Artigo sobre o Budismo

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Provém do sánscrito “Buddh”, que significa “acordar das trevas da ignorância para entrar na luz do conhecimento”. É uma das maiores religiões do mundo, e apesar de ser considerada uma religião Oriental, está se tornando cada vez mais popular e de grande influência no mundo Ocidental possuindo milhares de seguidores e praticantes de suas crenças em todos os cantos do planeta. O budismo é uma doutrina filosófica derivada do hinduísmo já que ambos acreditam em filosofias e conceitos comuns tais como carma, Maya, Samsara, reencarnação, entres outros.

A tradição budista abrange aspectos como paz, sabedoria, alegria, liberdade e serenidade. É guiada por ensinamentos redescobertos por Buda, que já haviam sido ensinados por seres iluminados de civilizações passadas assim como ele. Os budistas acreditam que o objetivo principal da vida é o de alcançar a “iluminação” que o caminho para a libertação está na consciência que pode ser alcançada por práticas e crenças espirituais. Acima de tudo, o budismo oferece um caminho que conduz ao fim do sofrimento.

- Origem

O budismo é uma das religiões mais antigas que ainda é praticada nos dias atuais. Foi fundado na região Oriental, na Índia em aproximadamente 528 a.C, século VI a.C. A região onde foi fundado o Budismo é hoje o Nepal. Surgiu da revolta e desgosto de um jovem chamado por Sidarta Gautama Sakyamuni, o Buda. Ele é considerado um guia espiritual e não um Deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo. O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu Depois de encontrar o caminho, ele passou a proferir sua palavra para os outros monges, que tornaram-se seus discípulos.

O Budismo surgiu com ideias parecidas com o Hinduísmo e o Jainismo, pois traziam consigo uma revisão dos valores impostos pelo Bramanismo que então dominava naquela região. Em 2500 anos o budismo estendeu-se por toda a Índia, Ásia Central, Sudeste Asiático, China, Coreia, Vietnã, Japão. Atualmente esta filosofia é encontrada em qualquer parte do Planeta. Os ensinamentos de Buda ganharam muitos adoradores, atingiram o mundo, incentivaram rituais em diversas culturas, principalmente dentro de dois grandes centros filosóficos budistas: Hinayana e Mahayana.

- Divisões do Budismo

Ao longo do tempo, o budismo foi se diversificando e essa doutrina dividiu-se basicamente em duas correntes: Theraveda e Mahayana. “É importante que aqueles que não pertencem ao Budismo e que estão tentando compreender essa religião não presumam conhecer todos os detalhes de uma certa divisão do Budismo quando tudo que estudaram foi apenas o Budismo histórico clássico” (Corduan, 230).

4.1 Theraveda ou Hinayana (Pequeno Veículo): é uma forma monástica, a mais antiga dessa religião que se baseia em princípios indianos que reserva a iluminação e nirvana aos monges budistas. Prega o caminho para redenção, com esforço e disciplina. Rejeitam o conceito de Mahayana. Como não existe nenhum Deus, essa corrente prega que o individuo deve salvar a si mesmo, Buda ressalta a salvação individual por meio da meditação. “O Buda é visto como mestre e Guia dos seres humanos. Ele não é adorado como um Deus e nem pode salvar as pessoas, mas indica o caminho para a salvação, que pode ser seguido pelo indivíduo” (SUZUKI, 1999, p. 66).

4.2 Mahayana (grande veículo): surge no século II a.C como uma evolução da escola Hinayana, com o objetivo de alcançar a iluminação aos que não são monges. O mahayana considera que mesmo que o final do ser humano seja o nirvana, o monge que já o alcançou (chamado de Bodhisattva) deveria adiar sua morte e libertação do samsara, podendo dedicar-se a ensinar aos outros que não são monges o caminho do nirvana, por amor aos demais humanos.

Fazem parte dessa categoria algumas escolas budistas, como por exemplo, o budismo zen

Budismo Zen: é uma forma que chineses e japoneses utilizam para explicar o budismo. Para eles é um método mais fácil e direto de compreender o conceito de iluminação de Buda, no qual baseia-se na prática de meditação e nos exercícios de postura e respiração. O zen instrumenta o pensamento ao exercício de um novo olhar sobre as coisas: "abre os olhos do homem para o grande mistério que diariamente é representado. Alarga o coração para que ele abrace a eternidade no tempo e o infinito do espaço em cada palpitação" (DÔGEN, 2001a, p. 126).

- Quem foi Buda?

Sidarta Gautema, entre 6 e 4 a.C teve grande influencia sobre o pensamento da população no leste da índia, com sua enorme sabedoria espiritual. Recebeu o nome de “Buda” que significa “o iluminado”. Sua forma de ensinamento era verbal, gostava de se comunicar ao invés de escrever. Após 400 anos de sua morte, foi transcrito seu primeiro ensinamento. Buda nasceu no Nepal, era um príncipe dotado de grande fortuna. Em um momento da sua vida percebe a futilidade dos prazeres materiais e então deixa sua família e sua riqueza em busca da verdade sobre a vida. Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito é de que as respostas do homem se encontram em seu interior.

- Ensinamentos, filosofias e princípios

Em Introdução ao Budismo Geshe Kelsang nos oferece um breve panorama dos ensinamentos de Buda: “Pratiquem a bondade, não criem sofrimento, dirijam a própria mente.”.

A moral do budismo busca a conservação da mente, e a busca pela paz espiritual e interior. Os ensinamentos do budismo tem como base a ideia de que o ser humano está condenado à reencarnação para sempre após a morte. Além disso, acreditam em carma, o que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida, o desejo é a causa do sofrimento; o fim do desejo leva ao fim do próprio sofrimento; a libertação individual é atingida através do Nirvana. Para superar a dor deve-se livrar da dor e da ignorância. Para se livrar da dor o homem deve seguir um caminho; compressão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. Desses caminhos, o último é o mais importante para atingir o Nirvana. O rompimento do ciclo