A MENTE CRISTÃ NUM MUNDO SEM DEUS

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O cristianismo moderno é mais egocêntrico do que teocêntrico. Baseia-se mais nas vontades pessoais do que na teologia verdadeira, o mundo moderno não aceita nada que refute seu bem-estar pessoal, muitas igrejas e “pregadores” modernos disseminam um evangelho deturpado, que só prega até onde lhes convém, até onde não invade seus próprios desejos. Se uma pessoa dissemina só a parte que lhe agrada do evangelho, não é o evangelho que ela prega, mas sim opiniões e desejos pessoais. É arrebatador pregar que existe um Deus cuja graça encobre multidões de pecados, mas é doloroso aceitar que existe um limite para a tolerância divina, que a graça de Deus é o perdão para a mudança e não o perdão que respalda pecados, é o Deus que enviou o profeta Jonas para pregar o arrependimento a cidade de Nínive, mas é o mesmo Deus que enviou o profeta Naum para anunciar a destruição da cidade, um Deus que não volta atrás com sua palavra, que concede o livre arbítrio, mas que não divide a glória. Esse é o Deus do evangelho verdadeiro, aquele que é dono de tudo e de todos, a quem se deve agradar, honrar e amar. “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm. 11:36)

A comunidade cristã precisa aprender a lidar com as cosmovisões existentes no mundo moderno, precisa entender que é regida por uma única verdade, que é a bíblia, os conhecimentos intelectuais são necessários para organizar a forma como desenvolvemos nosso conhecimento bíblico, para adquirir respeito e confiança a fim de ganhar credibilidade e espaço para propagar o evangelho genuíno.

O cristão precisa se respaldar teoricamente para refutar inverdades que tem ganhado espaço no mudo moderno. É necessário que se tenha o estudo da palavra como prioridade e se separe tempo para isso. Vivemos na era da informação rápida, tudo se está a mão em apenas um clique e esta facilidade tem corrompido o foco das pessoas, muita das vezes dos próprios cristãos. Dedica-se mais tempo a programas televisivos, do que a leitura. Precisamos abandonar uma cultura de analfabetismo cristão, muitos dos que se denominam cristãos atualmente não sabem ao menos explicar o cerne de sua própria religião. É necessário que as instituições evoluam no que diz respeito ao investimento em educação cristã, é necessário que os teólogos tenham um ensinamento da verdade e não um ensinamento filosófico que só questiona e não explica nada.

A igreja precisa investir em conhecimento para que tenhamos bons educadores da palavra, disseminando a única verdade existente, educadores que arrastem multidões, por terem conhecimento e respaldos filosóficos, científicos, biológicos, literários e históricos suficientemente fortes para defender a seus ideais, sem recorrer a aspectos espirituais. Educadores que formem grandes líderes e que formem outros educadores e cada dia mais cristãos questionadores, e uma comunidade pensante que entende o porque de sua fé. Uma nova geração que seja enxergada não apenas como uma geração cheia de fé, mas também como uma geração que vai saquear o inferno, pois é capaz de debater, refutar e fazer cair os conceitos filosóficos infundados e as teses enfraquecidas dos intelectuais não cristãos.

Lutemos para que seja levantada uma geração da qual a comunidade cristã se orgulhe e tenha prazer em defender, a geração que saberá não somente sobre os personagens bíblicos, mas também sobre os irmãos Wesley, sobre Agostinho, sobre a reforma protestante, sobre a revolução francesa e etc. Cristãos biblicamente alfabetizados. Protestante precisam protestar contra o pecado. Reformados precisam se reformar. Precisamos respaldar a nossa fé com máxima urgência, pois Cristo nos escolheu para defendermos e pregarmos o nome Dele, aonde quer que formos.