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Gestão Eficiente

Por:   •  29/4/2018  •  4.426 Palavras (18 Páginas)  •  303 Visualizações

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A eficiência tem usualmente como foco a oferta da quantidade correta de bens e serviços de saúde para o consumidor e produzido ao menor custo possível (eficiência técnica e alocativa) em um mercado, como é o caso do setor da saúde, caracterizado por economias de escala e escopo (mais concentrados), com presença de barreiras à entrada. (EFICIÊNCIA/DESEMPENHO HOSPITALAR E RESULTADOS DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS – UMA APROXIMAÇÃO POSSÍVEL? Revista Eletrônica Gestão e Sociedade, v.9, n. 24, p. 1128-1142, Setembro/Dezembro – 2015.)

Assim sendo, a capacidade de gerir eficientemente essa instituição que atende diariamente um número grande de pessoas faz-se necessário numa sociedade que busca a todo o tempo conciliar os gastos com materiais, recursos e pessoas com a sustentabilidade de todo o planeta.

Mas o que é tão facilmente falado é complexo de ser executado, conforme o que Gerard M. La Forgia e Bernard F. Couttolenc descrevem em seu livro Desempenho Hospitalar no Brasil – Em Busca da Excelência:

A gama de serviços oferecidos pelos hospitais – de tratamentos clínicos de alta tecnologia a cirurgias complexas, da contabilidade complexa a serviços básicos de hotelaria – torna a sua administração complexa e cara e a sua supervisão e controle extremamente desafiadores. Assegurar o controle sobre essas entidades requer profundidade e amplitude de conhecimentos para compreender todos os componentes de um hospital e integrá-los efetivamente, ao passo que monitorar o desempenho e o uso dos recursos requer informações confiáveis e atualizadas – o que pode ser difícil de alcançar nos países em desenvolvimento. (DESEMPENHO HOSPITALAR NO BRASIL – EM BUSCA DE EXCELÊNCIA, 2009 p. XV)

2.2 OS PROBLEMAS ENFRENTADOS

A cada dia é possível acompanhar através de telejornais os problemas enfrentados pela população e pelas administrações dos hospitais públicos. Segundo o que os jornais informam estes problemas muitas vezes são resultados de uma administração que não busca trabalhar de maneira eficiente nem com clareza no que diz respeito à maneira de gastar os recursos que são destinados.

No livro Desempenho Hospitalar no Brasil – Em busca de Excelência, os autores retomam a questão do quão difícil é a gerência dos hospitais e quais os implicativos que estão relacionados ao bom funcionamento. Dessa maneira:

Os hospitais fazem parte de ambientes políticos, de mercado e financeiros mais amplos. É difícil entender a situação atual dos hospitais brasileiros sem primeiro compreender a política de saúde e o ambiente de reforma, os elementos de oferta e demanda que estruturam o sistema hospitalar, os sistemas de alocação financeira de recursos dos quais os hospitais dependem e as tendências e padrões históricos de gastos que se desenvolveram em resposta a essas condições. (DESEMPENHO HOSPITALAR NO BRASIL – EM BUSCA DE EXCELÊNCIA, 2009, pg. 5)

Seguindo esta mesma linha de problemas que os hospitais enfrentam em relação à gestão de seus recursos e de pessoal; os autores do artigo Eficiência Técnica, Economias de Escala, Estrutura da Propriedade e Tipo de Gestão no Sistema Hospitalar Brasileiro ressaltam que mesmo diante das dificuldades é preciso que haja sim uma avaliação do que é disponibilizado aos hospitais:

(...) Considerando-se que, apesar dos elevados custos, nossa extensa rede hospitalar, financiada, em grande parte pelos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), atende de forma precária a população, a avaliação da produtividade dos gastos hospitalares no âmbito do SUS é extremamente relevante. (...) (EFICIÊNCIA TÉCNICA, ECONOMIAS DE ESCALA, ESTRUTURA DA PROPRIEDADE E TIPO DE GESTÃO NO SISTEMA HOSPITALAR BRASILEIRO, pg. 3.)

O que percebe-se após as leituras realizadas que os problemas gerados por uma má gestão ou ineficiente é o prejuízo tanto para os pacientes quanto para a própria administração.

A preocupação com esse setor tão essencial a população deve ser colocada em ênfase desde as suas necessidades primarias de materiais até a composição dos quadros de funcionários que realizam o atendimento.

2.3 O QUE PODE SER FEITO E COMO FAZER

Segundo os autores do livro Desempenho Hospitalar no Brasil – Em busca de Excelência, há algumas opções que podem ser adotadas para que a eficiência ou chegar a condições que sejam os mais próximos da gestão eficiente, que faz o controle dos recursos, pessoas e público de maneira capaz e eficaz.

No que diz respeito aos recursos que podem são destinados aos hospitais, o livro prevê:

Um elemento decisivo para determinar a eficiência de um hospital é a maneira como ele utiliza os recursos disponíveis para produzir tratamentos e outros serviços clínicos e não-clínicos. A aplicação inadequada de recursos impede a prestação eficiente de serviços, compromete a qualidade e resulta em custos mais elevados. (DESEMPENHO HOSPITALAR NO BRASIL – EM BUSCA DE EXCELÊNCIA, 2009 pg. 5)

É necessário levar em conta também como os pagamentos dos materiais e do pessoal é realizado, o que influencia com o recebimento dos incentivos por parte dos órgãos particulares quando a instituição é privada e do governo quando ela é pública, tornando possível o controle dos gastos e a efetiva aplicação dos recursos dispensados a esse departamento.

Os mecanismos de pagamento são elementos do ambiente externo que determinam o comportamento dos hospitais. Eles criam incentivos que mobilizam os arranjos organizacionais e as práticas gerenciais internas, que, por sua vez, contribuem para a eficiência, a equidade e qualidade. (...) Os incentivos derivados dos sistemas de pagamento e dos ambientes de políticas e de mercado afetam o comportamento dos hospitais, mas hospitais com diferentes configurações organizacionais e de propriedade respondem de forma diferente dependendo de seu grau de autonomia, responsabilização e exposição ao mercado. Tais arranjos organizacionais têm relação direta com a habilidade dos gestores hospitalares de atuar em função dos incentivos externos. (DESEMPENHO HOSPITALAR NO BRASIL – EM BUSCA DE EXCELÊNCIA, 2009 pg. 6)

Partindo-se do ponto da administração dos recursos e das formas de pagamento, é preciso ressaltar a importância dos gestores nessa linha de raciocínio e de produção. Sendo assim, os cuidados com as práticas de gerência são fundamentais para garantir e alcançar o tão almejado nível de eficiência:

Práticas gerenciais são comportamentos organizacionais que

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