História Oral

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Termo de Consentimento e Livre Esclarecimento, colocando os entrevistados como voluntário da pesquisa; Cessão de Direitos de Uso e Divulgação de Entrevista e Imagens, considerando que os nomes dos mesmos serão citados e que foram fotografadas no momento da entrevista e uma cópia da Cessão de Direitos de Uso e Divulgação de Relato, que foi assinada depois que receberam cópia da transcrição da entrevista para conferência, correção e possíveis alterações.

Como os dados foram analisados:

O tratamento das fontes orais tem início com a transcrição do material registrado, como testemunho oral, que, de acordo com Alberti (2010), deverá passar pelo processamento, que vai consolidar o processo de transformação do testemunho oral para o documento escrito, fonte produzida pela pesquisa. Este processamento compreende três etapas, quais sejam: transcrição, conferência de fidelidade e copidesque.

Primeiro foi realizada a transcrição absoluta, em que as palavras foram escritas da forma em que foram faladas, com as repetições, erros, pausas e possíveis influências externas. Esta etapa foi realizada transcrevendo fielmente o que foi dito. Posteriormente, foram corrigidas as interferências, os vícios de linguagem, os erros gramaticais e a repetição de palavras que são bastante corriqueiras em entrevistas. Após a etapa da transcrição foi feita a conferência de fidelidade do texto. Mais uma vez foi ouvida a gravação acompanhando a transcrição para conferir se a escrita estava de acordo com a fala.

A última etapa é o copidesque, que segundo Alberti (2010) é o ajustamento do texto para a atividade de leitura, com atenção à pontuação que desempenha papel fundamental para a interpretação das falas; é mais precisamente a correção das regras da Língua Portuguesa. Após a tarefa de copidesque, através de leitura minuciosa pela entrevistadora, foi enviado o texto, por e-mail, para que a pessoa entrevistada assinasse o termo de consentimento para uso da entrevista, juntamente com os agradecimentos pela contribuição dada a este estudo.

Principais conclusões:

Através desta pesquisa podemos dizer que as histórias e as memórias que marcam positivamente a vida das pessoas estão fora do contexto da configuração educacional. Mesmo que a configuração educacional não traga diretamente significativas contribuições, foi através das tensões e das emoções forjadas em seu interior e das aprendizagens que ela proporcionou, que as pessoas negras doutoras conseguiram rememorar, articular e refletir sobre tudo o que viveram, nesta e nas várias configurações sociais, ressignificando e construindo a identidade-eu-nós, consolidando seu pertencimento étnico racial e afirmando politicamente sua identidade negra.