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VEGETAÇÃO BRASILEIRA

Por:   •  6/11/2018  •  2.378 Palavras (10 Páginas)  •  264 Visualizações

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- Babaçu, de cuja amêndoa se extrai o óleo; as folhas são usadas para a cobertura de casas e o palmito como alimento para o gado. Um rico artesanato emprega suas fibras para confeccionar esteiras, cestos e bolsas. Da casca do coco, podem ser retirados o alcatrão e o acetato.

- Carnaúba, cujo produto mais conhecido é a cera. Como tudo dessa palmeira pode ser aproveitado (folhas, caule, fibras), o nordestino denominou-a "árvore da providência".

Na mata dos cocais, as altas temperaturas são constantes. As pastagens representam o principal impacto ambiental nesse ecossistema.

- MATA ATLÂNTICA

A mata atlântica estende-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, junto ao litoral, quase sem interrupções. Predominando em regiões de clima quente e úmido, com verões brandos, surge nas encostas das serras litorâneas. Topograficamente, surgem em serras elevadas (escarpas do Planalto Atlântico) em formas arredondadas, chamadas "mares de morros". Esta formação vegetal apresenta-se muito densa, emaranhada e com grande variedade de vegetais hidrófilos (adaptados a ambientes úmidos) e perenes.

Devido à sua localização geográfica é a formação vegetal brasileira que mais sofreu devastações, principalmente em trechos menos elevados do relevo. Esse impacto ambiental é uma das consequências da intensa urbanização e industrialização que ocorreram no Brasil. É considerado um hotspot mundial, ou seja, uma área rica em biodiversidade e ao mesmo tempo uma das mais ameaçadas do planeta.

- MATA INTERMEDIÁRIA

A mata intermediária é a mesma floresta úmida da encosta, mas se desenvolve nas vertentes das serras, à retaguarda do mar, não influenciadas diretamente pela umidade marítima. Muito densa, apresenta espécies bastante altas e de troncos grossos. No entanto, quando se desenvolve em solos areníticos, ou de calcário, o aspecto da floresta modifica-se completamente: ela se torna menos densa, com árvores mais baixas e de troncos finos. Quase inteiramente devastada, por possuir solos férteis para a agricultura, restam, de sua formação original, apenas, alguns trechos esparsos.O nome latifoliado deriva do latim e indica a predominância de espécies vegetais de folhas largas.

- MATA DE ARAUCÁRIA

A mata de araucária predomina em regiões de clima subtropical e tropical de altitude, que apresentam regular distribuição das chuvas por todos meses do ano, estende-se desde o sul de São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul, em trechos mais íngremes do relevo (Campos do Jordão, por exemplo). É muito comum no planalto Meridional, nos estados do Paraná e Santa Catarina. Destaca-se a Araucária angustifólia, mais conhecida como pinheiro do Paraná, mas aparecem ainda outras espécies, como a imbuia, o cedro, o ipê e a erva-mate.

Os solos em que se desenvolvem em geral de origem vulcânica são mais férteis que os das áreas tropicais o que explica a grande devastação sofrida por essa vegetação para o aproveitamento agrícola. Além dessas formações florestais aparecem ainda no Brasil alguns outros subtipos, merecendo destaque a mata dos cocais e as matas galerias ou ciliares.

A mata dos cocais é uma formação de transição entre a floresta amazônica e a Caatinga, abrangendo áreas do Maranhão, Piauí e Tocantins. O babaçu é a espécie predominante.

As matas galerias ou ciliares são florestas que se desenvolvem ao longo dos cursos de água, cuja umidade as mantém. Praticamente devastadas pela ocupação humana, restringem-se a trechos do cerrado ou dos campos do Rio Grande do Sul.

Calcula-se que 5% da área original dos pinheirais estejam preservadas. A retirada da madeira, para a produção de móveis e papel de jornal, e a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada e complexa.

- FORMAÇÕES DE VEGETAÇÕES BRASILEIRAS

- CERRADO

O Cerrado é a formação vegetal brasileira, depois da floresta amazônica, que mais se espalhou, predominando no planalto Central, mas aparecendo também como manchas esparsas em outros pontos do país (Amazônia, região da caatinga do Nordeste, São Paulo e Paraná), recobrindo mais de 20% do território nacional. Predomina em áreas de clima tropical, com duas estações: verão chuvoso e inverno seco. Não é uma formação uniforme, o que permite identificar duas áreas: o cerradão e o cerrado propriamente dito.

No cerradão existem mais árvores que arbustos. No cerrado, bastante ralo, aparecem poucos arbustos e árvores baixas, de troncos sinuosos e casca espessa, que apresentam galhos retorcidos, com folhas muito duras; entre as árvores e os arbustos, espalha-se uma formação contínua de gramíneas altas. O cerrado espalha-se pelos chapadões e por algumas escarpas acentuadas.

Dentre os fatores que explicam a fisionomia do cerrado, além da escassez de água, destacam-se a profundidade do lençol freático e a natureza dos solos, ácidos e com deficiências minerais.

A expansão agropecuária, os garimpos, a construção de rodovias e cidades como Brasília e Goiânia, são os principais aspectos provocados pela ação humana, que reduziram esse ecossistema a pequenas manchas distribuídas por alguns estados brasileiros. O cerrado foi declarado "Sítio do Patrimônio Mundial" pela UNESCO em 13 de dezembro de 2001.

- CAATINGA

A Caatinga é predominando na região de clima semi-árido do Nordeste; é uma formação vegetal tipicamente xerófita, ou seja, adaptada à escassez de água. É uma vegetação esparsa, que se espalha pelos maciços e tabuleiros, por onde correm rios, em geral intermitentes.

Desenvolvendo-se em solos quase rasos e salinos, apresenta-se muito heterogênea: em alguns trechos, predominam árvores esparsamente distribuídas; em outros, arbustos isolados; e em outros, ainda, apenas capões de gramíneas altas. A falta de água impõe múltiplas adaptações aos vegetais na caatinga, que vão desde a perda das folhas na estação mais seca até o aparecimento de longas raízes, em busca de lençóis subterrâneos de água. Entre as principais espécies de árvores, está o juazeiro, o angico, a barriguda, e, entre os arbustos, as cactáceas, como o xiquexique e o mandacaru.

Atualmente, a Caatinga vem sendo agredida ao sofrer o impacto da irrigação, drenagem, criação de pastos, latifúndios e

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