CONTABILIDADE AMBIENTAL: COMO FERRAMENTA PARA DIFERENCIAL COMPETITIVO E CONTROLE DO RISCO AMBIENTAL
Por: Jose.Nascimento • 11/5/2018 • 7.311 Palavras (30 Páginas) • 554 Visualizações
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As instituições financeiras, foram obrigadas a atentar-se para os problemas ambientais, a primeira Lei em 1980 foi chamada de Comprehensive Environmental Response Compensation and Liability Act.(Cercla), segundo Tosini (2005) foi criada para responsabilizar legalmente os proprietários de terrenos pela limpeza e descontaminação de resíduos tóxicos.
Conforme Tosini (2005) embora essa lei tenha criado exceções para proteger as instituições financeiras financiadoras, ocorreram algumas decisões judiciais responsabilizando bancos pela reparação de danos ambientais causados pelos destinatários dos créditos.
Tosini (2005) revela que em 2003 foi criado o Principio do Equador que foi uma iniciativa do Banco Mundial e do IFC – Internacional Finance Corporation, nele são constituídos padrões visando o tratamento de riscos sociais e ambientais para projetos de grande porte. Constituem que os bancos devem comprometer-se a não fornecer recursos para clientes que não estejam comprometidos com os procedimentos e políticas sociais e ambientais.
Outro marco para a atuação das instituições financeiras sobre as questões ambientais, foi o acordo que se chama II Acordo de Capitais da Basiléia, que levam em consideração a análise dos riscos ambientais, exigindo novos modelos de gerenciamento dos mesmos.
Fazendo que com que adéqüem as suas exigências para continuar atuando no mercado.
As entidades preocupadas em conquistar clientes e aumentar o seu faturamento e suas riquezas, tiram da natureza todos os benefícios que as mesmas lhe proporcionam, não se preocupando com o impacto que estas alterações podem trazer para a sociedade em geral.
Continuando em seu pensamento, o autor intensifica que os consumidores estão mais exigentes e conscientes, fazendo com que as organizações tenham que se adequar as exigências destes, para continuar atuando no mercado.
Com os bancos, são as mesmas cobranças e exigências, muitos estão se alinhando esse novo cenário sustentável demonstrando aos consumidores a preocupação com o meio ambiente e tentando conquistar um diferencial competitivo.
Dias (2011), afirma nos últimos anos a gestão ambiental tem adquirido cada vez mais uma posição destacada, em termos de competitividade devido aos benefícios que traz ao processo produtivo como um todo. Desse modo a organização que pratica essas questões, possui um diferencial de seus consumidores e também exige que seus fornecedores as pratiquem.
Os bancos foram aos poucos, implementando essa nova idéia ambiental mesmo que não agridam tanto com as indústrias, mas os mesmos foram obrigados a obedecer às leis por danos causados aos beneficiários dê seus créditos.
Tosini (2006) os bancos estão expostos a vários riscos, como: Mercado, Operacional, Legal e de Crédito, mas o que daremos ênfase no trabalho é o risco ambiental que podem ser danos que podem ser causados ao meio ambiente, sendo assim os bancos deve manter um bom desempenho dos riscos e mais ainda o risco ambiental, uma vez que pode comprometer indiretamente o desempenho econômico da organização e a sua reputação junto à sociedade.
Atualmente não há como ignorar essas questões, pois o Governo e a sociedade fazem pressão por meio de leis ou auto-regulação para que as organizações desenvolvam processos e produtos que não sejam danosos ao meio ambiente e essas questões já fazem parte do plano estratégico.
Eis que dentre as instituições do cenário nacional, surge o Banco Bradesco S/A, que divulga seus relatórios ambientais anualmente, demonstrando através de dados as ações que realiza para diminuição do impacto ambiental e social. Diante desta situação pergunta-se: Qual a contribuição da contabilidade ambiental para o controle do risco ambiental do Banco Bradesco.
1.2 JUSTIFICATIVA
Tosini (2006) revela que o agravamento dos problemas ambientais obrigou as instituições financeiras a atentarem para eles, inicialmente apenas de forma defensiva, para evitar a responsabilização legal por dano ambiental causado por resíduos tóxicos em bens recebidos como garantia de empréstimos. Porem, ao longo dos últimos anos, alguns eventos e iniciativas mudou a atuação dos bancos com relação às questões ambientais.
É daí que surge a necessidade dos bancos, anualmente apresentar seus índices relacionados ao controle dos impactos ambientais, e estarem preocupadas com a sociedade onde inserida e o meio ambiente. Conforme Ferreira; Siqueira; Gomes (2009) relata que o balanço social é muitas vezes considerado como parte importante da política de relações públicas da empresa, onde são divulgadas as informações que sejam positivas em detrimento a uma verdadeira evidenciação do papel social da organização.
Devendo ter a necessidade do controle do risco ambiental, pois o mesmo tem impacto sobre os quatro riscos enfrentado pelos bancos – risco legal, de crédito, operacional e de mercado. E um risco que está alinhado com todos eles o risco de reputação. Os bancos devem agregar o risco ambiental no seu planejamento, uma vez que o II Acordo de Capitais da Basiléia determina que os bancos, devem ter em conta todos os riscos que são expostos.
O trabalho realizará a busca de informações no campo da gestão ambiental, contabilidade ambiental e riscos ambientais incluso no Banco Bradesco, uma vez que esse tema encontra-se com grande ênfase nos últimos anos, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes e tornando assim as empresas assumirem a idéia ecologicamente correta, e adquirindo um diferencial competitivo.
Essa pesquisa é bastante importância, deverá demonstrar o que Banco Bradesco controla os riscos ambientais para não influenciar em outros riscos que possam ser afetados como: negócios, estratégico e financeiro. Tosini (2006) afirma que as instituições financeiras estão expostas a riscos que podem traduzir em prejuízos relevantes, comprometer sua saúde financeira e, no limite, sua própria continuidade. Os bancos devem monitorar com precisão as fontes de risco como ponto de partida para controlá-los e precificá-los adequadamente.
A necessidade desse controle é em busca de criar valor para os clientes e acionista, pois através deles que a empresa obtém lucros, Gomes; Garcia (2012) intensifica a economia turbulenta e o alto grau de instabilidade a gestão de riscos ambientais deve fazer parte da agenda da controladoria ambiental da organização contemporânea, na busca incansável de criar valor para cliente e acionistas.
1.3
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