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O diálogo entre o ensino e a aprendizagem

Por:   •  11/4/2018  •  1.574 Palavras (7 Páginas)  •  339 Visualizações

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O educador precisa estudar e desenvolver uma postura investigativa, ter instrumentos suficientes para perceber o sentido do que se trabalha, acreditar que os alunos pensam e são capazes se torna fundamental para que eles progridam. O conhecimento acontece de forma individual e o educador deve deixar que os alunos aprendam trocando informações com os colegas, pois o conhecimento deve ser trabalhado a partir da disponibilidade da informação externa e da possibilidade da construção interna. O educador precisa saber como o aluno está construindo seu conhecimento a partir de observação e direcionamento. A escola deve ser um local para se trabalhar os diferentes universos culturais que adentram diariamente no universo escolar.

Ao educador cabe estimular os alunos a participarem da cultura nos diferentes conteúdos: literatura, ciência, arte e tecnologia, pois toda criança tem direito a estes elementos que são, também, condição de inserção social. Um instrumento poderoso para um educador trabalhar e ampliar o horizonte cultural de seus alunos é o jornal, um importante portador de documentação histórica, novidades da tecnologia e tantas outras coisas que não são acessíveis no dia-a-dia, a não ser pelos meios de comunicação. É obrigação da escola e do educador abrir o mundo para os alunos. No mundo em que vivemos, onde o acesso e o uso eficaz da informação é condição plena de inserção social, o desafio do educador se sofistica assim como as exigências de sua formação. O educador necessita construir conhecimentos de diferentes naturezas que lhe permitam ter claros os seus objetivos, selecionar conteúdos, enxergar a produção de seus alunos e construir estratégias que os levem a conquistar novos patamares do conhecimento.

Na concepção empirista, o aluno deveria memorizar o conteúdo ensinado, fixando ao máximo as informações a partir de cópias e repetições. Acreditava-se que o conhecimento se encontrava fora do sujeito, sendo interiorizado através dos sentidos. Essa teoria baseia-se também na concepção de que o aluno é um ser vazio, sendo preenchido em suas experiências através do tempo. Paulo Freire se destacou ao criticar essa teoria. Para ele o aluno é um ser construtor de conhecimento e não um depósito de conhecimento. De uma perspectiva construtivista, o conhecimento não é concebido como uma cópia do real incorporada pelo sujeito, pelo contrário, ela coloca o aluno como construtor a partir de situações nas quais ele possa interagir com as pessoas e com o meio.

Cabe ao educador observar a ação dos alunos, acolher ou problematizar sua produção, intervindo sempre que necessário, apoiando na construção do aprendizado, organizando situações de aprendizagem com a intenção de desenvolver toda e qualquer aprendizagem do aluno. Sabe-se que o conhecimento só avança quando o aluno tem bons problemas para pensar; o aprender envolve esforço e investimento e é justamente por isso que cada atividade com os alunos deve ter objetivos imediatos de realização para conduzir esforços, solucionar problemas e tomar decisões, permitindo ao aluno compreender o que é necessário para a aprendizagem.

O educador deve aceitar que seu papel é de um planejador de intervenções, que favoreça a ação do aluno sobre o objeto de seu conhecimento. Outra ferramenta importante ao aprendizado é a interação, o intercâmbio e o convívio social entre os alunos, fazendo com que aprendam a argumentar e a defender pontos de vista, de comunicação de idéias, avançando assim na aprendizagem.

Uma das intervenções que mais preocupa os educadores é a correção. Esta, por sua vez, deve ser informativa dentro da situação de aprendizagem, levando questões que auxiliem o aluno a perceber certas incorreções e reconhecer a informação que está sendo oferecida, alertar o aluno para alguma adequação em sua atividade, reorientar a ação, levantar questões que o ajudem a pensar aspectos que ele não considerou ou percebeu, objetivando que o aluno aprenda e produza cada vez mais e melhor.

Com relação aos alunos com dificuldades de aprendizagem, a escola deve assumir responsabilidades e criar propostas e possibilidades de atividades diferenciadas de forma a atendê-los. O importante é que os alunos entrem e saiam dessas atividades de apoio na medida em que suas necessidades são sanadas.

Os educadores necessitam que sua formação se transforme num processo cooperativo, no qual uns auxiliam aos outros, enfrentando incertezas com apoio e reconhecimento dos colegas de equipe, ajudando nas falhas, aprendendo a receber e fazer críticas de modo construtivo.

O trabalho pedagógico na escola é um grande processo que envolve toda a equipe escolar: professores, alunos, comunidade, funcionários e direção, sendo assim um trabalho amplo e contínuo de interligação e interação. O educador deve ser capaz de desentranhar teorias e levá-las à prática pedagógica real, escrevendo para comunicar uma reflexão sobre o que fez na prática profissional e organizando idéias para avançar no conhecimento do próprio trabalho. Esta documentação da prática em sala de aula é fundamental para uma reflexão coletiva da equipe

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