Primavera Árabe: Impactos Políticos e Socio Econômicos
Por: Rodrigo.Claudino • 5/3/2018 • 1.990 Palavras (8 Páginas) • 405 Visualizações
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de 2011, a revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia e ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Em razão da repressão do regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe.
Outro marco desse episódio foi a intervenção das forças militares da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), comandadas, principalmente, pela frente da União Europeia. O ditador líbio foi morto após intensos combates com os rebeldes no dia 20 de Outubro de 2011.
A Líbia inaugurou uma nova era depois da morte do ex-ditador Muamar Kadafi, que assumiu o poder com um golpe militar em 1969. Coronel, então com 27 anos, ele depôs a monarquia e implantou a ditadura no país. Kadafi nacionalizou boa parte das atividades econômicas do país, entre elas a extração de petróleo. Após anos de repressões e relações internacionais tensas, e na onda da Primavera Árabe, têm início violentos protestos contra o regime militar.
Embalados pelos protestos que se espalham pelos países árabes ao longo dos primeiros meses de 2011, manifestantes tomaram as ruas da Líbia, em ação contrária à prisão de Fathi Terbil, advogado e ativista dos direitos humanos responsável por ações jurídicas de um grupo de famílias de prisioneiros mortos no Massacre de Abu Salim, em 1996. Desde fevereiro, protestos se espalharam no país, exigindo a saída de Kadafi do poder.
Em razão dos conflitos, e apesar da sangrenta reação das forças pró-Kadafi, o ditador acabou perdendo o controle de boa parte do país - culminando na tomada da capital, Trípoli, em agosto. Os opositores passaram então a uma caça ao ex-líder. Em outubro, o Conselho Nacional de Transição (CNT) anunciou a captura - e depois a morte - de Kadafi. Poucos momentos depois, uma multidão ocupou as ruas de Trípoli para comemorar o que simbolizaria o fim do governo mais longo tanto na África quanto no mundo árabe.
A situação da Líbia é bem mais complicada porque dentre os vizinhos foi a única que passou por uma Guerra Civil, a atividade econômica na região paralisou e o PIB de 90 bilhões de dólares caiu para 38 bilhões no ano seguinte, segundo o relatório da CIA World Factbook.
6. Jordânia
Em sete de Janeiro de 2011, 200 trabalhadores de um vilarejo ao sul da capital, Ama, saíram às ruas para protestar contra o aumento do custo de vida. Inspirados pelos protestos na Tunísia e no Egito, mais pessoas foram se juntando ao protesto, dando fama ao “Dia de Fúria”.
No dia 26 do mesmo mês, A Irmandade Muçulmana pediu para que seus fieis se juntassem ao protesto e saíssem à rua para protestar contra o então Primeiro Ministro Samir Rifai.
Após os eventos de protesto e revolta em alguns países do Oriente Médio e do Norte da África, a população foi incentivada a protestar, o chamado “Efeito Dominó”.
Com a sequencia de protestos acontecendo, e a insatisfação do povo evidente, houve como uma das consequências demissão de vários líderes do Governo Jordaniano.
Cada vez mais o povo jordaniano se rebelava contra o Governo, e desde a segunda metade de 2012 os protestos começaram a serem bem mais políticos. E com o “efeito dominó” se espalhando e crescendo na Jordânia, o Rei Abdullah II anunciou a realização de novas eleições no inicio de 2013. Mais o partido mais popular do país, A Irmandade Muçulmana, decidiu entrar mais a fundo nos protestos e boicotaram, ao lado da população, as eleições diante das frequentes denuncias e casos comprovados de fraudes e compra de votos.
Só em março de 2013, a população conseguiu eleger pela primeira vez um primeiro-ministro. Atualmente Abdullah Ensour é parte do programa de reformas destinado a neutralizar a agitação politica.
7. Síria
Inspirados pelas manifestações anteriores da Primavera Árabe, a Síria começou também a se manifestar desde 2011. Os conflitos aconteceram no governo do presidente Bashar AL-Assad, que assumiu o lugar de seu pai em 2000.
Com a troca do governo veio a esperança de mudanças, mas o que aconteceu foi uma grande repressão na oposição, o que levou o povo para as ruas pedindo mudanças.
Os conflitos se tornaram muito violentos e as tropas sírias abriram fogo contra os manifestantes, fazendo com que uma manifestação que não tinha a inicial intenção de derrubar o presidente, passasse a lutar por isso.
A ameaça chegou a assustar o presidente, que até prometeu algumas mudanças, mas a lentidão para que as mesmas acontecessem apenas deram continuidade aos protestos, que continuaram sendo reprimidos, tendo até manifestantes sendo presos. A intensidade e proporção da guerra civil fizeram com que muitos se refugiassem em países vizinhos.
Há quem afirme que Assad ainda se mantém no poder por ter um grande grupo de apoio ao redor. Sendo assim, cabe à comunidade internacional ajudar a encerrar os conflitos em prol da população, já que esses se estendem há anos, mas só vieram aparecer algumas mudanças depois de um bom tempo.
As discussões parecem não ter fim e inúmeros caminhos são apontados, mas ainda não fica claro qual deve ser tomado ou qual de fato está sendo, o que gera muitas dúvidas do que acontecerá ainda com o país.
8. Marrocos
No Marrocos, o rei Mohamed VI, que subiu no trono em 1999, tem poder total. Como descendente direto de Maomé, ele é líder secular e "comandante da fé", com poder para dissolver o Parlamento e suspender a Constituição. Mas o monarca também sentiu o impacto das revoltas populares do Oriente Médio e do norte da África, os protestos no entando, são mais equilibrados e menos "radicais" se comparados com outros os países.
Os marroquinos protestaram em Rabat, Marrakesh, Tanger e Casablanca contra a corrupção, a pobreza (9% da população do país vive abaixo da linha da pobreza), o desemprego e o alto custo de vida e pedindo uma nova Constituição. Em julho, o povo foi às urnas e aprovou a reforma constitucional com 98,4% de apoio, dando mais poderes ao Parlamento.
O rei organizou um referendo que permitiu a mudança da Constituição no sentido da Monarquia Constituicional e da Democracia e, devido à sua "importância" religiosa, continua no poder. Cidadãos marroquinos, muitos deles pobres e vivendo em situações precárias, acreditam que o monarca tem um "dom" ou
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