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Uma Proposta Pedagógica para a Educação

Por:   •  23/10/2018  •  1.574 Palavras (7 Páginas)  •  258 Visualizações

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economia em infraestrutura). Como aspecto desfavorável foi apontado o preço de aplicativos (limitações presentes em versões gratuitas) e tecnologias (equipamentos e custos inerentes).

A formação de professores e a infraestrutura (equipamentos e acesso à rede) representam obstáculos a serem superados. Embora vivenciemos um momento preliminar no que se refere à adoção de tecnologias para gestão da educação, começam a despontar soluções que muito provavelmente se constituirão em parceiros inseparáveis de gestores e educadores.

A tecnologia de mineração de dados (data mining) utilizada por grandes corporações (como o Google) para identificar tendências de consumo e sugerir produtos, denominada big data, é capaz de lidar com uma enorme quantidade de informações e desponta como ferramenta de suporte à educação, detectando lacunas de aprendizagem, sugerindo itinerários de estudo personalizados e identificando preferências midiáticas pelo uso da inteligência artificial. Depoimentos de gestores, educadores e alunos convergem na aceitação de sistemas desta natureza, hoje colocados como diferenciais por instituições de ensino particulares.

Para melhor utilizar estas ferramentas, os educadores deverão passar por um constante processo de atualização e aprimoramento. As exigências que recaem sobre o seu papel são, resumidamente: compreender os alunos e orienta-los individual e coletivamente, coordenar projetos e atividades, introduzir novas ferramentas (e utilizar as existentes com novos propósitos) e provocar reflexões, valorizando a interação, a criatividade e a produção coletiva.

Segundo a iniciativa Education Futures, fonte de estudos relacionados ao desenvolvimento da educação global, o professor do século XXI deve ser capaz de:

• Ter prazer em ensinar e se orgulhar de sua profissão, transformando cenários identificados como relevantes em conhecimento e habilidades relacionados à sua área de ensino;

• Valorizar interações, promovendo conscientização e responsabilização coletiva e criando oportunidades para a aprendizagem compartilhada;

• Identificar motivações individuais, incentivando o desenvolvimento do estudante, inovando na forma de ensinar e avaliar pela realização de pesquisas e experimentações de forma frequente;

• Fazer com que o conteúdo seja contextualizado e carregado de sentido, diversificando modelos de ensino para lidar com vários tipos de inteligência (lógico-matemática, linguística, espacial, intrapessoal, dentre outros) e estilos de aprendizagem;

• Saber lidar com características próprias das novas gerações como: imediatismo, menor tempo de concentração, capacidade de multitarefa, maior adaptabilidade e alinhamento entre trabalho e lazer, menor apego às fronteiras geográficas;

• Avaliar seu próprio desempenho, mantendo-se receptivo às avaliações externas, contribuindo para o aprimoramento da qualidade da instituição em que trabalha e participando de esforços coletivos para a melhoria da educação;

• Analisar criteriosamente as ferramentas disponíveis verificando sua aplicabilidade aos propósitos de aprendizagem e automatizar tarefas operacionais resultando em maior tempo disponível para interações com os estudantes.

Ao analisarmos as características dos estudantes contemporâneos, temos que:

• Trabalham para solucionar problemas reais, priorizando a necessidade sobre o conteúdo (conduzindo naturalmente às aprendizagens por projetos);

• Valorizam a curiosidade e a criatividade, compelidos pelo desconhecido (suas descobertas devem ser valorizadas e recompensadas);

• São autônomos na construção de sua aprendizagem, mas procuram conhecimentos e orientação no educador (deve criar associações, sugerir caminhos e promover reflexões);

• Conhecem e utilizam as ferramentas digitais, desenvolvendo linguagens na apresentação de resultados tirando partido de diversas mídias e formatos;

• Estabelecem relações hierárquicas horizontais com o educador (não pode haver qualquer receio em aprender de forma compartilhada);

• Estão conectados e interagem com os demais estudantes (possibilitando trabalhar com grupos compostos por indivíduos com habilidades complementares).

O educador deve construir a Cidadania Digital dos estudantes promovendo, com base no exposto, o uso responsável das tecnologias de informação e comunicação, gerando compreensão da dimensão que as informações podem tomar em rede e conscientizando sobre pegadas digitais trazendo informações relativas à vigência, segurança e privacidade das informações.

Contando com autorizações dos responsáveis para realizar tarefas que envolvam o uso da Internet, o educador deve procurar alternar suas abordagens e metodologias, aprimorando a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem, privilegiando a coletividade sem abrir mão da personalização, agregando sentido e valor na busca por soluções para problemas reais. Uma das abordagens indicadas para promover esta alternância é o Ensino Híbrido.

O Ensino Híbrido pressupõe a alternância de momentos e espaços de aprendizagem dentro de uma mesma temática, como complemento às aulas expositivas. Traz como possibilidades, para citar alguns exemplos, o trabalho coletivo em oposição aos momentos individuais e a realização de debates em oposição aos momentos de pesquisa. Suas metodologias apresentam complexidade variável, prevendo níveis diferenciados de domínio em competências e habilidades.

Na “sala de aula invertida” (flipped classroom), o conteúdo é estudado anteriormente à aula, que se torna um momento para esclarecimento de dúvidas, promoção de debates e realização de projetos. Na “rotação por estações de aprendizagem” os estudantes se sucedem em estações independentes que trabalhem a mesma temática com estratégias diferenciadas (textos, ilustrações, jogos, vídeos, por exemplo), sendo que ao menos uma estação faz uso de tecnologia.

O “Peer instruction” (ou Peer to Peer)é uma metodologia que promove a interação entre duplas de alunos, escolhidas com base em perfis complementares, objetivando nivelamento. Já o “Project/Problem Based Learning” (ou PBL, Aprendizagem baseada em Projetos/Problemas) tem uma duração maior, sendo basicamente uma investigação que lida com perguntas complexas, problemas ou desafios. Neste caso, o processo envolve: pergunta de motivação, proposição de desafio, atividades de pesquisa e

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