PROJETO DA CARBOCLORO
Por: Juliana2017 • 7/4/2018 • 4.645 Palavras (19 Páginas) • 459 Visualizações
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Isso mostra que a estrada da preservação já é uma realidade na Carbocloro.
2.4. - Projeto Hidrovia Carbocloro.
Estudo de Caso
A fim de ilustrar este trabalho, optou-se o caso da hidrovia da Carbocloro, e a seguir apresenta-se um resumo do EIA-RIMA.
Tal investimento se da por responsabilidade da Carbocloro S/A Indústrias Químicas, que tem como objetivo produzir uma linha de cloro - álcalis e garantir, desta forma o fornecimento de matérias-primas essenciais para importantes segmentos do parque industrial brasileiro.
2.5. – Características do Projeto.
A área da hidrovia está localizada no Estuário de Santos dentro da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista – UGRHI 07, que é formada pelos municípios que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista. A unidade fabril da Carbocloro S.A. Indústrias Químicas, localizada no Pólo Petroquímico de Cubatão, e encontra se a margem esquerda do Rio Cubatão.
O acesso rodoviário a fábrica se dá através do complexo Anchieta - Imigrante pela Rodovia Anchieta SP-150, e seguindo pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Antiga Estrada Piaçaguera-Guarujá), SP-140, sentido litoral Norte e Guarujá, na altura do Km4, em frente à Indústria Química Petrocoque S/A.
Outro importante acesso é o ferroviário, que se dá pelo trecho da Malha Sudeste da antiga RFFSA. Referido acesso ferroviário passa pelas instalações da Carbocloro, e integra as linhas férreas do Terminal Conceiçãozinha e respectivamente a linha férrea que leva ao Porto de Santos.
Como alternativa de acesso hidroviário, por meio de barcaças à empresa tem-se o Canal de Navegação do Porto de Santos, formado pela entrada/saída da conexão marítima na Baía de Santos, onde está localizado o Porto propriamente dito. Adentrando o canal do estuário e seguindo até o Largo do Caneu, passando a entrada para o Canal Piaçaguera e posteriormente seguindo pelos rios Casqueiro, Cascalho e Cubatão, onde está localizada a empresa Carbocloro, na junção com Rio Perequê, construído com a finalidade de dar vazão á água da Usina Henry Borden na década dos anos cinqueta.
O projeto prevê a implantação de dolfin de atracação no Largo do Caneu, paralelo ao Terminal de Líquidos da Alemoa, dentro dos limites do Porto Organizado de Santos, e longitudinal ao sentido de fluxo das correntes marítimas locais.
O dolfin de atracação (bóias que vão ancorar as balsas para o transporte de sal) será utilizado para o transbordo de sal a granel dos navios, a capacidade de carga total do lote é, de aproximadamente 45.000 toneladas, diretamente sobre barcaças com capacidade aproximada de carga máxima na ordem de 1.500 tons.
As barcaças, carregadas de sal navegarão pelos rios Casqueiro, Cascalho e Cubatão até atingir o cais fluvial a ser instalado junto á fábrica da Carbocloro, resultando na primeira hidrovia ligada diretamente ao Porto de Santos.
A fim de que o gabarito do rio não seja modificado, a hidrovia foi projetada para a navegação em “sentido único”, portanto não haverá tráfego das barcaças nos dois sentidos, preservando as condições naturais do entorno, haverá apenas a necessidade de desassoreamento de alguns trechos dos referidos rios, onde a batimetria realizada constatou não haver calado suficiente para a navegação das barcaças.
A distância total a ser percorrida, do ponto de transbordo no Largo do Caneu até o cais fluvial de barcaças, na margem esquerda do rio Cubatão, é de 11 km.
[pic 5]
Anexo 18: Comparativo do trajeto rodoviário (22 km) e o Hidroviário (11 km). Fonte: Revista Hidrovia Carbocloro, A Estrada mais ecológica.
O descarregamento das barcaças se dará através de dois pórticos a serem instalados no cais fluvial, que irão transferir o sal para esteiras transportadoras, ligadas aos pátios de estocagem de sal. [pic 6]
Anexo 19: Exemplo de Pórtico. Fonte: (http://images04.olx.com.br/ui/8/72/11/1283114160_107697111_6-Projetos-Pontes-Rolantes- Monovias-Porticos-Sao-Paulo-Brasil-1283114160.jpg.)
O projeto compreende, também, a ampliação do Pátio 02 de Estocagem de Sal, que passará dos atuais 4.800m² para 11.220m², com capacidade de estocagem na ordem de 140.000m³, além de um desvio ferroviário, para eventual fornecimento de sal á terceiros, com capacidade para 10 (dez) vagões de 90 toneladas cada.
[pic 7]
ANEXO 20: Alternativa de Ampliação do Pátio 2 de Sal (Fonte: Carbocloro)
As instalações que fazem parte do Terminal Marítimo de Sal estão ilustradas na foto dos Dolfins de Atracação.
[pic 8]ANEXO 21: – Dolfins de Atracação (Fonte: www.carbocloro.com.br)
A produtividade de projeto foi admitida para a descarga e transporte de 8.000 ton./dia, para dia de 20 horas, resultando num volume médio de transporte de 300 ton./hora. A capacidade máxima da hidrovia, considerando 360 dias de operação com aproveitamento de 70% será de 2.000.000 ton./ano.
2.6. – Objetivo e Justificativa do Projeto.
O carregamento de sal, atualmente, é feito diretamente do navio para carretas, através de guindastes, tipo grabs e, seguindo um percurso de 22 km até chegar à fábrica. O tempo de percurso depende das condicionantes do caminho, problemas conhecidos há tempos,como os congestionamentos das vias que chegam e saem do Porto de Santos;os riscos de acidentes;e a emissão de poluentes,advindos das descargas de gases nocivos à atmosfera pelos caminhões.
No projeto pretendido, a ser implantado pela Carbocloro tem seu objetivo relacionado diretamente a melhorias na logística do transporte de sal, associado à ampliação e a racionalização da área de estocagem.
Com o projeto da hidrovia, têm-se uma via direta com o Porto de Santos, eliminando os gargalos de congestionamento e de segurança, além da redução na emissão de poluentes.
Com o cais fluvial, a empresa terá um cais privativo, e problemas como atrasos na atracação dos navios, descarregamento e pagamento de multas pelos atrasos que ocorrem pelos mais diversos motivos, serão eliminados.
2.7. - Diagnósticos Ambientais.
Para a realização do Diagnóstico
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