OS PROBLEMAS ACARRETADOS PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Por: Hugo.bassi • 2/2/2018 • 3.395 Palavras (14 Páginas) • 405 Visualizações
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A espécie humana, no entanto, parece ainda não compreender a relação de dependência que mantém com terra. Ao desenvolver suas atividades, os seres humanos destroem de forma irracional as bases da sua própria sustentação: poluem o ar que respiram, contaminam a água que bebem, degradam o solo que os alimenta, comprometendo ainda as formas de vida que compartilham do mesmo espaço, ao quais todos, em tese, têm o mesmo direito. Mas os homens, em sua arrogância, comportam-se não só como se fossem a única espécie sobre a Terra, mas como se a sua geração fosse à última, sem despender cuidados mínimos com a sustentabilidade do planeta. (DUARTE, 2008, pg11.).
O destino final deste medicamento tem se tornado um problema muito sério e abrindo uma ampla discussão num todo, pois as pessoas ainda depositam remédios em lixo comum que são levados diretamente ao lixão e vem se tornando cada vez mais evidente, haja vista que a degradação é grave e severa em nosso meio ambiente, pelo fato de não ter local adequado para ser depositado.
Os problemas ambientais ganharam diversos destaques no mundo, porque a sociedade não está ainda dando a devida importância aos prejuízos que poderemos ter num futuro breve. Acredito que seja preciso que todos compreendam e que façam alguma coisa no sentido de preservar o meio ambiente para que não seja só a natureza para eliminar os resíduos, que são jogados de forma brutal.
A preocupação com a questão ambiental torna o gerenciamento de resíduos um processo importante na preservação da qualidade da saúde e do meio ambiente. As ações para resoluções desses problemas devem ser implementadas a partir do microambiente (casa, ruas, bairros), para os microambientes respeitando as singularidades culturais, políticas e religiosas. A questão ambiental está relacionada à produção de lixo e resíduos. Quando falamos em lixo falamos em material que não presta e que se despreza, é inútil e com sujidade. Tratando-se do ambiente hospitalar, acreditamos que todo lixo produzido é contaminado. (Fátima Christóforo e Janice Veiga 10/02/2008).
Os hospitais têm muita atividade devido aos trabalhos que realizam cotidianamente, portanto, são os maiores produtores de resíduos medicamentosos, carregando então a culpa por casos de infecção e outros males dentro do hospital.
O lixo hospitalar representa perigo a saúde e meio ambiente, hospitais e clínicas produzem lixo que pode estar infectado ou contaminado. Podem também se desfazer de drogas e remédios que podem se tornar perigosos, se tomados por pessoas erradas. Além disso, hospitais produzem uma enorme quantidade de lixo comum, que é descartado da mesma maneira que o doméstico.
Se o mesmo não receber manejo adequado, os dejetos gerados por serviços de saúde e clínicas veterinárias, necrotérios, representam um grande perigo, tanto para saúde das pessoas quanto para meio ambiente segundo (Freitas e Castro pag. 24; 2010).
Percebemos que as intervenções humanas são maiores responsáveis pelas emissões de diferentes poluentes, dentre eles estão os medicamentos descartados inadequadamente. Medicamentos que deve ser descartados em lugares corretos para que não possa causar risco e nem contaminação ao meio ambiente, para que favoreça a saúde e o bem estar de todos.
O descarte inadequado de medicamentos vencidos pode causar sérias intoxicações no ser humano e no meio ambiente. “Os remédios têm componentes resistentes que se não forem tratados acabam voltando em nossa casa e a gente pode até consumir água com resto de remédios”. Eles são produtos químicos e não podem ser jogado no lixo comum (2008, p.01).
Há alguns medicamentos que apresentam componentes que podem ser totalmente degradados, mas há outros que são muito resistentes e de difícil decomposição, isso faz com que haja vários problemas no solo, contaminando os lençóis freáticos, animais, vegetais e nós, seres humanos. Segundo o Brasil Health Service (BHS), cada quilo de medicamento pode contaminar até 450 mil litros de água.
Dentre eles estão antibióticos, que geram bactérias super-resistentes, causando diversas alterações em animais e seres humanos e em nosso meio ambiente num todo. São encontradas em esgoto, na infiltração da fossa séptica, fontes naturais, inclusive nas estações de tratamento de água. Que são jogadas de maneira incorreta e chegam às residências através do descarte em pias, vaso sanitário e tantos outros modos, aonde encontram concentrações consideráveis de vestígio de medicamentos, que não são capazes de se eliminar através do tratamento de água, e essas substâncias causam desestruturação do bem natural que temos e causando danos a nossa saúde.
Segundo a RDC 44/09, fica permitido às farmácias e drogarias participar de programa de coleta de medicamento vencido para o descarte pela comunidade, tendo em vista a preservação da saúde pública e a manutenção da qualidade ao meio ambiente considerando os princípios da biossegurança para prevenir acidentes. No entanto é facultativo para esses estabelecimentos realizarem coleta de produto farmacêutico vencido e inutilizável.
Em uma pesquisa feita neste primeiro semestre do ano de 2013 no município de Cáceres descobriu-se que o mesmo produz cerca de 50 toneladas de resíduos sólidos ao dia, através de lixos depositados pelas residências, comércios e lixos hospitalares. Como não existe a coleta seletiva, é despejado o material coletado diretamente no lixão a “céu aberto”, visto que o município não possui aterro sanitário, sem qualquer tratamento ou manejo adequado.
Em entrevista no setor público, com secretário de obras do município sobre as ações voltadas para a coleta e tratamento especial para medicamentos vencidos, a deposição e preocupação com esta atividade e o que está sendo feito, o entrevistado relata que o município precisa passar por uma longa transformação na questão do lixo em especial nos materiais tóxicos e o caso de medicamento quando disposto no meio ambiente. A coleta de resíduos de responsabilidade do poder público é terceirizada para empresa privada que recolhe o lixo comum, sendo depositado no lixão como de costume. Por não existir separação do mesmo, os resíduos hospitalares chegam ao lixão com vários medicamentos, por negligência do poder público ou pela falta de informação aos moradores, acabam sendo depositado no lixo comum.
Para diminuir este impacto ambiental em nosso meio ambiente, um bom começo seria informar através de palestras educativas utilizando os meios de comunicação, em escolas, projetos de pesquisa e vários outros estudos, de como
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