Tognini em seu livro “Período Interbíblico” nos relata que “Alexandre começou a reinar com 20 anos de idade. Sempre foi apaixonado e fissurado pelas conquistas e glórias e começou a ser temido e respeitado pelo seu gênio militar adquirido do pai” (2009, p 34-35).
Quando Alexandre entrou na Ásia, em uma grande batalha com os que comandavam o exército de Dario (que ainda exercia poder e controle sobre Israel), seus comandantes perderam a batalha e Dario soube do fato ocorrido.
O exército dos persas era muito poderoso em número, devido às suas conquistas passadas. Dario, então, para que não perdesse o domínio sobre toda a Ásia, quando soube da derrota de seus generais, reuniu todas as forças de seus exércitos e marchou contra os exércitos de Alexandre. Os povos da Ásia, por sua vez, duvidavam de que o exército tão pequeno da Macedônia (comparado aos persas) pudesse vencer o exército poderoso de Dario, dominando toda a Ásia. Mas foi realmente isto que aconteceu. A batalha foi travada e Dario teve graves perdas, onde sua família foi feita prisioneira e o rei foi obrigado a fugir para a Pérsia (JOSEFO, 2007, p. 532).
É de se admirar e também de se pensar, como por exemplo, um exército tão grande e formidável de Dario, os persas, fosse perder para os exércitos bem menores de Alexandre. O que, na verdade, resultou nisto tudo foi na capacidade de Alexandre, como um grande militar e poderoso em suas artes de guerra, de influenciar seu exército que, já com as conquistas passadas e com este homem poderoso comandando-os, se sentia encorajado. E, anexando à coragem um espírito guerreiro e valente e estratégias de guerra que Alexandre muito tinha em seu exército, este vencia facilmente os inimigos, desde maiores que fossem.
Após esta perda vergonhosa de Dario, quando este fugiu para a Pérsia, Alexandre chegou às terras de Israel, conquistando Jerusalém. Isto se deu em 332 a. C., quando Alexandre chegou à Síria, tomou damasco, apoderou-se de Sidom e sitiou a Tiro.
Nesta empreitada, Alexandre escreveu a Judá (ou Jado, como descreve Josefo), sumo sacerdote dos judeus, uma carta pedindo-lhe três coisas: “auxílio, comércio livre com o seu exército e a mesma assistência dispensada a Dario.” (JOSEFO, 2007, p. 532). Se Judá fizesse o tal, Alexandre lhe garantiu que não se arrependeria ao escolher sua amizade à de Dario. Porém, o sumo sacerdote respondeu algo que Alexandre em nada se agradou, dizendo que os judeus se comprometeram em jamais tornar seu exército contra Dario e que, por isso, não podiam realizar o que a Alexandre estava propondo enquanto vivesse Dario.
Alexandre, irritado e furioso com a resposta do sumo sacerdote, mandou dizer-lhe que, logo após ter tomado Tiro, desceria contra os judeus para dominá-los e ensinar a eles a quem verdadeiramente deveria se guardar um juramento. Nisto, atacou Tiro com tanta força que dela se apoderou totalmente, tendo Tiro nenhuma chance de sobrevivência. Após Tiro, sitiou Gaza, onde Baemes governava em nome do rei da Pérsia e foi destruído.
Nesta nova guerra declarada, enquanto Alexandre se ocupava no seu cerco em Tiro, um homem chamado Manassés desposou uma estrangeira e isto não podia ser aceito, pois era irmão de Judá e seu ofício não o permitia. Nisto, procurou Sanabalete, seu sogro para ajudá-lo nisto. Em uma promessa feita de Sanabalete, de que faria Manassés sumo sacerdote da Judéia e também o faria ser responsável pela construção de um novo Templo como o de Jerusalém se Manassés continuasse com sua filha como esposa, esta promessa foi cumprida, pois enquanto Dario perdia a guerra contra Alexandre, Sanabalete levou consigo oito mil homens de Dario ao Grande Magno com o intuito de constituir uma nova aliança e abandonar o partido de Dario. Nesta empreitada minuciosa para derrubar o governo persa e também conquistar a Judéia, Alexandre consentiu em ajudar Manassés a construir o Templo perto de Samaria e ajudá-lo a ser sumo sacerdote dos judeus naquele templo. Assim os judeus que estavam ao lado de Manassés, por este estar com Alexandre agora, ficaram divididos, não atrapalhando os planos de Alexandre como antes poderiam.
Antes que Alexandre pudesse entrar em Jerusalém, Judá, sabendo da cólera que tinha Alexandre contra ele devido à sua recusa, ficou desesperado e recorreu a Deus para que lhe desse em resposta uma solução para tal problema. Um clamor coletivo foi levantado pelo povo e Judá, na noite seguinte, recebeu a resposta de Deus em sonhos instruindo-o a receber Alexandre e a como recebê-lo, pois este faria o bem à nação e a protegeria. Tudo foi feito então para que a recepção fosse calorosa. Alexandre, quando entrou na cidade e avistou toda a recepção do povo e dos sacerdotes em volta vestidos com suas vestes especiais, logo adorou ao Deus que tinha Seu nome escrito na tiara de um do sumo sacerdote e admirou-se com toda a cena que via. Ambos saudavam-no e a recepção obteve sucesso, afinal Alexandre, ao invés de saquear toda a Jerusalém, apenas respondeu à pergunta inquietante de seus generais sobre tal acontecimento como que fosse uma resposta de Deus ao sonho que teve enquanto estava na Macedônia. Neste sonho, Deus se mostrava a ele e dizia para não temer e conquistar a Ásia, porque Deus era com ele em toda a sua conquista. A recepção em todos os seus detalhes, foi a resposta do que Alexandre vira em sonho. Assim ficou mais convicto de que venceria a guerra e o domínio de Dario.
Nesta conquista de paz, Alexandre permitiu que os judeus vivessem de acordo com as suas leis, após Judá, o sumo sacerdote, lhe mostrar o livro do profeta Daniel, que mostrava a profecia de que um príncipe grego tomaria o lugar dos persas como superpotência, deixando o Grande muito feliz com isso. O resultado disso tudo foi que o exército de Alexandre aumentou, pois permitiu que, mesmo dentro de seu exército, os judeus que se alistassem pudessem servir de acordo com suas leis.
De Jerusalém, foi para as cidades vizinhas, que lhe abriram as portas e o domínio grego de Alexandre sobre todo o Mediterrâneo foi se estabelecendo. O Império de Alexandre havia, por 12 anos, tido todo o poder sobre estas terras.
Na morte de Alexandre, já que seu império por pouco tempo durou (mesmo causando muitas transformações benéficas
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