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Texto de Ética - Casos

Por:   •  16/4/2018  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  430 Visualizações

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Avidez, Arrogância e Covardia?

Nessa parte, o autor fala sobre analisar bem o passado para não cometer o mesmo erro no futuro. No caso Challenger os sintomas estão relacionados ao âmago do funcionamento organizacional e estão atravessadas por aspectos relacionados com o estilo de gestão, a cultura, a estrutura e os jogos de poder nas organizações.

O autor, tentando explanar os vícios subjacentes à decisão de lançamento, gizou o seguinte triângulo: a avidez (comportamento auto favorável), a arrogância (crença na infalibilidade da posição própria e no direito de impor tal ponto de vista a outras pessoas, tanto no interior como no exterior da organização) e a covardia (ausência de coragem para aceitar os fatos como eles são e medo de confrontar a autoridade institucional com eles).

Os sete pecados mortais de Challenger seriam a base da catástrofe e foram analisados a partir de dois pontos de vista: tal como cometido pelos responsáveis pela decisão de lançamento e tal como surge ou pode emergir na generalidade das organizações. Os sete pecados seriam:

- Pecado 1: Os procedimentos devem ser tomados como meus para atingir determinados objetivos ou propósitos e não como fins em si mesmos. Quando não permitem prosseguir adequadamente esses propósitos, cumpre modifica-los.

- Pecado2: Importa fomentar uma cultura em que seja aceitável curto-circuitar a cadeia de comando quando as circunstâncias são graves.

- Pecado 3: Devido a razões de comodidade ou medo as pessoas se inibem de atuar e/ou denunciar anomalias graves, normalmente argumentando que não é sua função. Para contrair essa passividade, recomenda-se que seja fomentada uma cultura organizacional orientada para maior responsabilidade individual.

- Pecado 4: Não é pelo fato de serem gestores ou líderes que as pessoas tomam melhores decisões ou são mentes mais perspicazes. É necessário adotar mecanismos participativos e saber escutar as vozes críticas, vindas de qualquer nível hierárquico.

- Pecado 5: Recomenda-se que as organizações e seus membros atuem numa lógica sistêmica e de longo prazo, mesmo que daí advenha alguns sacrifícios a longo prazo.

- Pecado 6: Importa que os objetivos pré-determinados não sejam tomados como faróis infalíveis para a tomada de decisão. É necessário ajustá-los a realidade.

- Pecado 7: Quando os gestores e as organizações suprimem ou distorcem as más notícias é provável que, com o decorrer do tempo, acabem por ouvir apenas o que querem ouvir. Quando se “mata o mensageiro da má notícia”, é expectável que os membros organizacionais se coíbam de expressar ou apontar os fatos desagradáveis ou desfavoráveis.

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