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O ASSERTIVIDADE PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICIENTE

Por:   •  14/8/2018  •  5.182 Palavras (21 Páginas)  •  224 Visualizações

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- - Comunicação no mundo corporativo:

Como uma unidade socioeconômica voltada para a produção de um bem de consumo ou serviço, a empresa é um sistema que reúne capital, trabalho, normas políticas e natureza técnica. Uma empresa não apenas objetiva gerar bens econômicos para uma relação entre produtor e consumidor, mas procura também desempenhar papel significativo no meio social.

A comunicação, por sua vez, também é um sistema aberto, semelhante à empresa, sendo organizada pelos elementos: fonte, codificador, canal, mensagem, decodificador e receptor, ingredientes que vitalizam o processo. Segundo Gaudênciao Torquato do Rego:

“A comunicação, enquanto processo, dá vida à empresa, por meio do encadeamento das partes, donde se conclui que uma empresa se organiza, se desenvolve e sobrevive graças ao sistema de comunicação por ela criado e mantido junto ao sistema sociopolítico, no qual se inserem os valores globais e as políticas do meio ambiente; o sistema econômico-industrial, no qual se inserem os padrões da competição, as leis de mercado, a oferta e a procura; e o sistema inerente ao microclima interno das organizações, em que estão estabelecidas as normas e políticas necessárias às operações empresariais”.

As terminologias: “comunicação organizacional”, “comunicação empresarial” e “comunicação corporativa” são, segundo Margarida Kunsch, usadas indistintamente no Brasil para designar todo o trabalho de comunicação levado a efeito pelas organizações em geral.

Dentro das empresas, costuma-se dizer que estamos na era da comunicação, mas isso é só meia verdade. Estamos na realidade, na era dos meios de comunicação, mas as pessoas continuam tão – ou até mais – isoladas do que antes, porque vive-se em geral o clima da incomunicabilidade. Nas relações interpessoais, há um diálogo de surdos, em que as pessoas falam em faixas de onda diferentes. Chega-se ao paradoxo de se conviver sem se comunicar; estar-se junto sem se fazer companhia, há presença física e ausência de comunicação.

Paradoxalmente, no entanto, a comunicação é a atividade mais comum

de qualquer chefe. Estudos revelam que o gerente passa, em média, 75% do seu dia comunicando-se com os outros, isto é, enviando e recebendo mensagens das mais variadas formas.

A comunicação tem sido o centro da atenção gerencial nesses últimos anos. Nos negócios, na administração pública, em todas as instituições importantes da sociedade moderna, tem havido grande preocupação com a comunicação. A comunicação é, de modo geral, deficitária hoje, como foi há vinte ou trinta anos, quando começou a surgir a consciência da necessidade de comunicação adequada na organização moderna.

Mas as empresas estão aprendendo, descobrindo que hoje, é preciso aprender antes de “que modo comunicar” para depois “o que comunicar”. De nada adianta forçar as pessoas a ouvir. É preciso descobrir o que as pessoas querem ouvir, uma receita clássica e a única que realmente funciona nas relações interpessoais. Com isso, se reforça que o conceito de comunicação e informação, apesar de interdependes, são diferentes. Mais e melhores informações não resolvem o problema de comunicação e não corrigem falhas nas comunicações. Ao contrário, quanto mais informações, maior a necessidade de comunicações efetivas e que funcionem. Quanto mais informações, provavelmente maior será a defasagem nas comunicações.

Para buscar uma comunicação eficaz, é preciso conversar com as pessoas, usando-se os termos das experiências delas. A comunicação, portanto, só acontece quando o emissor utiliza a linguagem do receptor. Além de a linguagem ser conhecida, é necessário que o receptor utilize esta linguagem como fruto de sua experiência.

Outro costume que a empresa pode desenvolver para melhorar seu sistema de comunicação é o feedback, o qual está em contínua interação e é o que determina o ciclo de comunicação. Os níveis de satisfação no trabalho dos subordinados estão relacionados com a retroalimentação que recebem de seus superiores. Além disso, é um meio imprescindível para criar uma cultura empresarial que junte interesses particulares e legítimos dos empregados, assim como os objetivos gerais da organização.

Os gurus da moderna gestão de pessoas não cansam de dizer que o sucesso das empresas está muito ligado à qualidade das relações que os funcionários têm entre si e com seus parceiros de negócios. O relacionamento é e será sempre a grande fonte de crescimento humano. A interação com colegas, superiores, subordinados, clientes e parceiros, proporciona aprendizado, recicla conhecimentos, estimula a criatividade, e faz com que os profissionais sintam-se atuantes. A comunicação empresarial, também, tem que levar em conta o novo perfil do consumidor. O consumidor passivo foi alvo dos mecanismos de persuasão por muito tempo, e agora ficou para trás. A persuasão do consumidor do século XXI não pode se basear em argumentos fantasiosos e enganosos. A persusão tem que gerar o consentimento do consumidor, com argumentos baseados na verdade, mais próximos da realidade, pois os novos tempos mostram o despertar do consumidor, agora questionador e exigente, esse novo consumidor não aceita mais as explicações em torno de descasos, desconsiderações, desleixos, oferecidas pelas organizações públicas e privadas. Os novos tempos exigem que a política de “contar o que aconteceu” seja a marca dos compromissos empresariais com seus clientes internos e externos.

Segundo Margarida Kunsch, a comunicação nas organizações integra quatro diferentes modalidades comunicacionais, as quais merecem intensa preocupação:

- Comunicação administrativa – Viabiliza todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência de fluxos e redes. Ela organiza o fluxo de informações, permitindo a manutenção da empresa dentro da concepção de sistema aberto.

- Comunicação interna – Viabiliza toda a interação possível entre a organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e mercadológica.

- Comunicação institucional – É a responsável pela construção e formatação de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas de uma organização e está ligada aos aspectos corporativos institucionais que explicitam o lado público das organizações, constrói uma personalidade creditiva organizacional e tem como proposta básica a influência político-social na sociedade onde está inserida.

- Comunicação mercadológica

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