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EROSÃO SUPERFICIAL E MOVIMENTO DE MASSA

Por:   •  23/4/2018  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  407 Visualizações

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O splash, também conhecido por erosão por salpicamento, é a primeira etapa da erosão hídrica. Nesta etapa, as partículas do solo são rearranjadas de tal forma que as mesmas possam ser carreadas pelo escoamento superficial. Segundo GUERRA (2005), essa preparação se dá tanto pela ruptura dos agregados, quebrando-os em tamanhos menores, como pela própria ação transportadora que o salpicamento provoca nas partículas dos solos. Além disso, os agregados vão preenchendo os poros da superfície do solo, provocando a selagem e a conseqüente diminuição da porosidade, o que aumenta o escoamento das águas. ( RODRIGUES, 2009, p. 12)

A erosão do canal fluvial se dá devido a remoção do solo das margens dos rios ou lavagem dos sedimentos ao decorrer do fundo do canal. A erosão do canal fluvial não deve ser considerada similar aos processos de erosão causados pela chuva.

A geração das voçorocas pode ocorrer por processos de erosão superficial ou subsuperficial, mas, quando o lençol freático é atingido pelo aprofundamento do canal, os processos subsuperficiais passam a ser preponderantes, o que torna seu controle muito mais difícil e oneroso.

A erosão hídrica subsuperficial atuante nas voçorocas ocorre através de dois mecanismos, sendo que o primeiro deles é relacionado com o carreamento das partículas menores do solo entre as maiores, em decorrência da força do fluxo subsuperficial infiltram-te, provocando um desmantelamento da estrutura do solo, assim formando vazios no arcabouço.

Para identificar uma encosta instável com um potencial alto de deslizamento pode utilizar os métodos de identificação topográfico, vegetativa, hidrológica e geológicos, podendo identificar estes problemas visualmente na área degrada pela erosão

Uma visão detalhada de outro autor sobre os tipos de erosão:

Erosão laminar ou inter-sulcos (interril erosion) - Consiste na remoção de delgadas camadas de solo e portanto não se fazendo notar sua ação com facilidade. Origina-se do escoamento superficial disperso pela encosta, não se concentrando em canais. Ocorre, quase sempre, sob condições de chuva prolongada, quando a capacidade de infiltração do solo é excedida. O aumento da turbulência do fluxo de água provoca uma maior capacidade erosiva. Esse tipo de erosão tende a ocorrer com maior facilidade em solos com baixo poder de coesão (Guerra, 1995). Para Ellison (1947) esse tipo de erosão raramente desenvolve capacidade suficiente para transportar quantidade significativa de solo em suspensão. Sua capacidade de transporte aumenta com a energia cinética fornecida pelas gotas de chuva, que dão origem a um fluxo turbulento e se constitui na interação do impacto das gotas de chuva e do escoamento superficial. Revista Cadernos do Logepa – Série Pesquisa Ano 1, Número 1 - Jan/Jun de 2003 - ISSN 1677-1117 6

- Erosão em sulcos (rill erosion) - Ocorre em pequenas irregularidades do terreno, nas quais a enxurrada se concentra, levando à formação de filetes que se escoam seguindo aproximadamente a linha de maior declividade da encosta (Fournier, 1960). À medida que a lâmina torna-se mais espessa e aumenta a velocidade, cresce também o poder erosivo e, a uma certa distância do topo da vertente, a tensão de cisalhamento supera a resistência ao cisalhamento, iniciando-se a erosão (Horton, 1945).

- Erosão em ravinas - Este tipo de erosão, que dá origem a feições mais visíveis e permanentes no solo, ocorre a partir do momento em que a velocidade do fluxo concentrado excede os 30 m/s (Ellison, 1947), quando este adquire um regime turbulento e origina-se uma incisão ao longo da linha de fluxo (Evans, 1980). O aumento do gradiente hidráulico pode ser devido ao aumento da intensidade da chuva, ao aumento do gradiente de encosta e ainda porque a capacidade de armazenamento foi excedida. O canal formado não é funcional e seu talvegue é intermitentemente aprofundado, atingindo inicialmente os horizontes inferiores do solo e, em seguida, a rocha mãe (Fournier, 1960). Excepcionalmente uma ravina pode evoluir para um canal de água permanente, desembocando em um rio; quando isto ocorre, em geral a ravina já evoluiu para uma voçoroca (Guerra, 1995).

- Erosão em voçorocas - Segundo Guerra (1995) as voçorocas são características erosivas relativamente permanentes nas encostas, possuindo paredes laterais íngremes e, em geral, fundo chato, ocorrendo fluxo de água no seu interior durante os eventos chuvosos. Em alguns casos, podem atingir o lençol freático. Podem se originar da intensificação do processo de ravinamento, tanto no sentido vertical como horizontal, concentrando grandes volumes de fluxo das águas do escoamento superficial e do escoamento subsuperficial. A água é transportada em dutos que, com remoção de grandes quantidades de sedimentos, provocada pelo aumento do fluxo subsuperficial, aumenta o diâmetro desses dutos e provoca o colapso do material situado acima. Pode ainda ser a partir de antigos deslizamentos de terra, que deixam cicatrizes nas paredes laterais do mesmo e com a ação posterior do escoamento concentrado, se origina o voçorocamento. Embora a origem da formação da voçoroca possa variar, o processo, de forma geral, é uma conjugação da ação do escoamento superficial das águas pluviais e do escoamento

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