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HEGEMONIA ECONÔMICA REGIONAL CHINESA: Medidas Que Levam À Hegemonia

Por:   •  9/4/2018  •  3.272 Palavras (14 Páginas)  •  285 Visualizações

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Buscaremos demonstrar como a abertura do mercado chinês promoveu seu engrandecimento relativo aos países da região e destaque no sistema internacional, devido a intensificação de relações econômicas. Sendo um país de imensa quantidade de mão de obra, com 1,3 bilhões¹ [b](Disponível em: ) de Chineses, e também devido a isso com um grande mercado consumidor devido a imensa população.

Veremos, utilizando da teoria da interdependência complexa como instrumento, como se construíram interdependências dos países com relações econômicas junto a China, como por exemplo devido aos capitais estrangeiros investidos no mercado chinês, como os advindos do Japão, Taiwan e Coreia do Sul, que aumentaram o grau de interdependência entre os países, tanto no âmbito financeiro como no comercial. Estes investimentos em produção serão vistos de forma a pensar que o dinheiro estrangeiro trás consigo um vínculo entre os países, e de alto interesse da China pois assim promoveria sua importância no cenário regional, tomando frente na promoção da economia e tornando os países do sudeste e leste asiático parceiros, tais como Japão, Coreia do Sul, Taiwan e os ASEAN, ressaltando a economia como ferramenta para a o desenvolvimento mútuo e relevando questões políticas como veremos no presente artigo.

A entrada da China na O.M.C. fez com que a mesma viesse a se adequar á diversas diretrizes que tendencialmente possuem características mais voltadas para o fim de restrições de mercado, dando acesso maior a produtos e multinacionais estrangeiras, mas ainda sim, alterações nas diretrizes chinesas de governança fizeram com que o país viesse a aumentar substancialmente seus laços tanto com a região, quanto com outros países.

Deng Xiaoping, ao assumir o governo Chines em 1978, efetuou grandes reformas, iniciadas primeiramente no âmbito rural e posteriormente expandindo para o âmbito urbano, a fim de em forma gradual promover o desenvolvimento das produções do países, não tornando-o apenas primário exportador mas desenvolvendo a produção desde sua forma mais básica até produções manufatureiras e industriais.

A orientação base para as reformas econômicas foi a da construção e modernização socialista por meio do “Programa das 4 modernizações” (agricultura, indústria, defesa nacional e tecnologia) que, por sua vez, visava a completa transformação da estrutura econômica do país e a tentativa de recuperar as décadas de atraso. Além disso, essas reformas possuíam dois objetivos fundamentais. O primeiro dizia respeito à criação de uma economia de mercado com características socialistas, visando a obtenção de lucros e sua maximização, mas mantendo a propriedade estatal dos meios de produção. O segundo, por sua vez, buscava atingir o crescimento econômico, especialmente por meio do investimento direto estrangeiro e da assistência técnica (DIAS, 2004).

No que diz respeito á indústria chinesa, diminuiu-se o numero de empresas estatais, de modo que sua perda de importância na produção não veio á afetar no papel das mesmas na industrialização chinesa. As reformas no caso deram ás industrias estatais uma maior autonomia, criando um ambiente de busca por eficiência e lucratividade. Há de se destacar também os processos de liberalização de preços e do comercio, a criação de Zonas Econômicas Especiais (Z.E.E), incentivos governamentais e a transferências de tecnologia.

A Busca pela hegemonia

A China vem se estabelecendo ao longo dos anos como uma potência econômica mundial devido à diversos fatores como seu imenso fluxo de exportações tanto quanto alto nível de exportações, investimentos estrangeiros em solo chinês e investimentos chineses em outros territórios como no continente africano, e a entrada em instituições as quais favorecem a promoção de sua economia, todos os movimentos diversificando seus parceiros comerciais e sempre primando pela abordagem econômica de suas relações, muitas vezes ignorando o contexto político de países com os quais se relaciona, visto seu próprio regime político que já se mantém no poder a mais de sessenta anos no poder e que ostenta o nome de Partido Comunista da China. Após a onda estadunidense anticomunista nos meados do século XX a China, mesmo sob regime de um partido nomeado comunista, permanece em grande crescimento com média de 8,075%²²²²[c] de 1995 a 2015 (), promovendo o que se denomina uma ascensão pacífica (ARRIGHI, 2007), voltando as relações no âmbito internacional à assuntos de ordem econômica.

Para Robert Gilpin, “a economia política mundial é o estudo recíproco e interação dinâmica nas relações internacionais da busca por riqueza e da busca pelo poder” (GILPIN apud KEOHANE, 2005). Visto a definição, denota-se os interesses chineses em estabelecer relações econômicas e políticas no âmbito regional em ordem a promover a formação de poder e riqueza de forma multilateral na cooperação entre Estados em busca de formar uma hegemonia econômica regional, se tornando influente em sua região.

Dada a crescente influência regional chinesa, medida pelos também crescentes fluxos de mercadorias e capital na região motivados por sua atuação, observa-se uma tendência ao protagonismo, desde a abertura em 1976 após a morte de Mao Tse-Tung, tomando frente na economia na região, elevando em segundo plano as economias vizinhas devido a políticas de motivação econômica estabelecendo dependência junto a seu protagonismo. Esses fluxos comerciais empoderam a China em seus objetivos expansionistas e financiam sua expansão global, visto investimentos na África e exportações direcionadas a todos os cantos do globo.

Dado o crescente protagonismo regional observa-se através da teoria da estabilidade hegemônica que o quanto mais uma potência domina a economia política mundial, no caso a regional, maior serão as relações cooperativas entre Estados (KEOHANE, 2005). Sob enfoque no sudeste e leste asiático, a China promove um aumento de sua influência regional, assim formando uma estabilidade econômica e política na região com fim de, ainda mais, fortalecer sua posição hegemônica formando boas relações cooperativas.

A teoria da estabilidade hegemônica aplicada à região em análise leva a crer que as relações econômicas intensificadas levam os países à certo grau de interdependência, variando em diversos fatores, porém observa-se o acordo de livre comércio asiático CAFTA, que promove a diversificação de exportações e importações tanto quanto uma dependência econômica.

De acordo com a definição da correlação entre poder e riqueza de

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