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CRACK, COMO A POPULAÇÃO COMPREENDE ESSE PROBLEMA?

Por:   •  21/11/2017  •  3.048 Palavras (13 Páginas)  •  508 Visualizações

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a possibilidade de fabricação caseira e o baixo preço da droga atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada (em pó) mais cara e de difícil acesso, o crack tornou-se rapidamente popular, principalmente entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos.

2.1 FIGURA 01. PEDRA DE CRACK

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Fonte: http://www.historiadetudo.com/crack.html

No Brasil, não foi diferente, desde de a sua chegada no início da década de 1990 em São Paulo, o consumo alastrou-se rapidamente pelo País, e hoje se tourou um dos grandes flagelos da sociedade, uma verdadeira epidemia que atinge todas classes sociais, com destaque para as classes com menor poder aquisitivo e grau de instrução educacional mais baixo.

De acordo com Chalub & Telles (2006); Kolling, Silva, Carvalho, Cunha & Kristensen (2007); Nassif (2004), o uso abusivo de substâncias Psicotrópicas, transformou-se em um grave problema de saúde pública em praticamente todos os países do mundo, e está diretamente associado com comportamentos violentos e criminais, como acidentes de trânsito e violência familiar, principalmente entre indivíduos com histórico de agressividade e com complicações médicas e psiquiátricas, elevando drasticamente os índices de morbidade e mortalidade.

Cerca de 30% dos usuários do crack perdem a vida em um prazo aproximado de cinco anos, ou pela droga em si ou em consequência de seu uso, suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga como prostituição e furtos.

Para a população o consumo da droga está ligado diretamente a marginalização, ou seja, aos problemas sociais e de segurança no país, visto que, a sociedade convive diariamente com as guerras urbanas, a maioria das vezes ligadas ao tráfico e consumo de drogas, assaltos, furtos, mortes de inocentes por balas perdidas e prostituição é assim que a droga e seus usuários são vistos.

Segundo Del Olmo, R; (1992), para a sociedade o consumo de drogas ilícitas é associado com a insegurança, a violência, a juventude, a pobreza, o delito, o perigo econômico, político, social e moral, gerando um sentimento de ameaça contínuo. “Esta concepção está fortemente ligada à política proibicionista e ao processo de criminalização dos usuários, os quais são associados com a delinquência e a violência’’. (SLAPAK & GRIGORAVICIUS, 2006: 245).

3 DROGADIÇÃO UMA DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL

Drogadição ou toxicodependência são termos genéricos que designam toda e qualquer modalidade de vício bioquímico por parte de um ser humano ou a alguma droga (substância química) ou à superveniente interação entre drogas (substâncias químicas), causada ou precipitada por complexo de fatores genéticos, biofarmacológicos e sociais, incluídos os econômico-políticos.

Segundo Nardi & Rigioni, (2005: p 277), somente a partir do século passado, o uso abusivo de substâncias ilícitas começou a ser considerado como um problema de saúde, antes era visto apenas como uma questão da moralidade e religiosidade, atualmente, o conceito drogadição tem duas interpretações para a sociedade: primeiro considera-se a dependência de drogas como um vício, um comportamento condenável socialmente e o segundo como uma doença.

Entender o conceito drogadição como vício, implica mais um conceito moral que um conceito de saúde, pois o consumo considera-se como um ato imoral, negativo e voluntário. “Quando o conceito drogadição é visto como uma doença, deve ser reconhecida como uma incapacidade para controlar o consumo. Ver a drogadição como uma doença também implica a aceitação social do problema pela sociedade e a procura de ajuda ou tratamento nos serviços de saúde mental’’. (NUÑO – GUTIÉRREZ, 2006: 49).

4 COMO O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL PODE CONTRIBUIR PARA O ATENDIMENTO À POPULAÇÃO, QUE ENFRENTA ESSE PROBLEMA?

O assistente social tem contribuído de forma significativa através de trabalhos realizados em programas assistencialistas do governo, como o SUAS - Sistema Único de Assistência Social e as redes de proteções sociais básicas, CRAS - Centros de Referência de Assistência Social, PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e os CREAS- Centros de Referência Especializados de Assistência Social, onde as equipes de referência são responsáveis pela oferta de serviços sócio assistenciais a famílias em situação de vulnerabilidade social e a mobilização social por meio de atividades comunitária como: campanhas, palestras, filmes, debates, projetos de conscientização e outros.

Os Centros de Atenção Psicos¬social – CAPS, também prestam assistência aos usuários da droga, com equipes especializadas de médicos, psicólogos, assistente sociais e outros profissionais da área, ofertando tratamento por meio de medicamentos e acompanhamento destes indivíduos e seus familiares.

5 HISTORICAMENTE COMO OCORREU A RELAÇÃO URBANIZAÇÃO X POPULAÇÃO? HÁ EXCLUSÃO NOS DIFERENTES MOMENTOS DE EXPANSÃO URBANA NO BRASIL. EM 1808 COM A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL: EM 1903/4 COM AS REFORMAS DE PEREIRA PASSOS. O MESMO OCORRE EM SÃO PAULO?

A urbanização do espaço brasileiro é decorrente do processo histórico do país, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, novas cidades surgiram no século XVII com a descoberta do ouro, em 1950 o processo de urbanização tornou-se mais intenso, acelerado com a intensificação do processo de industrialização brasileiro.

Com a queda dos investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, os processos de industrialização se intensificaram, os setores fabris um dos grandes marcos desse processo, instalavam-se em locais onde houvesse infraestrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor, isso provocando um crescimento desenfreado dos centros urbanos, e consequências como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas.

Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento foi a marginalização dos excluídos que habitavam áreas sem infraestrutura, saneamento, saúde e escolas, junto a isso a criminalidade como tráfico de drogas e prostituição.

No início do século XX, o Rio de Janeiro passava por graves problemas

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