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QUALIDADE DA AGUA

Por:   •  2/4/2018  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  346 Visualizações

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- Sólidos em suspensão totais (SST)

Foi transferido para o aparelho de filtração, provido de uma membrana de fibra de vidro, previamente pesado, um volume previamente conhecido da amostra e foi feita a filtração à vácuo (Figura 2.2).

[pic 2]

Figura 2.2 – Filtração à vácuo

O material que ficou retido no filtro foi levado a uma cápsula de porcelana (Figura 2.3) de peso já conhecido e foi seco em estufa a 105 ºC durante 1 hora. Após a cápsula ter sido retirada da estufa, foi colocada para esfriar em um dessecador com sílica-gel durante o período de uma hora, e em seguida, a amostra foi pesada.

[pic 3]

Figura 2.3 – Material que ficou retido

- Sólidos dissolvidos totais (SDT)

O filtrado obtido durante a determinação de SST foi transferido para uma cápsula de porcelana previamente pesada. O conjunto filtrado mais cápsula de porcelana foi levado para secar em estufa a 105 ºC durante 1 hora após isso foi para o dessecador pelo mesmo período de tempo e pesada.

- Sólidos fixos (SF) e voláteis (SV)

O resíduo produzido na análise dos sólidos em suspensão e dos dissolvidos foram calcinados na mufla, à 550 ºC, por uma hora, para que os sólidos voláteis (matéria orgânica) fossem volatilizados, após atingir a temperatura ambiente foram pesados apenas os sólidos que permaneceram após a calcinação.

- Determinação da turbidez

Para determinação da turbidez nas amostras dos reservatórios foi utilizado um equipamento chamado de turbidímetro (Figura 2.4), que é baseado na comparação da intensidade de luz espalhada pela amostra com a intensidade da luz espalhada por suspensões consideradas padrão. Quanto maior a intensidade da luz espalhada maior será turbidez da amostra analisada. O turbidímetro é constituído de um nefelômetro, sendo a turbidez expressa em unidades nefelométricas de turbidez (NTU). O nefelômetro consta de uma fonte de luz, para iluminar a amostra e um detector fotoelétrico com um dispositivo para indicar a intensidade da luz espalhada em ângulo reto ao caminho da luz incidente. Para ser feita a calibração do aparelho, foram utilizadas 5 amostras de turbidez: 0,1; 0,8; 8; 80 e 1000 NTU, sendo necessária a homogeneização da amostra antes da leitura.

[pic 4]

Figura 2.4 – Turbidímetro

- Determinação da cor

A cor da amostra foi determinada através do colorímetro (Figura 4.5), cujo equipamento mede o grau de redução da intensidade que a luz sofre ao atravessar a água, devido a presença de sólidos coloidais e dissolvidos. Para isso, seria necessária a comparação a padrões específicos, semelhantemente como foi feito com o turbidímetro, porém no laboratório foi utilizada apenas uma curbeta com água destilada (cor 0) como parâmetro, a qual foi introduzida no equipamento para “zerá-lo”.

[pic 5]

Figura 4.5 - Colorímetro

- RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a calibração do turbidímetro feita, foi feito inicialmente a medição de turbidez da água destilada como referência, cujo valor teórico é 0 NTU, mas o valor medido pelo equipamento foi 0,17 NTU, por isso foram medidos os valores das amostras de água dos açudes e abatido o valor de 0,17 NTU em todas as amostras.

Tabela 1 – Turbidez das amostras

Açude

Turbidez 1 (NTU)

Turbidez 2 (NTU)

Dourado

2,30

2,13

Gargalheiras

21,9

21,73

Cruzeta

44,9

44,73

Legenda:

Turbidez 1 - valor medido no turbidímetro

Turbidez 2 - valor obtido pela diferença do valor da água destilada

Os resultados da turbidez estão diretamente relacionados com os dados da tabela 5, quanto mais alto o valor dos sólidos suspensos totais, maior será a turbidez do corpo hídrico. E é justamente isso que ocorre com as amostras. Os valores de sólidos suspensos em ordem decrescente são Cruzeta> Gargalheiras > Dourado; o mesmo ocorre com a turbidez, Cruzeta > Gargalheiras > Dourado.

A turbidez típica para águas brutas para abastecimento, que são os casos desses reservatórios variam entre 20 e 50, portanto apenas uma amostra encontra-se fora desse valor, o dourado, que possui uma turbidez baixa. O que pode ter ligação direta com o volume do açude (40,97% - dado retirado da ANA).

De acordo com o CONAMA 357/2005, para a classe 2, o limite de turbidez é até 100 UNT, sendo assim, todos os reservatórios encontram-se dentro do limite permitido.

Em seguida, com o colorímetro “zerado” através da referência passada pela amostra de água destilada (0 uC), foram medidas as cores das amostras de água dos açudes com e sem os sólidos suspensos, ou seja, antes e após a filtração na membrana pela bomba à vácuo, resultando na verificação das cores aparente e verdadeira, respectivamente, de cada amostra.

Tabela 2 – Cor das amostras

Açude

Cor Aparente (uC)

Cor Verdadeira (uC)

Dourado

70

60

Gargalheiras

170

70

Cruzeta

340

110

Com os dados da tabela 2, nota-se que duas das amostras (gargalheiras

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