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A Reforma Protestante

Por:   •  2/2/2018  •  7.523 Palavras (31 Páginas)  •  389 Visualizações

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Keywords: Christianity; Protestant Reformation; Capitalism; Modernity; Religion.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. DECADÊNCIA CATÓLICA

1.1. A Europa Medieval

1.2. O declínio da Igreja Católica

1.3. O Movimento Conciliar

1.4. Humanismo

2. A PRÉ-REFORMA

2.1. Os Primeiros Movimentos

2.2. Os humanistas bíblicos

3. OS REFORMADORES

3.1. Martinho Lutero (1483-1546)

3.2. Ulrico Zuínglio (1484-1531)

3.3. João Calvino (1509-1564)

3.4. Os Radicais Anabatistas

4. A REFORMA NA EUROPA

4.1. A Reforma na Alemanha

4.2. A Reforma em Genebra

4.3. A Reforma na Inglaterra

4.4. A Reforma na França

5. A CONTRARREFORMA

6. PROTESTANTISMO E CAPITALISMO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

O mundo está em constante mudança, em todos os segmentos sociais percebemos várias alterações, tanto no campo político como também no religioso. Muitas vezes somos apanhados de surpresa por causas dessas mudanças, que causam impactos sociais tanto positivos quanto negativos. A questão seria não somente o que mudou, mas porque mudou, e quais foram os processos pelos quais mudaram. Acreditamos que o fator religioso ocupa um papel muito importante em vários segmentos da sociedade. Diante disso, decidimos abordar essa questão que foi imprescindível na mudança da era medieval para moderna, e que, claro, ainda possui um papel relevante na sociedade.

A Reforma Protestante ocupou um papel importantíssimo na história, pois através dos reformadores e seus simpatizantes, mudou-se conceitos, práticas, normas e valores, nos mostrando a dimensão que a religiosidade pode ocupar em uma sociedade. Não se pode ignorar que a Reforma nem sempre nos apresenta uma história agradável com gente bem intencionada e pessoas ingênuas, pelo contrário, há motivações políticas, desejos de poder, disputas ideológicas, caprichos individuais, vingança e manipulações. Porém entendemos que apesar de tudo, foi um passo em direção à liberdade de pensamento e de expressão, que o leitor perceberá a medida que relacionar os acontecimentos com os resultados proporcionados por eles.

Diante dos abusos da Igreja de Roma, Lutero se levanta e começa seu embate com a propagação de suas ideias na Alemanha. Qual era seu objetivo, fundar uma nova religião ou reformar o catolicismo? Aqueles que abraçaram suas ideias tinham todos as mesmas aspirações?

Em Genebra Calvino expõe de forma tranquila seus ideais, e assim funda uma nova religião com uma forte estrutura doutrinária e um tanto complexa, porém com uma ótima aceitação por parte da nova classe burguesa que abraçou esse novo tipo de visão religiosa, essa nova visão do cristianismo, essa nova ética. Mudando e moldando a sociedade europeia com um novo estilo de vida. Na Inglaterra, o desejo do rei de se divorciar de sua esposa teria levado à criação de outra religião reformada. Mas será que não existiam outras implicações mais importantes do que o desejo do rei Henrique VIII de se divorciar?

Quando discorremos sobre a Reforma Protestante, e consideramos os motivos e as ações tanto da Igreja Católica como também a dos protestantes, podemos enxergar como isso foi vital para que houvesse uma revolução não só religiosa na Europa, mas também social, política e econômica. A partir daí podemos entender melhor o contexto político-religioso da sociedade moderna, haja vista a influência que o Brasil teve por parte dos europeus na formação de nossa sociedade.

1. DECADÊNCIA CATÓLICA

1.1. A Europa Medieval

Entre os séculos V e XV, a Europa Ocidental viveu um período historicamente conhecido como Idade Média. Nesse período boa parte da população residia em feudos, pequenas unidades territoriais autossuficientes. As poucas pessoas que não moravam nesses locais viviam em cidades fortificadas, onde praticavam o comércio e a produção de manufaturas ou atividades bancárias. Nesse período, a sociedade europeia era marcada por uma rígida hierarquia e pela relação de interdependência entre os indivíduos. Os servos, por exemplo, compunham a camada social mais baixa e penalizada.

Para fugir dos frequentes ataques de invasores e ladrões, eles viviam sob a proteção dos senhores feudais, mas, em contrapartida, deviam prestar-lhes obediência e pagar-lhes uma série de tributos e impostos. O senhor feudal, por sua vez, visando garantir o apoio de um exército mais forte em caso de guerras e conflitos, estava associado a um juramento de obediência a outro senhor feudal ainda mais rico e poderoso (suserano). O topo dessa escala era ocupado pelo rei, que embora fosse considerando o mais importante da escala, ele não exercia autoridade sobre questões internas dos feudos e seus moradores.

Havia muitos problemas políticos, sociais e religiosos no final da idade média. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) ganhou destaque nesse período (Inglaterra e França), nessa guerra Joana D’Arc tornou-se heroína. Houve também muitas revoltas camponesas, o declínio do feudalismo, o surgimento dos burgueses e o surgimento do capitalismo. Nesse período havia fomes periódicas e também o flagelo da peste bubônica ou peste negra. Essas guerras, epidemias e outros males provocaram morte e devastação em boa parte da sociedade europeia. O sentimento dominante era de insegurança e pessimismo.

Devido aos abusos praticados pela Igreja Romana havia grande descontentamento por parte dos fiéis e até mesmo certa repugnância. Havia missas pelos mortos, crença no purgatório,

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