O ENSINO A DISTÂNCIA COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO ADAPTADA À REALIDADE DE CADA GRUPO

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É inegável que a Internet, rede mundial de computadores, permitiu que o processo de ensino/aprendizagem se tornasse a maior aliada da educação desde a sua popularização no início da década de 90, fazendo com que os estudantes ultrapassassem os limites físicos existentes dando oportunidade de desenvolver e construir o conhecimento de qualquer ambiente.

Por outro lado o desenvolvimento dos conteúdos aplicados no Ensino a Distância precisam ser pensados de forma crítica e correlacionados a essa nova estrutura de Ensino/Aprendizagem. Especialmente por isso tais conteúdos necessitam ser avaliados e aos mesmos incorporadas ferramentas que proporcionem dinamismo ao processo como forma de estabelecer um ambiente adequado à construção do conhecimento.

2.2 Ferramentas aplicadas no Ensino a Distância

A criação de ambientes para Ensino a Distância estabelece naturalmente uma grande desafio a ser superado, a grande necessidade da implementação de ferramentas capazes de substituir de maneira efetiva a presença física do professor junto ao aluno e ao mesmo tempo e não menos importante formas de motivar o aluno a perceber e compreender com eficiência o conteúdo apresentado.

Atualmente existe uma grande variedade de recursos, como áudio, vídeo, livros virtuais, fóruns de discussões, debates on line, entre outros que podem ser aplicados na Educação a Distância e na construção de um conteúdo mais dinâmico e interativo, devendo ser analisados para que se possa avaliar de maneira eficiente seus ganhos tecnológicos e pedagógicos.

Como bem lembra GUTIERREZ e PRIETO (1994), a instrumentação eletrônica não é, em si, educativa ou formativa. É facilmente informativa, atraente, dinâmica. Mas seu impacto educativo, como regra, provém da ambiência humana implicada no processo formativo, não dela mesma.

Dessa forma percebe-se que a utilização da tecnologia como sistema midiático incorporado à Educação a Distância torna-se essencial para construir de forma consolidada uma nova prática educacional.

3. METODOLOGIA APLICADA

A abordagem utilizada será a qualitativa, visto que tal abordagem é utilizada para a construção de teorias em áreas ou abordagens ainda não consolidadas, fato que se observa na análise da estruturação dos conteúdos direcionados ao Ensino a Distância. Como revela Audy (2006), o processo de pesquisa é de imersão na realidade para entender os aspectos relacionados, inclusive os aspectos técnicos, exigindo capacidade de subjetivação e interpretação, juntamente com uma forte base teórica e conhecimento na área de estudo.

Quanto a seus objetivos a pesquisa foi definida sob uma base exploratória através de análise bibliográfica relacionada ao tema, permitindo uma análise crítica mais consolidada. Todo material recolhido foi submetido a uma triagem, onde foi possível estabelecer o nível de relevância do mesmo, imprescindível no desenvolvimento da fundamentação teórica do artigo. Com base em artigos e estudos similares foram exploradas as teorias existentes permitindo direcionar esforços para realizar uma pesquisa mais abrangente que pudesse caracterizar a problemática do objeto de estudo e seus rumos.

Quanto às estratégias utilizadas na pesquisa, inicialmente foi utilizada a metodologia observacional para que se pudessem ser coletados os dados iniciais sobre o problema de pesquisa determinado, e assim criar uma base teórica para detalhamento do estudo. A pesquisa foi definida como de observação não participante, onde o pesquisador toma contato com a realidade estudada, mas sem integrar-se a ela, ou seja, ele presencia o fato, mas não participa dele. Dessa forma, puderam ser avaliados os principais pontos relacionados aos desafios para a produção de conteúdos mais dinâmicos em substituição à forma mais tradicional de como os mesmos são desenvolvidos no ensino presencial e assim cumprir os objetivos da pesquisa.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 A flexibilidade como grande diferencial da educação a distância.

As crescentes e constantes mudanças nas áreas de informação e comunicação têm produzidos reflexo nos modelos tradicionais de ensino.

Atividades antes desenvolvidas presencialmente, hoje, em conseqüência do advento da Internet, inovações tecnológicas e das tecnologias de informação, são realizadas virtualmente, a distância.

O benefício gerado por esta flexibilização é de tal maneira relevante que as organizações e instituições já estão mudando suas respectivas formas de desenvolver suas atividades.

Cada aluno atuando, como administrador dos seus horários de estudos e desenvolvimento de atividades, faz da flexibilidade o grande diferencial do ensino a distância fronte o modelo tradicional presencial.

4.2 O uso de metodologias inovadoras na gestão dos cursos a distância.

O barateamento dos recursos de hardware (computadores, notebooks, projetores), os inúmeros programas de acompanhamento e desenvolvimento de atividades pedagógicas (softwares) e a crescente oferta de melhores serviços de Internet têm acarretado uma melhoria irrefutável na gestão da educação a distância.

Vivencia-se uma fase de transição na educação a distância, onde as universidades não apenas limitam-se a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial.

Os cursos que antes seguiam fórmulas semelhantes com o predomínio de uma fria interação do professor e aluno através de formulários, rotinas, atividades e e-mails, além de alguma interatividade on-line através de chats, hoje estão caminhando rumo a formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis e integradas.

Superando o “conteudismo” e dando origem a ambientes ricos de aprendizagem, assim como nos cursos presenciais, onde o aprendizado flui através da interação de grupos de pesquisa em laboratórios, bibliotecas, eventos, congressos, ou até mesmo bate-papos informais, os cursos a distância aprimoram-se evoluindo no mesmo patamar que cursos presenciais.

4.3 A motivação proporcionada pelo conhecimento.

Chegamos à fase onde o ensino está em transição na educação a distância. Muitas organizações se limitam a passar algumas coisas do ensino presencial para o virtual.

Essa transmissão ainda se faz de maneira muito reduzida, com (formulários, provas, e-mail) e alguma interação on-line por pessoas conectadas