PERCEPÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E CONTROLE DE EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS
Por: Juliana2017 • 21/4/2018 • 3.316 Palavras (14 Páginas) • 500 Visualizações
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Desenvolvimento
Dimensões da percepção, conscientização, conservação ambientais e efluentes líquidos industriais em relação à natureza, na concepção de SOULÉ (1997) há muitas formas de ver a biosfera, onde cada um de nós lente exclusiva, fundamental e polida por temperamento e educação, nos torna seres mais conscientes. Embora, cada um de nós tenha uma visão em resposta à natureza – ao mundo – que em momentos distintos, possamos ficar atônico, horrorizado, deslumbrado ou simplesmente entretido pelo meio em que vivemos.
Muitas dessas experiências são bastante comuns, como nos encontros cotidianos que temos com várias espécies de ser vivo ao nosso redor e com certeza uma delas nos deixam lembranças, que talvez nos façam modificar nosso comportamento. Essa experiência adquirida pode chamar de pico que podem amalgamar o meio, que provavelmente vai estabelecer um vínculo vitalício.
De uma forma e de outra, tal enlace tem fundamental importância quando se quer entender como a mente humana percebe quão é importante o meio em que vivemos, no sentido de “valores dimensionais” na forma utilitária por um lado, intrínsecos (espirituais / éticos) por outro, e na dimensão analítica, na qual o nosso intelecto tem a capacidade de perceber a biodiversidade como um fenômeno que pode ser organizado e explicado no ponto de vista racional.
As dimensões se dão de tal forma, que podemos aceitar que existe a experiência imediata, sensorial e da natureza que é mediada pelo aparato sensório / neural do sistema nervoso, é insumo categorizado, interpretado e analisado pela nossa mente, onde julgamento genérico sobre a natureza pode decidir se ela é boa ou má, se é parte de mim ou não.
De certa forma, elas estão em nossa mente, envolvidas em nossa percepção natural de valores experiencial, analítico e valorativo. Esta abordagem funciona bem na física, na química e na biologia, quando afinal nos damos conta de remontar um todo.
Definimos percepção, como sendo as diferentes maneiras sensitivas que os seres humanos captam pelas realidades, ocorrências, manifestações, fatos, fenômenos, processos e mecanismos ambientais. Essa percepção é a precursora do processo, que faz despertar a conscientização de um determinado individuo em relação às realidades ambientais observadas.
Se todas as criaturas tivessem a mesma percepção, no que diz respeito aos estímulos, talvez pudessem estar competindo pelo mesmo suprimento de alimentos e abrigos, mas, as nossas sensibilidades nos fazem diferentes, permitindo que compartilhemos o mesmo ambiente de forma pacífica.
Através de nossa percepção e conservação ambiental, atribuímos valores diferentes para a natureza, percebendo que a sobrevivência na Terra está intimamente relacionada à utilização racional dos recursos naturais, nos mostrando a importância da consciência para com todas as formas de vida, e das suas inter-relações mantenedoras dos vários ecossistemas que são responsáveis e essenciais pela manutenção da vida no planeta.
A análise de percepção ambiental entre os diferentes grupos sociais podem revelar perspectiva, finalidades e objetivos diversificados em relação à conservação da natureza. Se considerar o processo de inter-relação entre colonização, turismo, natureza e cultura caiçara, o trabalho de LUCHIARI (2007) revela que o turista tem como finalidade, o consumo do recurso natural para o lazer. O imigrante residente característico dessa região tem como finalidade, uma melhor qualidade de vida, baseada na abundância do recurso natural correspondente, e o caiçara necessitam desses recursos para garantir seu modo de vida.
Ter em mente que as percepções são diferentes, ou seja, uma paisagem no ponto de vista do turista nunca vai ser a mesma do caiçara, muito menos a opção de vida do imigrante, porque a paisagem construída, substituindo a paisagem primitiva, não significa apenas a substituição de uma para outra. Mas, se levar em consideração, as formas diferenciadas de se apropriar do ambiente, vão ser relacionada a códigos de existência variados, no âmbito de valores éticos e morais.
Desta forma, pode ser refletido na substituição de uma postura ou percepção do ser humano diante do mundo natural, em que a principal diferença se dá no modo de tratar a natureza. Segundo LUCHIARI (1997) de modo geral, caiçaras, imigrantes e turistas, têm uma percepção positiva das transformações econômicas ocorridas na região (litoral norte do Estado de São Paulo), mas, uma percepção negativa quanto às conseqüências sociodemográficas, ou seja,... “a continuar o ritmo de ocupação atual, o saldo das perdas culturais e socioambientais será mais significativo do que o mérito de haver incorporado a região ao âmbito da sociedade urbano-industrial, dita civilizada”.
É necessário que a sociedade perceba que para mudar essa realidade, é fundamental a utilização racional dos recursos naturais, reconhecendo a necessidade de um tempo que deve ser respeitado, para que haja certa regeneração e reposição dos recursos, garantindo desta forma “o atendimento às necessidades da atual geração sem comprometer os recursos necessários para a satisfação das gerações futuras” (Relatório Brundtland).
Um dos grandes desafios a ser enfrentado, é o desenvolvimento sustentável, que é justamente, adequar às necessidades humanas de desenvolvimento, permitindo assim, a conservação dos recursos naturais e a sobrevivência de espécies e ecossistemas. A conservação da biodiversidade biológica tornou-se uma preocupação global, apesar de não haver consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção atual dos recursos, muitos consideram a biodiversidade essencial.
Nesse sentido é importante analisar o sistema de percepção, de representações, símbolos, mitos e conhecimento empírico que as populações tradicionais constroem, pois, é com base nestes sistemas que elas agem sobre o meio ambiente. A experiência de vida relacionada ao contato com a natureza, não se torna questão de classe socioeconômica, uma vez que se considera que seu empobrecimento pareça estar na vida da população em geral.
O termo percepção, conscientização e conservação pode não fazer parte de seu vocabulário, mas é parte integrante do modo de vida e de suas percepções das relações do homem com a natureza.
Finalmente, THOMAS (1986) considera que “experiência corporal vivenciada perante a beleza e a grandiosidade da natureza, é berço alimentador de pensamentos, aspirações e inspirações humanas, que sem as
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