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A GESTÃO ESCOLAR E O CONTROLE DA DENGUE NA 13ª REGIONAL DE SAÚDE DE CIANORTE - PR

Por:   •  22/6/2018  •  5.316 Palavras (22 Páginas)  •  451 Visualizações

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Esta questão tornou-se particularmente prejudicial ao controle do dengue porque, na maioria dos países, os sistemas sanitários estão muito inadequados, bem como o sistema para detectar a transmissão Em conseqüência, pode-se haver uma avançada epidemia antes que seja detectada.

As questões são sempre as mesmas: o que fazer diante de uma possível ameaça de epidemia? Como botar ordem no caos? De quem é a culpa?

É sabido que todo dia aumenta a quantidade de resíduos sólidos que produzimos, seja ele, doméstico, comercial, hospitalar, industrial ou agrícola e que pode ainda causar outros problemas à saúde pública, pois se torna um ambiente favorável para o desenvolvimento do mosquito-transmissor da dengue e merece uma série de reflexões.

De início, as questões que levavam a este estudo eram: Como esta se dando as ações preventivas no município de Tapejara? Que medidas são tomadas para evitar que o Aedes aegypti se reproduza? Estão sendo tomadas medidas para se evitar a proliferação do mosquito e para combater a continuidade do ciclo evolutivo do mesmo? Se estas medidas estão sendo tomadas, em que grau elas estão acontecendo? Como está se dando a participação da sociedade? As escolas estão sendo envolvidas? Quem são os envolvidos? A quem se objetiva atingir?

No entanto, observou ao iniciar o estudo que, o município de Tapejara – PR segue as mesmas ações desencadeadas pela 13ª Regional de Saúde de Cianorte – PR, da qual faz parte, e, por esta razão, optou-se por estudar a gestão escolar e o controle da dengue na 13ª Regional de Saúde de Cianorte. Assim, sendo, este estudo pretende discutir algumas questões sobre a dengue, levantando, num primeiro momento o conceito de dengue, seu período de incubação e o histórico do dengue a nível mundial e brasileiro, discutindo também acerca do saneamento e da educação sanitária como forma de prevenção e algumas atitudes preventivas.

Num segundo momento serão tecidas algumas considerações acerca do controle da dengue na 13ª Regional de Saúde de Cianorte – PR, expondo de forma sucinta o que foi realizado e os resultados obtidos com estas realizações.

1 A DENGUE EM DISCUSSÃO

Segundo Paulino (2003), a dengue é causada por um vírus transmitido pela picada fêmea de dois tipos de mosquito: do Aesdes aegypti e do Aedes albopictus, este último conhecido pelo nome de “tigre asiático”.

No Brasil, um mosquito escuro, pequeno e delgado, que possui hábitos diurnos e vive dentro ou nas proximidades das habitações humanas e, conhecido como Aedes Aegypti é o transmissor da dengue (BRASIL, 2002b).

O Aedes aegypti apresenta na região dorsal do tórax um desenho em forma de lira prateada e o Aedes albopictus tem no dorso em estria longitudinal mediana prateada (daí o nome popular de “tigre asiático” e é mais silvestre, reproduzindo-se não apenas em água paradas também em rios) (BRASIL, 2002b).

1.1 O CONCEITO DE DENGUE

A infecção por dengue é a causadora de uma doença cujo aspecto inclui desde formas clínicas inoperantes, até quadros evolutivos graves de hemorragias e choque podendo levar o paciente ao óbito.

De acordo com Brasil (2002a, p.6), os sintomas da dengue comum são:

Dengue clássica: a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40º C), de inicio abrupto, associada a cefaléia, prostação, mialgia, astralgia, dor retro-orbritária, exantenama maculopapular acompanhado ou não de prurido. Anorexia, vômito, náuseas e diarréia podem ser observadas.

Deve-se observar que não existe apenas uma forma de dengue. De acordo com Paulino (2003):

Existem dois tipos de dengue – a clássica e a hemorrágica, - e quatro variedades de vírus causadores da doença. A pessoa infectada por uma dessas variedades adquire imunidade para o resto da vida em relação à variedade de vírus que adquiriu, mas não em relação às três outras variedades. Assim, caso uma pessoa seja infectada por uma variedade à qual não tem imunidade, normalmente se desenvolve a dengue clássica sem maior gravidade. Entretanto, existe uma pequena possibilidade de a doença evoluir para a dengue hemorrágica, em que ocorrem alterações no sistema de coagulação do sangue capazes de provocar a morte entre 30% e 40% dos casos de pessoas que não recebem tratamento adequado; em indivíduos tratados adequadamente, o índice de mortalidade cai para menos de 5% (PAULINO, 2003, p.158).

A febre hemorrágica da dengue (DHF) é caracterizada por quatro manifestações clínicas principais: febre elevada, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e, em casos severos, sinais de falha circulatória. Para Brasil (2002, p.6), “no final do período febril podem surgir manifestações hemorrágicas como epistaxe, patéquias, gengivorragia, metrorragia e outros. Em casos mais raros podem existir sangramentos maiores como hematêmese, melena ou hematúria”.

Vê-se então que a febre hemorrágica do dengue (DHF) envolve o sangramento interno e é associado às vezes com choque severo (a síndrome de choque do dengue – DSS), e ocorre mais freqüentemente nas crianças e nos jovens.

Segundo Brasil (2002), a presença de manifestações hemorrágicas não é exclusiva da febre hemorrágica da dengue e quadro com plaquetopenia pode ser observado, com ou sem essas manifestações, sendo importante diferenciar esses casos de dengue clássica com manifestações hemorrágicas e plaquetopenia dos casos de febre hemorrágica da dengue.

A dengue com complicações pode ser compreendida como:

[...] todo caso que não se enquadre nos critérios de FHD e quando a classificação de dengue clássica é insatisfatória dado o potencial de risco. Nessa situação a presença de um dos itens a seguir caracteriza o quadro: alterações neurológicas; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência hepática; plaquetopenia igual ou inferior a 50.000/mm³; hemorragia digestiva; derrames cavitórios; leucometria global igual ou inferior a 1.000/mm³; óbito. (BRASIL, 2002, p.7).

Sabe-se, entretanto que, manifestações clínicas menos freqüentes incluem as neurológicas e psíquicas tanto em adultos como em crianças caracterizadas por delírio, sonolência, como depressão, irritabilidade, psicose maníaca, demência, amnésia e outros sinais meníngeos, paresias, paralisia e encefalite, que surgem no decorrer do período febril ou mais tardiamente, na convalescença. (BRASIL,

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