O que abunda não falta

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Uma avaliação antecipada do sistema de abastecimento de Cantareira poderia ter previsto este fato, e antecipado medidas preventivas para que a situação não chegasse a este ponto.

A necessidade de disponibilizar água potável para os seres viventes do Planeta Terra é uma responsabilidade de alcance mundial. Desta maneira, torna-se importante que os países criem organizações específicas para gestão das suas águas. Estas organizações seriam associadas a uma organização central a nível mundial, que funcionaria como um centro tecnológico, fazendo intercâmbio das diversas tecnologias do setor e prestando consultorias aos países associados.

Estas organizações estruturadas teriam, entre outras, as seguintes responsabilidades: estudar o crescimento do consumo de água potável no mundo, definir os investimentos prioritários para expansão das estações de tratamento de água, desenvolver e compartilhar tecnologias para purificação das águas contaminadas, desenvolver processos econômicos para dessalinização das águas dos mares, avaliar as regiões críticas e desenvolver planos alternativos para abastecimento dessas regiões.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças no mundo resultam da ingestão de água contaminada, com mais de 25 tipos diferentes de enfermidades. Muitas delas poderiam ser evitadas com a criação de órgãos gestores de água, que definissem sistemas adequados de tratamento das águas para cada localidade, visando atender as necessidades dos habitantes.

Então, como vemos, é muito difícil um recurso tão abundante na Terra faltar. O que pode faltar é a vontade política para enfrentar o problema com seriedade, fazendo com que a água potável seja um bem universal de acesso garantido a todos os seres viventes deste planeta água.