Relatorio sobre tipos de universidades
Por: Kleber.Oliveira • 9/8/2018 • 2.116 Palavras (9 Páginas) • 373 Visualizações
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- Castro, Carvalho e Lima (1999) apresentam uma interessante discussão sobre a gênese da Universidade. Mostram que apesar de muitos autores serem unânimes em afirmar que o nascimento da universidade se deu no período medieval, outros apontam a Grécia antiga como berço da criação da Universidade.
- Freitas (1985, p.7) aponta Sócrates como o fundador da primeira Universidade da qual se tem notícia, enquanto Pereira (1990) atribui a Aristóteles, fundador do Liceu, tal título.
- Castro, Carvalho e Lima (1999, p. 3), por sua vez, argumentam que se tais filósofos fossem considerados como fundadores da Universidade, tendo em vista as características apresentadas por seus ‘estabelecimentos’, “uma digressão até a história do povo israelita, com sua escola de profetas, e a Platão, fundador da Academia deveria ser feita”.
- Paul Monroe, afirma que a gênese da Universidade deu-se tanto na Grécia (através da universidade de Atenas, resultante da combinação de três escolas: academia, escola peripatética e estóica) e a Universidade de Alexandria (tida como centro intelectual do mundo), quanto em Roma (através da universidade de Roma, cuja origem se deu com a biblioteca fundada por Vespasiano – 69-79 d.C), no Templo da Paz, construído após o incêndio de Nero. (p. 3)
- Nunes (1979, p. 212) nos esclarece que: Entre os romanos o termo universitas designara um colégio, uma associação. Na Idade Média aplicou-se a um conjunto de pessoas, usou-se como fórmula de tratamento no início das cartas universitas vestra, a todos nós, que soava como a nossa fórmula ‘prezados senhores’ e também serviu para designar uma pessoa jurídica tal como universitas mercatorum, a corporação de comerciantes.
- Ildeu Moreira Coelho esclarece que o termo universitas significava na Roma antiga a universalidade, a totalidade, o todo, o universo, o conjunto das coisas, o colégio, a associação ou a comunidade de pessoas. Prossegue informando que no século XII o termo era empregado para “se referir ao conjunto das pessoas que numa cidade exerciam o mesmo ofício e tinham, pois, interesses comuns, ou seja, a uma corporação de ofício” (Coelho, 2005, p. 53-54), e acrescenta que a corporação de mestres e estudantes era, no período, conhecida por universitas magistrorum et scholarium e, no caso específico de Bolonha, apenas universitas scholarium, uma vez que seus mestres compunham o colégio de doutores.
- …Coelho esclarece que tais qualificativos caíram em desuso com o enfraquecimento do sistema corporativo, sendo que universitas passou a designar apenas a “corporação dos mestres e estudantes, isto é, dos trabalhadores intelectuais, e não mais a qualquer associação ou corporação de ofício” (Coelho, 2005, p. 54).
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- Tema
- Dissertacão
Na dissertação foi abordado o tema Historia do Ensino Superior Modelos – Tipos de Universidade.
- Origem do termo Universidade
palavra procede do termo Universitas, com o sentido de seres ou coisas que constituem um todo. Daqui o significado primitivo da palavra «Universidade» no século XIII, que era o de conjunto de mestres e de estudantes congregados na mesma escola e ligados pelos mesmos interesses culturais — «Universitas magistrorum et scholarium». Mestres e estudantes formavam, assim, uma corporação, que era considerada pessoa singular, como se nota em vários documentos, designadamente na bula de 9 de Agosto de 1290 que o papa Nicolau IV dirigiu à entidade dos mestres e escolares de Lisboa, que D. Dinis havia pouco estabelecera: «Dilectis filiis Universitati Magistrorum et Scolarium Ulixbonensi». Neste sentido de entidade que congrega num só todo mestres e estudantes, a Universidade é uma corporação que usufrui certas regalias e foros concedidos pelas autoridades civis e religiosas e agrupa todos os que ensinam e aprendem, ou, antes e principalmente, a frequentam para obter um grau ou título universitário.
- que e “Studium Generale”?
Studium generale teve se inicio Idade Média, para designar uma organização que funcionava em dado local e no qual se ensinavam as ciências aprovadas pela competente autoridade civil e eclesiástica a quem estivesse nas condições de a frequentar, qualquer que fosse o seu país de nascença e a sua condição social. A partir do começo do século XIII o termo studium generale vai se tornando comum e, no conjunto ele parece implicar três características: 1. escola que atraía estudantes de todas as partes e não apenas de uma região particular, 2. que era um local de educação superior: isto é, pelo menos uma das faculdades superiores (teologia, direito, medicina) ali era ensinada, 3. os assuntos eram ensinados por um número considerável de professores. Dessas três características, a primeira, era a fundamental. (Janotti, 1992, p. 24)
- O termo Universidade como o entendemos hoje!
(Janotti, 1992, p. 24 - Esclarece, ainda, que foi somente no decorrer do século XV que a distinção entre universitas e studium generale desapareceu, quando então os dois termos, a princípio distintos, tornaram-se sinônimos. Segundo o autor, o desenvolvimento e a expansão dos studia generalia ocasionavam a corporação de estudantes e/ou professores, ou seja, “uma universitas tornou-se na prática inseparável acompanhante do studium generale” (id. ibid.), processando-se, em seguida, uma simbiose entre os termos, e prevalecendo, com o passar do tempo, o termo universitas (posteriormente traduzido como Universidade).
- Universidades nos Sec, XII e XIII
Outros estudiosos tais como - Ullmann e Bohnen (1994) não descartam a possibilidade de as universidades medievais terem se inspirado em modelos anteriores, como por exemplo, a escola ascético-terapêutica de Buda, a escola de Confúcio, a escola de Pitágoras, a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles, e a escolas dos Sofistas, que preferiram denominar de pré-universidades, pois quando reuniam algum requisito do padrão medieval outros estavam
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