O QUE É UMA TESE E PARA QUE SERVE
Por: kamys17 • 16/10/2018 • 2.939 Palavras (12 Páginas) • 328 Visualizações
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Conforme exposto na obra, a tese teórica não é recomendável ao estudante de experiência científica limitada, sob o risco de se fazer uma tese panorâmica, esta já supramencionada.).
Posto isso, ressalta que o estudante deve fazer pesquisas prévias sobre o assunto, para depois criar um método de experiência que o auxiliará para chegar a uma determinada conclusão do assunto.
2.3 - Temas antigos ou temas contemporâneos? (Página 14 à 17)
Umberto Eco debate a questão de fazer uma tese acerca de questões antigas ou contemporâneas. Ele relata que o estudo por através de um autor contemporâneo é mais difícil, embora se tenha uma praticidade de acesso aos arquivos mais recentes, os autores antigos já foram estudados, e, consequentemente, já possuindo quadro biográfico completo críticas fundamentadas, bem como, trabalhos que sirvam de apoio, a fim de facilitar a vida do estudante.
Se o estudante decide escrever sobre algo contemporâneo, o autor fala que ele pode cair na tentação de ficar comparando o presente com o passado, o que, de fato, prejudicaria o desenvolvimento de sua tese.
2.4 - Quanto tempo é requerido para se fazer uma tese? (Página 14 à 17)
Umberto Eco, estipula como tempo estimado para a elaboração de uma tese o mínimo de seis meses e o máximo de três anos.
Se acaso a pesquisa durar mais de três anos é porque o autor escolheu uma tese superior ao seu alcance, com isso o autor acaba se frustrando, pois há momentos em que, por desejar abordar todo o possível sobre o tema ou escolher a tese errada, estende, automaticamente o tempo de fim da pesquisa.
É dito que o momento ideal para a escolha de uma tese é no segundo ano de estudos, já que o estudante terá tempo suficiente para alterar seu tema sem prejuízos.
De outro turno, todo o processo de elaborar uma tese não dura menos que um semestre, abrangendo desde a ideia da tese à apresentação, isso, se o pesquisador tiver escolhido seu tema baseado em experiências já adquiridas.
2.5 - É necessário saber línguas estrangeiras? (Página 17 à 20)
A obra diz, que embora possamos encontrar pesquisas em outras línguas, o que, de fato, é uma oportunidade para aprendizagem, a tese em si não deve exigir conhecimento de línguas que o pesquisador não domine ou das que não está disposto a aprender. Porém, Umberto Eco, alerta, que para a elaboração de uma tese é melhor fazê-la quando não requeira que se aprenda uma língua, a fim de evitar dificuldades para o pesquisador.
Logo, é preciso que as obras literárias sejam verificadas com antecedência, para que seja feita uma apuração sobre as dificuldades linguísticas.
Vale ressaltar, que nem todas as obras dos autores são traduzidas para o nosso idioma, fazendo com que o autor possa ter alguma dificuldade na hora de analisá-la.
Em suma, diante do desconhecimento da língua exigida pela pesquisa e se o estudante não tiver interesse em aprendê-la, a solução é alterar o assunto e escolher um tema especificamente pátrio, que não remeta a obras estrangeiras.
2.6 - Que é cientificidade? (Página 20 à 24)
Segundo Umberto Eco, para algumas pessoas, temos a ciência identificando-se como ciências naturais ou com investigação em base quantitativas. Porém, uma pesquisa segundo Aristóteles, referente a moral, não seria ciência se seguisse o conceito acima, logo, se contrapondo o sentido de “ciência” ensinado pela faculdade.
Posto isso, o autor em sua obra, diz ser pesquisa científica quando apresenta determinados requisitos, quais sejam:
- O estudo precisa ter um “objeto reconhecível e definido de tal maneira que seja reconhecível pelos outros”. Não há, necessariamente nesse objeto um significado físico, já que um objeto de estudo permite que seja abstrato, assim como os números.
- A pesquisa deve ser feita sobre coisas que não tenham sido ditas ou analisar através de uma óptica inversa das que já foram ditas sobre determinado objeto. É necessário que seja algo inovador, novo para que não seja considerada igual ou, até mesmo, plagio.
- A pesquisa deve ser útil aos outros, aos que lerão a obra, pois poderá trazer contribuições para futuros trabalhos e possuir valor científico.
- Como a tese segue um método, é preciso apresentar todos os elementos que foram utilizados para formular a hipótese e chegar a uma conclusão. Esses passos possibilitam a banca confirmar ou rejeitar, contestando o que foi apresentado, e também possibilita que outros estudantes possam seguir essa linha de raciocínio como modelo para formular a própria tese.
Todo o exposto acima, são caraterísticas pertinentes à elaboração de uma tese científica, porém, é possível fazer uma tese política seguindo todas as regras de cientificidade necessárias. Tese Política e Tese científica não são antagônicas. Além disso, toda tese bem estruturada e fundamentada, serve de base para a construção do conhecimento geral, sendo assim, podendo ser considerada como uma ação política positiva.
2.6.1 - Temas histórico-teóricos ou experiências “quentes”? (Página 24 à 27)
Acerca do dilema enfrentado pelo estudante sobre a escolha de temas histórico-teóricos ou temas “quentes”, o autor orienta que seja uma livre escolha do pesquisador, diz que é de livre escolha do pesquisador, desde que tenha como base sua experiência acadêmica pessoal.
2.6.2 – Como transformar um assunto de atualidade em tema científico? (Página 27 à 32)
Neste momento, o autor oferece dicas sobre como utilizar um assunto da atualidade, transformando-o em um tema científico. Umberto Eco, apresenta inúmeras sugestões, dentre elas, o surgimento crescente das estações de rádios independentes, destacando como dica principal a delimitação do campo de estudo de uma maneira que não afete a visão geral de um todo.
O autor ao destacar essas ideias, tem como intuito demonstrar que mesmo trabalhando com um tema atual, carente em literatura crítica e trabalho científico, poderá ser produzida uma tese, que, por conseguinte, poderá ser acrescida em uma pesquisa mais ampla para o estudante que desejar aprofundar-se no assunto.
2.7 - Como evitar ser explorado pelo orientador (Página 32 à 34)
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