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O Movimento de Massa

Por:   •  24/3/2018  •  3.553 Palavras (15 Páginas)  •  370 Visualizações

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2. Referencial Teórico2.1 Tipos de solos

A superfície terrestre encontra-se exposta, desde o início dos tempos, à influência de diversos fatores destrutivos. Grandes mudanças de temperatura, ventos, água e outros fatores produzem a decomposição das rochas. Todo solo tem sua origem, imediata ou remota, nesta decomposição. Quando o solo, produto do processo de decomposição, permanece no próprio local onde se deu o fenômeno, ele se chama residual. Quando, depois de decomposto, é carregado pela água das enxurradas ou rios, pelo vento e pela gravidade ele é dito transportado. (CAPUTO, 1989)

Existem ainda outros tipos de solos, entre os quais aqueles que contém elementos de decomposição orgânica que se misturam ao solo transportado. Tendo em vista a grande variedade destes tipos e comportamentos apresentados pelos solos, e levando-se em conta as suas diversas aplicações na engenharia, tornou-se inevitável o seu agrupamento em conjuntos que representassem as suas características comuns. (CAPUTO, 1989)

I – Índices Físicos;

II – Forma das Partículas;

III – Tamanho das Partículas.

De acordo com a granulometria, os solos são classificados nos seguintes tipos, de acordo com o tamanho decrescente dos grãos:

I – Pedregulhos ou cascalho;

II – Areias (grossas, médias ou finas);

III – Siltes;

IV – Argilas.

De acordo com Caputo (1989), na natureza, raramente um solo é do tipo “puro”, isto é, constituído na sua totalidade de uma única granulometria. Dessa maneira, o comum é o solo apresentar certa percentagem de areia, de silte, de argila, de cascalho, etc. Assim, os solos são classificados de acordo com a seguinte nomenclatura: o elemento predominante é expresso por um substantivo e os demais por um adjetivo. Solo com vários outros materiais, resistem bem às tensões de compressão, mas tem resistência limitada, temos alguns tipos de solos: (CAPUTO, 1989)

I – Solos Não Coesivos: Como solos não coesivos compreendem-se os solos compostos de pedras, pedregulhos, cascalhos e areias, ou seja, de partículas grandes (grossas). Estas misturas, compostas por muitas partículas, individualmente soltas, que no estado seco não se aderem uma à outra, somente se apoiam entre si, são altamente permeáveis. Isto se deve ao fato de existirem, entre as partículas, espaços vazios relativamente grandes e intercomunicados entre si.

II – Solos Coesivos: Individualmente os grãos destes tipos de solos são muito finos, quase farináceos, se aderem firmemente um a outro e não podem ser reconhecidos a olho nu. Os espaços vazios entre as partículas são muito pequenos. Devido à sua estrutura estes solos apresentam resistência à penetração de água, absorvendo-a muito lentamente. Entretanto, uma vez que tenha conseguido penetrar no solo, a água também encontra dificuldade para ser extraída do interior do mesmo. Ao receber água, tendem a tornar-se plásticos, surge a “lama”. Apresentam maior grau de estabilidade quando secos.

III – Solos Mistos: Como já foi dito, na natureza a maioria dos solos está composta por uma mistura de partícula de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos finos (coesivos) com outros de maior granulometria. Seu comportamento está diretamente relacionado à percentagem de partículas finas existentes, em relação às partículas grossas. Os solos mistos compostos de partículas redondas e/ou lisas são muito mais suscetíveis à compactação que aqueles compostos por partículas com arestas vivas ou angulares. Entretanto, ao se comparar solos com igual grau de compactação, aqueles que possuem partículas angulares e/ou de arestas vivas, alto grau de rugosidade, possuem maior capacidade de carga que aqueles compostos por partículas de textura lisa, ainda que estes últimos apresentem menor granulaometria. (CAPUTO,1989).

2.2 Movimentos de massa

Define-se por movimento de massa quando as forças de tração, dadas pela gravidade atuando na declividade do terreno, superam as forças de resistências, principalmente as forças de atrito. A principal força de tração que causa movimentos de massas é a força de cisalhamento, quando esta supera o atrito, ocorre o movimento (MONTGOMERY, 1992, p.465).

Os principais movimentos de massa existentes no Brasil são: rastejos, escorregamentos, movimento de blocos e corridas. Os referidos tipos de movimentos são definidos a seguir segundo Infanti Junior e Fornasari Filho (1998).

Rastejos (Creep): movimento descendente, lento e contínuo da massa de solo de um talude, caracterizando uma deformação plástica, sem geometria e superfície de ruptura definidas. A ocorrência de rastejo pode ser identificada através da observação de indícios indiretos, tais como: encurvamento de árvores, postes e cercas, fraturamento da superfície do solo e de pavimentos, além do "embarrigamento" de muros de arrimo (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).

O processo em questão pode causar danos econômicos significativos, principalmente afetando as encostas próximas à obras civis, ou seja, interferindo em fundações, linhas de transmissão, dutos, pontes, viadutos, entre outras. Os rastejos são bons indicadores da ocorrência eminente de escorregamentos (INFANTI JR. & FORNASARI FILHO, 1998).

A Figura 1 ilustra um esquema para ocorrência de rastejo, 1988 apud Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998; organizada por Fábio Reis.

[pic 1][pic 2]

Escorregamentos (Slides): movimento rápido de massas do solo e/ou rocha, com volume bem definido, sendo que o centro de gravidade do material se desloca para baixo e para fora do talude, seja ele natural, de corte ou aterro. Esse processo está associado a ruptura de cisalhamento, devido ao aumento das forças de tensões ou a queda de resistência, em períodos relativamente curtos, podendo ser classificados de acordo com sua geometria e a natureza do material, da seguinte forma:

Escorregamentos planares podem ocorrer em maciços rochosos, sendo condicionado pela xistosidade, fraturamento, foliação, etc. Nas encostas serranas brasileiras são comuns escorregamentos planares de solo, com ruptura podendo ocorrer no contato com a rocha subjacente.

A Figura 2 ilustra um esquema

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